Crítica: Arrow surpreende em episódio especial com 7×12 “Emerald Archer”

Review do décimo segundo episódio da sétima temporada de Arrow, da The CW, intitulado "Emerald Archer"

Imagem: The CW/Divulgação

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Arrow chegou a incrível marca de 150 episódios. Ao longo desses sete anos da série do Arqueiro Esmeralda muita coisa aconteceu. A produção então preparou um episódio especial para comemorar sua história, seus personagens e o pontapé inicial no Arrowverso. Para isso trouxeram de volta Glen Winter para dirigir o episódio. Como fã do diretor desde Smallville era de se esperar que algo grande ou diferente estava por vir. Com um currículo recheado de séries de super-heróis, o diretor entregou um material incrível neste 150° episódio.

Um formato diferente

Quem não se assustou ao começar o episódio vendo a logo da Warner Bros. Pictures? Grande parte do episódio foi feito como um grande documentário sobre o Arqueiro Verde e os vigilantes de Star City. Foi uma escolha que se encaixou perfeitamente com os recentes acontecimentos da temporada. Além disso, foi uma boa desculpa para trazer de volta algumas caras familiares em Arrow. Revimos Quentin Lance, Thea Queen, Sin, Rory Regan. Ainda por cima tivemos um rápido crossover com The Flash e Legends of Tomorrow, com Barry e Sara Lance. Ambos personagens que surgiram em Arrow.

O estilo documentário inclusive trouxe um novo ar para as cenas de ação, onde acompanhávamos o embate pelo ponto de vista do câmera. Foi uma escolha ousada da produção, mas que mesclou muito bem com as cenas “normais”, sem a equipe do documentário. O formato ainda conseguiu abranger os alívios cômicos de forma mais natural que os episódios normais. Quase como em The Office, com uma rápida troca de olhar ou um momento constrangedor, deu para dar poucas e boas risadas.

Continuidade

Para o episódio funcionar como um evento especial, foi escolhido um vilão único para o episódio ao invés dos já conhecidos ou a introdução de Dante. Poderia ter sido a oportunidade de trazer de volta algum velho inimigo de Oliver, mas Chimera incorporou alguns elementos desses outros vilões. Mesmo que tenha uma história de fundo rasa, o personagem proporcionou incríveis sequências de ação ao episódio além de fazer o antigo team Arrow enfim se reunir.

Mesmo servindo quase como um evento fechado, o episódio ainda trouxe rápidas soluções para os personagens e tramas dessa sétima temporada, e também pavimentou o que veremos nos episódios a seguir. Após a controversa reunião do team Arrow, a prefeita não só os livrou de julgamento como lhes deu licença para agirem ao lado de Oliver e a polícia. Apesar da escolha ousada, será interessante ver como o grupo irá funcionar a partir de então. Além disso tivemos a revelação do parentesco de Oliver e Emiko para o restante do elenco e o retorno do esconderijo do team Arrow.

William também está de volta, mas talvez tenha sido a trama mais fraca do episódio. Acho super condizente sua atitude com Oliver e Felicity após seus longo afastamento, mas não consigo ver como lidarão com o personagem daqui pra frente. Apesar de funcionar bem nos flashfowards, sua trajetória até lá não parece promissora. Uma breve menção a uma falha grotesca de roteiro: que tipo de escola expulsa um aluno e não comunica os pais? Como Oliver e Felicity não descobriram antes?

O futuro de Arrow

Para fechar o especial, tivemos o retorno dos flashfowards com revelações muito interessantes também para o futuro da trama. Além do retorno de Maya, tivemos a primeira aparição em Arrow de Connor Hawke, também conhecido como John Diggle Jr. O personagem que primeiro apareceu em Legends of Tomorrow era muito esperado em algum momento em Arrow. Então, por que não nessa trama futurista? Descobrimos ainda que Maya pode se chamar na verdade Mia. Seria ela a Speedy do futuro? Qual seria sua relação com os vigilantes?

Emerald Archer entra facilmente no ranking de melhores episódios de Arrow. Um bom exemplo de como um episódio de aniversário deve ser feito. Soube balancear passado, presente e futuro, mantendo o senso de timing e urgência dentro da história da temporada, ao mesmo tempo que cria momentos de nostalgia e traz implicações para o futuro do show. Isso tudo dando o devido destaque a cada um de seus vários personagens e o foco central em seu protagonista. Arrow continua sendo um grande exemplo de como séries de super-heróis tem seu valor.

Imagem: The CW/Divulgação

CURIOSIDADES:

– Nos quadrinhos, Speedy (ou Ricardita) se chama Mia Dearden. Personagem que foi adaptada em Arrow para Thea Dearden Queen.

– Nos quadrinhos, existem vários personagens chamados Chimera. Heróis e vilões. Mas o de Arrow foi criado exclusivamente para a série.

– O episódio também prestou homenagem a vários nomes da equipe por trás das câmeras. Sejam através de nomes de personagens ou de locais. Confira:

  • Pedowitz, a documentarista: presidente da The CW, Mark Pedowitz
  • Rua Nutter: diretor David Nutter
  • Rua Winter: diretor Glen Winter
  • Dra. Schwartz: produtora executiva Beth Schwartz
  • Kevin Meltzer: roteiristas Kevin Smith e Brad Meltzer
  • Cindy Simone (Sin, cujo sobrenome nunca havia sido revelado antes na série): Gail Simone, roteiristas dos quadrinhos de Birds of Prey e co-criadora de Sin em 2006.
Sobre o autor
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Álefe Cintra

Jornalista e apaixonado por séries. Tem a mesma profissão de Clark Kent, usa óculos parecido, mas infelizmente não é super-herói. Grande fã de séries de super-heróis e fantasia. No Mix de Séries escreve as reviews de Arrow e The Flash.

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