Crítica: 2×16 de Lethal Weapon mostra detetives em crise sobre suas raízes

Review do décimo sexto episódio da segunda temporada de Lethal Weapon, da Warner Channel, intitulado "Ruthless".

Imagem: YouTube/Reprodução
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Não se trata de uma casa, ou de qualquer outro espaço físico, mas de onde está seu coração!

Olha, não sei se foi a longa espera ou se foi o meu estado emocional atual, mas Ruthless foi um dos melhores episódios dessa temporada.

O episódio teve boas doses de mistério. Primeiro com a conversa de Ruthie ao telefone. Depois com a discussão entre o casal Murtaugh, que me fez pensar se eu havia esquecido algo do último episódio.

Outro ponto bem legal foi a progressividade do enredo. Começaram com uma típica discussão e terminaram o episódio reconciliando-se. Destaque especial para a cena de Riggs rasgando o livro “A Arte da Guerra” antes que Murtaugh pudesse usar mais uma de suas citações.

Fiquei extremamente animado quando vi a Ruthie no começo do episódio. Gostaria muito que eles explorassem um pouco mais de sua vida ao longo da trama. A sintonia dela com Riggs é algo que só tem a contribuir com a série, uma vez que ambos são loucos e só um suportaria o outro, palavras do filho dela.

Meu policial é mais louco que o seu!

A competição entre Avery e o agente Blum para ver quem tinha o policial mais doido foi hilária. Esse episódio deixou bem claro que Avery nunca perderá esse tipo de discussão. Para ganhar o debate, bastava ele dizer “meu detetive tira um descanso na gaveta do necrotério!”. Aí era só esperar o óculos do Thug Life descer no rosto dele. Quando os dois chefes se encontraram, pensei que haveria uma pequena disputa de títulos chatos e importantes, mas Lethal Weapon sempre nos surpreende, não é mesmo? Foi bem hilário também a parte em que eles discutem sobre o desejo de ter um pouco mais de sossego… nem que fosse por conta de um acidente de trem.

Então quer dizer que Denzel Washington ganhou o Oscar graças a Roger Murtaugh? Que babado hein! Randy Drexler, o disfarce de Roger, foi a inspiração para Denzel fazer o tira mau em “Dia de Treinamento”. Eu não sabia que Murtaugh era um detetive tão articulado.

Imagem: YouTube/Reprodução

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“Nós somos capitães do nosso próprio navio”, Murtaugh, Roger Mayfield.

As misteriosas conversas de Roger me deixavam extremamente ansioso para saber o que ele tinha aprontado com sua esposa. Todos com quem ele conversava comentavam de uma ligação ou conversa com Trish, mas não falavam sobre o motivo da discussão. Quando descobri que era por causa da motocicleta, tudo fez sentido. Já comentei aqui com vocês sobre a admiração que tenho pela Trish. Ela consegue trazer Roger de volta à razão quando ele liga o “botão aventureiro”. Parece até que Trish está mais preocupada com o marca-passo do Roger do que os próprios roteiristas.

A impressão que tenho é que mesmo sendo um pai de família consciente, Murtaugh sente falta da adrenalina de ser policial. Ele ainda não aceitou o fato de estar envelhecendo e de ter limitações por causa de sua condição de saúde. Talvez ele precise da Dra. Cahill tanto quanto o Riggs. Acho que, por conta das responsabilidades de pai, marido e parceiro de Riggs, ele talvez não enxergue que a solução seria a terapia.

A Dra. Maureen não apareceu nesse episódio, mas nem por isso Riggs ficou sem suas sessões de análise. A Sra. Krumholz desempenhou lindamente o papel de Cahill ao ajudar Martin a se encontrar e perceber suas raízes. É bem legal quando o nome do episódio tem uma relação tão direta com os acontecimentos. Antes de assistir, eu imaginava que Ruthless era alguma relação com o nome de Ruthie, mas não esperava que fosse algo tão ligado a ela.

Estou começando a sentir falta da trama principal, que gira em torno do pai de Riggs e o conflito entre os dois. Como estamos bem próximos do final da temporada, acredito que o velho Nathan Riggs surja para nos deixar ansiosos pela próxima temporada.

Até a próxima!

Sobre o autor
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Albert Moura

Jornalista e seminarista, além de pai de primeira viagem. Casado com a Ana, mas amante das séries. Atualmente acompanha Outcast, Better Call Saul, American Gods, Lucifer, Gotham, o universo Marvel, Arquivo X e mais algumas, além de também ser um eterno fã de Friends. No Mix, escreve sobre Preacher e Lethal Weapon.

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