Crítica: Com muitos tiros, pancadaria e mortes, Shooter é puro suspense nos episódios 3×05 e 3×06

Review do quinto e sexto episódio da terceira temporada de Shooter, série original Netflix, via canal USA, intitulados "A Call to Arms" e "Lines Crossed".

Imagem: Eddy Chen/USA Network
Imagem: Eddy Chen/USA Network/Divulgação

“Chefes são substituíveis”

Apesar dessa declaração ter sido direcionada para o Red Bama, a primeira pessoa a ser providenciada uma substituição foi Patrícia Gregson. Para minha profunda tristeza e frustração. Ela tinha tudo para ir longe nessa história toda da Atlas, mas, com justificativa, é verdade, saiu de fininho de Shooter. E morreu como “mocinha” ao invés de vilã. Uma morte de redenção para a personagem que por mais odiosa que fosse desde sua primeira aparição, sempre deixou um “q” de mistério.

Importante destacar que, por mais adrenalina que os episódios 5 e 6 apresentaram, a trama toda desta temporada da Atlas está se desgastando muito rápido. Precisamos de um plot twist urgente para prender nossa atenção novamente. Tirando as cenas de ação, os tiros e explosões, o que sobra? Mesmo Nadine, Harris, Isaac e sua nova cúmplice Carlita Cruise não tiveram muito êxito em extravasar boas oportunidades de chamar para si o destaque em suas cenas. Bob Lee então, tem sido o mais prejudicado. O suspense está sendo construído com base em poucos momentos. Uma pena.

Boas cenas salvam a série de cair no marasmo, porém falta coerência para entendermos a Atlas.

A Gregson presa dentro daquela entrada? Fala se não foi um momento único? Foi um primeiro tiro dos muitos que se sucederam. Mas não ligados a Red Bama, que coitado, parecia um figurante em tudo. Julie também não teve vez, infelizmente. Li comentários sobre o ranço que está sendo construído em relação a isso e, infelizmente, sou obrigado a concordar que ela não está mesmo colaborando.

De volta ao bunker da inimizade (eu inventei isso, pois acho que o nome cai bem), Rebecca – nova amiguinha dos protagonistas – explica que a Caixa de Deus descriptografa uma rede de comunicações do governo, mas você precisa acessar o sistema interno do Titan para saber qual deles. E aí Nadine, muito parecida com ela, e Carlita, traçam um plano ousado de invasão da Titan.

Imagem: Eddy Chen/USA Network/Divulgação

Gutierrez aparece e Nadine “desaparece” depois de presa. E com isso o episódio 7 deve ser pura explosão!

Em uma apresentação incrível, o Gutierrez apareceu e esclareceu muitos pontos do passado do Earl. Gutierrez explica que Atlas matou Earl Swagger porque ele iria expô-los e como eles ganharam dinheiro. Veio em um momento oportuno e parece ter a postura necessária para dar liga aos acontecimentos do Projeto Fênix. Sua abordagem foi clara e sem rodeios, coisa que falta em muitos outros membros, independente de qual núcleo participem.

Quanto à Nadine, em uma presença de espírito digna da primeira temporada, descobriu um pouco mais da Caixa de Deus e seu funcionamento. Mas não sem pagar o preço por isso.  Dois guardas a carregam para fora da prisão e a jogam na traseira de uma SUV que estava os esperando. Agora está à mercê de membros da Atlas infiltrados. Tenso demais!

E como bem definiu Nadine, vale a pena deixar aqui registrado que cada um dos três mosqueteiros têm um objetivo diferente nesta história:

Vingança (Isaac): Derrubar a Atlas para vingar a morte da esposa.
Saída (Nadine): Derrubar a Atlas para parar uma organização criminosa, mesmo que para isso tenha de ser também um pouco do crime.
Final (Swagger): Derrubar a Atlas para descobrir a verdade por trás da participação do pai nesta organização.

 

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