Crítica: Brilhante, Homecoming vai além do esperado em sua primeira temporada

Review da primeira temporada de Homecoming, da Amazon Prime.

Imagem: IMDB
Imagem: IMDb/Divulgação

Brilhantismo e genialidade em Homecoming

A tão aguardada série estrelada por Julia Roberts já está no ar e valeu a pena esperar. Homecoming é uma obra prima que, em apenas 10 episódios, consegue nos deixar elaborando milhares de teorias conspiratórias. Grande parte da genialidade da série se dá pelo brilhante roteiro, somado a sua direção. Entretanto, é impossível não elogiar o magnífico trabalho de Julia.

Para quem já conhece o trabalho de Sam Esmail (criador de Mr. Robot), Homecoming é um presente. Esmail consegue nos envolver na história de uma maneira única e que transcende o imaginável.

A série tem um piloto um tanto confuso, sendo o mais fraco. Entretanto, com o desenrolar dos episódios, acabamos presos numa teia de aranha e não sabemos o que é fato ou ficção. E é exatamente nisso que se encontra o brilhantismo e a genialidade dos roteiristas. Em suma, eles conseguem levar o telespectador à história. Além disso: nos mantém preso a todo momento.

A trama

Homecoming conta a história de uma psicóloga e conselheira (Roberts) que promove uma ajuda aos ex-combatentes de guerra. Com o passar dos episódios, vamos descobrindo que o lugar, chamado de “Homecoming”, não é o que parece e a protagonista Heidi Bergman se vê desconfiada das verdadeiras intenções do lugar onde trabalha.

Partindo disso, os telespectadores assistem o que realmente aconteceu, intercalando com cenas do presente (exatamente 4 anos depois da criação do lugar). Em momento algum, somos capazes de entender o que era este Homecoming e de que maneira as pessoas envolvidas no local ‘esqueceram’ da sua existência.

É a partir disso que a série muda o rumo e nos convida a investigar a verdade por trás de tantas mudanças. Homecoming é mais do que um show de mistérios. É uma crítica ao governo americano. É o que conseguimos concluir ao descobrirmos o sistema corrupto que existe por trás de uma ‘ajuda’ aos ex soldados. A forma como os temas são abordados deixam claro que a série é política e não uma homenagem ao famoso podcast de mesmo nome.

Inovadora ou mais do mesmo?

Por mais que Homecoming consiga se reinventar, o enredo é bastante visto atualmente. E foi impossível não comparar algumas coisas com Mr. Robot. Em ambos os shows, vimos uma trama conspiratória contra o governo americano. A grande diferença, acredito eu, está na forma em que cada seriado disserta sobre o tema.

Se em Mr. Robot temos um hacker querendo derrubar o sistema, em Homecoming, não vimos isso em momento algum. Pelo contrário, é como se o investigador estivesse lá mais para descobrir o que realmente aconteceu com o centro de apoio e com as pessoas envolvidas. Só nos episódios finais temos uma pequena ideia do que está acontecendo. E talvez seja por isso que os seriados acabam sendo tão diferentes e, ao mesmo tempo, parecidos.

Também é nítido que a história de Homecoming é menor e a crítica é mais sútil, diferente do que vimos no sucesso da USA Network. Outra coisa importante é que não dá para comparar as atuações de ambos protagonistas. Enquanto que Rami Malek interpreta o personagem da sua vida, Julia Roberts consegue ir além do que esperávamos da Heidi, chegando a nos surpreender quanto à sua atuação.

Mas Homecoming vale a pena?

Para quem gosta de uma trama recheada de mistérios e teorias conspiratórias, Homecoming é um prato cheio. Com atuações marcantes e uma trilha sonora digna dos filmes de Alfred Hitchcock. Aliás, a série lembra muito um filme do gênio do suspense da década de 60.

Os episódios são curtos, 10 episódios com 30 minutos de duração. Porém, isso não significa que dá para assistir tudo de uma vez. A verdade é que a cada episódio que você assiste, você quer brincar de detetive e acaba perdendo mais tempo tentando resolver o mistério da série. Se esta era a intenção dos roteiristas, isso eu não sei. O que eu sei é que Homecoming é viciante e um prato farto para quem curte este gênero.

Em síntese, o novo sucesso da Amazon Prime é um triller da primeira arte!

Sobre o autor
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Gabriella Siggia

Quem eu sou? Eu sou uma em um milhão: escritora nas horas vagas, seriadora de coração, cinemática de plantão e amante da literatura. Divertida, alto astral e bastante bem humorada. Só não achei ainda minha outra pessoa. Ah, música faz parte da minha vida.

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