Crítica: 5×03 e 5×04 de The Originals nos lembra… que há mais por vir

Review do terceiro e quarto episódios da quinta temporada de The Originals, intitulados "Ne Me Quitte Pas" e "Between the Devil and the Deep Blue Sea".

Imagem: The Vampire Diares & The Originals Wiki/Reprodução
Imagem: The Vampire Diares & The Originals Wiki/Divulgação

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AhThe Originals, sempre uma surpresa!

“Il faut oublier Tout peut s’oublier Qui s’enfuit déjà Oublier le temps Des malentendus Et le temps perdu A savoir comment Oublier ces heures Qui tuaient parfois A coups de pourquoi Le coeur du bonheure Ne me quitte pas.

Citar diretamente o conceito que esse clássico da língua francesa, a música criada por Jacques Brel e eternizado na voz de Edith Piaf talvez seja a única forma apropriada de começar a falar sobre “Ne Me Quitte Pas”, terceiro episódio da quinta temporada de The Originals.

Até porque, é mais um belo uso da metalinguagem que a série criar para si e sua trama, mas também para sua relação conosco. Afinal, agora que a CW pretende produzir mais uma continuação desse universo, não vamos, decididamente esquecer com facilidade.

Ao mesmo tempo, é o grito silencioso de Klaus, Rebekah e até Elijah para que eles não esqueçam um do outro, mesmo sabendo o que isso significa. E claro, para nós sejamos aqueles que dão continuidade ao juramento de Always and Forever – mesmo que a perspectiva de uma supernatural academy com boring teen, digo, um novo spin-off neste universo estrelado por Hope, me embrulhe o estômago.

Honestamente, ver um flashback de Elijah e de como ele se tornou o pianista feliz que vimos até agora parece absurdamente desinteressante, até nos depararmos com isso. Ver ele, um Original, redescobrir o que significa ser um imortal, ser um vampiro – ainda mais quando Elijah é o vampiro em questão – não tem preço.

Ver a complexidade do universo vampiresco além daquilo que já conhecemos, não só com guerras das sirelines, mas diferenças ideológicas dentro da própria comunidade. Vimos uma vida ser construída e destruída novamente pelos caprichos de Klaus e descobrimos mais sobre tudo o que aconteceu.

E não sei vocês, mas ver Elijah renunciar a vida quebrou algo definitivamente.

Por mais que a súplica seja para não esquecer, talvez essa seja uma maneira interessante de concluir as tramas dos Originais. Vimos Elijah finalmente abraçar uma nova vida, já tínhamos visto Rebekah renunciar a essa nova vida e agora nos enveredaremos uma última vez nas jornadas que faltam.

E agridoce como sempre, The Originals segue sua trama.

Mesmo que tenha se tornado algo meio Scooby-doo – todo o desaparecimento de Hayley e a constante presença de crianças enxeridas – “Between the Devil and the Deep Blue Sea”, quarto episódio da quinta temporada, deu a série exatamente algo que fará muita falta: a ira de Klaus Mikaelson.

Vimos o Original colocar todas as facções de sobreaviso para o fim dos tempos. Afinal, o poder do Hollow já provou que seria destruição e juntos, os Originais são o Hollow. Então foi interessante perceber que uma trama menor está sendo formada somente para que a narrativa possa se servir de uma conclusão apropriada.

E isso tem servido tão bem que a simplicidade da motivação narrativa e até mesmo os momentos desnecessariamente teen da série agora parecem dosados de maneira melhor. Agora está se delineando claramente que toda essa jornada dos Originais será concluída também pelos Originais.

Esse é o fim do ciclo. Decididamente um final glorioso.

Ver Klaus no alto de sua majestade sangrenta com momentos como “If you don’t do as I say, I will hunt down anyone you love, and then blood, gore, screaming, death… I win. Did I do it justice?” nos lembrou exatamente do que não podemos esquecer.

A trama se adensou ao ponto que finalmente vamos dar uma face a esse inimigo misterioso que decidiu perseguir Hayley e iniciar uma guerra em New Orleans. Teremos mais da narrativa e a pergunta que fica é: onde isso levará a verdadeira trama? Em que ponto nós diremos adeus aos nossos Originais? Eu mal posso esperar para descobrir, e vocês?

Sobre o autor
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Richard Gonçalves

Professor de Língua e Literatura, apaixonado por quadrinhos, música e cinema. Viciado em café, bons livros, boas animações e ocasionais guilty pleasures (além de conversas sem começo, meio nem fim). De gosto extremamente duvidoso, um Reviewer ocasional aqui no Mix de Séries e Colunista no Mix de Filmes.

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