2ª temporada de 3% supera todas as expectativas e está melhor do que nunca

Crítica da segunda temporada de 3% - 3 por cento - série original Netflix.

Imagem: Divulgação/Netflix
Imagem: Divulgação/Netflix

Estou em êxtase em relatar que a Netflix não só acertou aqui, mas ganhou na loteria!

Que preciosidade de série ela tem nas mãos! 3% não só corrigiu os erros da primeira temporada, como entrega soluções de problemas que se quer tivemos tempo de ver no seu início.

3% – 3 por cento – é a primeira série brasileira produzida pela Netflix! Isso por si só já faz ela carregar um grande peso nas costas. A 1ª temporada, devemos concordar, ficou muito aquém do que esperávamos. Não que tenha sido ruim… São exatos dez episódios para nos aprofundarmos na história do Continente, do Maralto e, claro, do Processo.

A primeira temporada encerrou com o fim do processo 104, que selecionou 3% dos candidatos. Duas pessoas da Causa foram até o lado de lá: Michele e Rafael. Cada um com seu propósito diferente em mente, por isso, como já era de se esperar o conflito começou imediatamente após a chegada no Maralto. E isso é altamente instigante. Vamos refletir sobre a nova temporada destacando cinco pontos importantes ao longo dos novos capítulos.

1) A história está empolgante do começo ao fim.

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Confesso que dei play no episódio 1, que foi nomeado, sabiamente, de “Parte 1 – Continente” e “Parte 2 – Maralto” cheio de desconfiança. Esperava ver mais do mesmo. Demorou um pouco, mas ficou claro que 3% melhorou muita a narrativa de uma distopia, principalmente quando a história contada era do Continente. Não que o Maralto não tenha tido seu destaque. Maior exemplo disso foi descobrirmos, logo nos minutos iniciais, que não era um casal, mas sim um trio fundador.

Daí para frente, era certo de que iríamos ser invadidos por mais novidades e elementos que prendessem nossa atenção. Não faria sentido assistirmos um novo processo. A luta de dentro para fora foi extasiante. Rafael infiltrado. Operação de resgate do irmão da Michele. Marcela dando um verdadeiro golpe em Ezequiel. São muitos pontos positivos.

2) Finalmente o elemento surpresa se fez presente.

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O que foi aquela reviravolta no caso Marco? Não sei vocês, mas eu fiquei em choque quando o vi em cena. Isso porque, óbvio, sabíamos que o ator estava gravando a nova temporada, mas pensava se tratar de flashbacks. Nunca ia pensar que ele tinha sobrevivido. Não é gostoso isso? Essa sensação de que o inesperado pode acontecer faz o seriado ficar ainda mais interessante.

Se não bastasse isso, ele ainda é filho da Marcela. Nessa hora eu soltei um palavrão daqueles cabulosos! Que plot twist foi esse! Fora muitas outras coisas que se fizeram presente ao longo dos capítulos, o final também foi surpreendente. Achei até o fim que o plano da Michele fosse conquistar liberdade para ela e o irmão. Mas que bom estar errado: se a série for renovada, tudo caminha para uma bela de uma guerra civil entre a “Concha” e o Maralto. Não antes, é claro, da guerra ser instaurada dentro do próprio Continente.

3) A evolução de qualidade dos atores é gritante.

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Uma coisa que critiquei (negativamente) bastante na 1ª temporada foi a falta de carisma e de identificação dos atores. Não conseguia torcer por ninguém. Era um misto de tanto faz tanto fez quem seja aprovado. Só aqueles mais antigos, como João Miguel, por exemplo, convenciam em suas atuações. Mas agora, assim como na primeira temporada, Vaneza Oliveira (Joana) roubou a cena. Mandou muitíssimo bem e pode carregar metade da série nas costas.

Porém, não seria justo dizer que Bianca Comparato está muito melhor. Analisando a série agora, nem dá para culpa-la pelo seu desempenho na temporada anterior. A história dela melhorou junto com um melhor uso de sua própria linha do tempo nos capítulos.

Abro um espaço para dizer que, embora chocante e justificável, a morte do Ezequiel é um desperdício de talento. João Miguel é um excelente ator e tinha tudo para fazer a Causa ter mais sentido.

4) Parece que em 3%, o Black Mirror é real!

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Dá para enumerar quantas referências à Black Mirror tivemos nesta temporada. Cada episódio trazia uma tecnologia diferente, que nos deu aquela impressão de “eu já vi isso em algum lugar”. Tudo muito bonito e bem feito. A diferença gritante entre a vida no Maralto e a sobrevida no Continente.

Casais e suas contabilidades, uma casa que faz tudo para você, robôs espiões, escutas, guardador de memórias, etc. Estes são alguns dos exemplos. Sabe que me deu até vontade de reassistir BM depois dessa?

5) As portas estão escancaradas para uma terceira temporada.

Imagem: Divulgação/Netflix

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Este final foi lindo. Representativo. Ele selou a esperança que existe em cada morador do Continente e que acreditava no processo. Pedro Aguilera criou algo que não é inédito, mas que está sendo muito bem aproveitado. Podemos ver uma crítica constante a tudo que diz respeito a nossa vida hoje. O desperdício de recursos, a dependência da tecnologia e o egoísmo enraizado em cada um de nós.

Torço pela renovação da série, que deve acontecer, pois além do Brasil, ela tem sido aceita bem em todo mundo. Espero o comentário de vocês para trocarmos ideias sobre a nova temporada. Aproveite e leia a crítica da primeira temporada. É só clicar aqui.

Imagem: Divulgação/Netflix
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