Crítica: Anúncio do fim do mundo marca o 3×06 de Preacher

Review do sexto episódio da terceira temporada de Preacher, da AMC, intitulado "Les Enfants du Sang".

Imagem: AMC/Divulgação
Imagem: AMC/Divulgação

O Santo dos Assassinos encontrou Eugene, Cassidy está com novos amigos, e o Grande Pai tem planos apocalípticos para o mundo. Ótimas novidades nesse sexto episódio, não acham?

Achei o começo meio triste, com Eugene vendo a destruição de sua cidade. Eu tinha até me esquecido do tempo que ele passou no inferno. Quando ele foi para o lar de adoção, a conversa com seu parceiro de quarto mostrou o quanto ele é esperançoso… ou burro mesmo. Curti muito a chegada do Santo ao orfanato, marcando presença e com poucas palavras, como sempre.

Achei interessante ver que o time do “Deus tem um propósito para minha vida” está crescendo. Começou com Jesse, depois veio a Tulip e agora Eugene também está com a mesma convicção.

Les Enfants du Sang.

Gostei muito de darem o enfoque principal para o Cassidy. Acho que essa nova amizade dele com os novos vampiros vai trazer novos ares para o personagem. A depressão e tristeza de ver todos que ele ama morrerem e viver sozinho terminaram quando ele conheceu a nova trupe de vampiros. O que ainda me impressiona é a expressão dele diante dos poderes de Eccarius. Lembrou-me bastante da vez em que Jesse revelou a ele seu poder. Cass ficou tão fascinado que nem ligou de ser feito de cobaia pelo amigo.

A ligação de Tulip para Cassidy foi meio estranha. Ela parecia estar com saudades dele, o que me faz pensar se ele usou ou não a poção da vovó de Jesse. A postura dele diante da ligação da amada foi bem estranha. Mas imagino que ele estivesse daquele jeito por conta da solidão mesmo. Acho que a volta dele ao QG de Eccarius representa o início da “saída da fossa”.

Por mais absurdo que pareça, percebi que Cass possui um senso moral. A experiência com Denis e a relutância que ele tinha antes mesmo de transformar o filho em vampiro mostra o cuidado e o controle que ele possui disso. Achei bem interessante como a visão de Eccarius se choca com a de Cass e como ele se convence de que o vampirão careta pode ter razão.

O roubo das almas e a distração perfeita.

Em Angelville a coisa está ficando cada vez mais interessante. Eu admiro muito a capacidade que Jesse tem de sair de enrascadas, mesmo quando suas soluções o levam para outros pepinos mais tensos. A ideia de roubar as almas da Madame Boyd foi ousada, mas só assim ele conseguiu salvar a Tulip de perder a própria alma.

Imagem: AMC/Divulgação

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A capacidade analítica de Tulip é sensacional. Curti muito a execução do plano deles para levar as almas. Jesse e Tulip realmente possuem uma capacidade sem igual para executar planos criminosos. Só perdem mesmo para TC. A polícia deixou de ir atrás de um roubo a banco para perseguir o cara. A cena dele correndo peladão segurando uma cabra levantou diversas suspeitas que prefiro deixar apenas no campo das ideias mesmo. Uma das cenas mais sensacionais desse episódio, sem dúvida alguma!

Algo que me impressionou muito nessa parte da trama foi a frieza da vingança dos L’Angelle sobre os Boyds. Jody massacrou os Boyds e ainda levou a Sabina para ser “sugada” pela vovó de Jesse. Enquanto eles preparavam o procedimento, eu podia jurar que Tulip era a vítima. Acho que era esse o propósito deles mesmo, mas fiquei muito aliviado quando vi que não era ela.

A destruição do mundo!

Ainda estou muito impressionado com o pânico que Herr Starr tem quando apenas menciona o Grande Pai em alguma conversa. Durante os dois últimos episódios eu fiquei me perguntando o motivo dele estar sempre de chapéu. A resposta não podia ser mais hilária. Aquele ferimento peculiar na cabeça, fazendo lembrar o formato de um pênis foi muito engraçado (e estranho também). A indiscrição do Grande Pai foi a melhor das reações.

Quando eles começaram a conversar na sala de Herr Starr, eu imaginava que o gordão havia descoberto a traição, mas ainda não está claro. O episódio terminar com a menção de Jesse Custer foi uma boa sacada.

Vocês também acharam bem grotesca a cena do Grande Pai vomitando a refeição que tomou com Starr? Foi uma cena bem realística, diferente do chroma key na cena inicial com o Assface, que ficou bem ruim. Será que o clérigo sofre de bulimia?

Um ponto bem interessante nesse episódio foi a ideia do gordão de dominar o mundo. Pelo que vimos, não era isso que Starr esperava. Estou curioso para ver como será o governo celestial de Humperdoo.

Até a próxima!

Sobre o autor
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Albert Moura

Jornalista e seminarista, além de pai de primeira viagem. Casado com a Ana, mas amante das séries. Atualmente acompanha Outcast, Better Call Saul, American Gods, Lucifer, Gotham, o universo Marvel, Arquivo X e mais algumas, além de também ser um eterno fã de Friends. No Mix, escreve sobre Preacher e Lethal Weapon.

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