Crítica: Episódio 2×06 de Westworld é uma explosão de acontecimentos e provocações

Imagem: HBO/Divulgação
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Olá, velho amigo.

Avançamos para mais da metade da segunda temporada e damos de cara com um dos episódios com mais perguntas…

Começamos a ver que contar histórias em momentos temporais distintos, nestes dois últimos capítulos, deixou de ser uma diversão dos roteiristas. Os acontecimentos têm sido bem coerentes e praticamente fecham o emaranhado de arcos espalhados pelo parque. Claro, se você fazer de conta que não vimos uma introdução chocante e uma “dimensão alternativa”, é como se tudo estivesse acontecendo ao mesmo tempo.

Comecemos então pela revelação a respeito de Arnold. Como sempre, as coisas não são explícitas em Westworld, mas é de se chegar à conclusão de que o Arnold que vimos até agora sempre foi um anfitrião. Dolores ao se levantar e cessar as funções motoras dele foi algo inesperado. É claro que não foi ela mesmo que fez isso, mas sim Ford, que ao que parece, é realmente onisciente em todos os hosts.

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Peter Abernathy, capturado pela Tessa, está chegando nas mãos dos chefões da Delos. Está cada vez mais próximo o momento de sabermos o que isso vai implicar no comando do parque. Será que os registros salvos nele vão mesmo ser tão impactantes para o futuro da empresa?

Se aproxima  a grande batalha!

O plano de Ford está caminhando para o desfecho que ele tanto queria – Hosts contra humanos. A chegada de Dolores até o Centro de Comando deve dar conta dessa treta. Se é que isso vai mesmo acontecer, pois o óbvio nunca é algo que vemos acontecer na série.

No que se refere a Grace e William, mesmo tendo sua realidade questionada pelo MIB, ela não se deixa intimidar. O diálogo deles apresenta pontos interessantes para pensarmos no que se transformaram as pessoas envolvidas com o parque no mundo real. O medo de elefantes comentado entre eles não pode ter vindo em vão. Deve ter algum significado mais relevante. Aliás, lembra do problema da HBO com este tema? Logo elefantes! Que coisa.

O “encerramento” da descoberta de Shogun World foi simplesmente fantástico. Que perfeição de imagens, sons e arte. As falas, o fato da Maeve ter dado espaço para as decisões dos anfitriões, as expressões e emoções de todo aquele arco foram de tirar o fôlego. Muitos acharam aquilo chato. Discordo. O parque oriental foi um respiro ao que se refere à trama principal e abriu diversas novas possibilidades

O núcleo da Maeve continua sendo o que mais avança na trama

Não vou puxar o saco da Maeve novamente. Ela brilha em toda cena, mas justo na que ela deveria ter tido seu momento mais importante, a senti apagada. Poxa, o encontro com a sua filha não saiu como o esperado. Foi ok. Mas mesmo assim, foi muito pouco para algo que deveria estar carregado de emoção. Entendemos ali as simbologias e, óbvio, a filha seguiria uma nova narrativa, mas cadê o resultado “emocional” de toda busca da Maeve? Foi fraco e decepcionante. E neste momento a Nação Fantasma veio e, mais uma vez, mudou o rumo dos acontecimentos.

Lee Sizemore está mesmo na friendzone? Foi isso mesmo que entendemos, produção? A cena de agradecimento da Maeve foi muito embaraçosa. Não combinou muito com a ordem dos acontecimentos, mas nossa, eu fiquei realmente feliz por ela ter vindo. Logo de alguém que sempre usou os hosts como objetos ver essa relação “evoluir” foi muito bacana. Mesmo que depois ele tenha tentado um chamado ao mundo externo… mas se ele não tentasse não serie ele, né?

Estaria a Nação Fantasma inteiramente cumprindo ordens do Ford?

Essa aproximação deles à Maeve e a participação em pontos isolados (e quase sem sentido) na série podem significar que estão propositalmente mudando o rumo das pessoas ali dentro para o propósito final do Ford. Eu abraço essa teoria por ser a que mais faz sentido no momento. Não existem justificativas para o fato deles circularem por aí sem qualquer objetivo.

Mas se não for isso que eles estão fazendo, até então, são um núcleo inútil na narrativa e poderiam ser tratados apenas como hosts “figurantes” nesse sentido. Não dá para desperdiçar gente assim. Neste ponto também observamos as tropas invadindo o espaço e tirando o poder do chefe de segurança de Westworld. Também algo não bem explicado, isso porque já foram para o ar seis episódios, hein. Difícil de engolir essas pontas soltas.

Imersão do Bernard em outra dimensão foi um modo provocativo de trazer novas teorias sobre o Ford

Elsie e Bernard vão até o “Berço” para verificar os problemas de configuração. Muito forçada essa parte, na minha singela opinião. Mas foi o início da prova que precisávamos para resolver a volta do Ford. Ele não precisa estar vivo ali em pessoa, se ele é a própria programação. Trocando em miúdos, se ele pode comandar tudo de dentro, nessa “dimensão”, porque se ater a um corpo?

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Mas isso ainda não está comprovado. Como sempre essas questões são levadas nos últimos segundos do capítulo e nos deixam apenas com teorias. E vocês, o que pensam disso? Uma coisa é certa: o retorno do Ford, seja como for, era mais do que necessário.

Há muitas respostas que só ele pode dar.

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