Crítica: 2ª Temporada de 13 Reasons Why é confusa, falha, e não faz jus a primeira

Review da segunda temporada de 13 Reasons Why, da Netflix.

Imagem: Netflix/Divulgação
Imagem: Netflix/Divulgação

Lançada a 2ª temporada de 13 Reasons Why, a série volta para o grande julgamento. 

Geralmente, a segunda temporada de uma série é sempre um divisor de águas. Porque os personagens já foram apresentados, o enredo já foi montado, e agora só precisa continuar. A nova temporada de 13 Reason Why teoricamente segue essa estratégia: gira em torno do julgamento sobre o processo pais da Hannah contra a escola Liberty. Então, a série é narrada pelos próprios personagens contando suas versões sobre os acontecidos.

Até aí a série funciona bem, trazendo um misto de passado e presente que mesmo não agradando, parece dar certo. O problema, entretanto, acontece quando a trama começa mostrar lados das histórias que parecem não bater com as de Hannah. Sendo assim, o fio condutor da série acaba se perdendo em meio a tanto informação nova que nos vai sendo apresentada. Com esse lado diferente dos personagens a trama acaba te levando a ter empatia pelos demais, o que proporciona a perda do foco da história: o Bullying sofrido pela jovem (já que parece que não foi bem do jeito que ela havia contado).

Muito era especulado como a personagem de Hannah voltaria para a trama. Além das lembranças, retratadas pelos outros personagens, ela volta também de uma outra forma, para Clay – uma espécie de fantasma que confronta seus pensamentos.

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Falha catastrófica… 

A série erra também sobre as mensagens que tentam passar. Forçando o tempo todo as lições de auto ajuda, acaba perdendo o fôlego em meio aos típicos “dramas de série teen“. Acaba havendo um ruído e a ideia não chega para quem realmente precisa ouvir.

Imagem: Netflix

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Alguns personagens que na primeira temporada foram construídos de uma maneira, tornaram-se outros. Contudo, relata jovens reais que namoram, usam drogas, entram na onda dos amigos para incluírem-se em grupos e sentirem-se partes de algo.

Bryce, por exemplo, continua sendo o antagonista perfeito. A série trabalha a imagem do personagem o tempo inteiro. Fatores que o levaram a ser como é e ainda assim, continuar desprezível.

Ainda que a primeira temporada tenha chocado mais, a segunda parte continua com cenas explicitas que não precisava ser mostrada em uma série teen e com um elenco tão jovem. Ela também desenrola devagar, deixando muitos plots para o final – e muitos deles, sem respostas aparentes. Atropelando uma informação atrás da outra, a trama não rende o esperado, é longa, sofrida, e sem sentido em diversos momentos.

Motivos que podem levar você a assistir:

Lidar com um trauma não é fácil, e a série conduz a aceitação de Jess de uma maneira bonita e harmoniosa. Isso faz com que a personagem entenda seu tempo e hora para falar sobre o problema. O show me ganha também, ao falar sobre isolamento e espaço. Entender que os personagens sofrem cada um na sua maneira. Seja atirando contra a própria cabeça para não aceitar, como também, apenas dizer que está tudo bem ou esconder-se atrás de amigos.

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Mas honestamente, se fosse para recomendar… Vamos olhar outra coisa no catálogo da Netflix?

Sobre o autor
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Letícia Garcia

Paulista, jornalista e apaixonada por séries e futebol. Grey's Anatomy é a série da vida, mas também é fã de Spartacus, Supernatural, Vikings, Sons of Anarchy e Friends

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