Crítica: Estelar se junta ao time no episódio 1×03 de Titans

Review do terceiro episódio da primeira temporada de Titans, do DC Universe, intitulado Origins.

Imagem: DC Universe/Divulgação

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Como dito no início da review anterior, Titans continua priorizando o desenvolvimento dos seus personagens e o aprofundamento da sua história, ao invés de apostar na ação desenfreada.

Estelar “entra” no grupo

Desde que apareceu brevemente no episódio piloto, Estelar, de forma muito natural, chamou a atenção para si. Essa escolha dos roteiristas em apresentar a personagem de forma que nem ela mesma se lembre de quem é, além de interessante, é também bastante sábia. Isso tira deles a responsabilidade de apresentar mais informações sobre a personagem, sua origem, como ela chegou a terra, etc.

Afinal, de todos os membros dos Titans, ela é quem possui a origem mais “difícil”. Sabemos que a Rachel é filha de uma humana e um demônio. Contudo, apresentar uma personagem vinda de outro planeta e que na sua origem mais recente foi uma escrava sexual também não é fácil. Além disso, esse papel de “irmã mais velha” que a Estelar representou foi muito vem vindo.

Ainda falando sobre a Estelar, é de se louvar o desempenho da Anna Diop no papel. A atriz, se entrega totalmente à personagem. E apesar de toda confusão que a permeia, a sua Kory é forte, decidida e “totally badass“. É mais um caso em que os haters devem calar a boca.

O primeiro vislumbre da equipe…

Não é a toa que esse episódio se chama “Origins“. Inesperadamente, apenas no terceiro episódio podemos dizer que a equipe “se encontrou”. E falando nesse encontro, algo me deixou um pouco preocupado. Quando a Rachel e o Mutano se conhecem, instantaneamente, um certo clima de “romance” pintou entre eles. Embora saibamos que nas HQ’s eles são um casal com 13 e 14 anos, respectivamente, e na série eles também tenha essa idade. Na vida real, Teagan Croft tem 14 anos, enquanto o Ryan Potter tem 24. Na boa, isso é muito para mim!

Ademais, e ainda falando na Teagan Croft, é surpreendente o desempenho dessa menina. Atualmente, o roteiro tem exigido mais dela do que de qualquer outro ator da série. Rachel tem se mostrado o centro de tudo isso até o momento e, provavelmente, as coisas continuem assim por um bom tempo. Mas ainda assim ela tem surpreendido e segurado o protagonismo da série de maneira avassaladora.

O passado de Dick Grayson

Se o presente de Ravenna e Estelar é um mistério, o mesmo não acontece com Dick, que nos episódios tem até mesmo o seu passado visitado. Não sei se existe uma justificativa plausível para não ter sido mostrado o rosto do Bruce Wayne/Batman até agora, ou se é apenas frescura da série. Isso me lembra a palhaçada que as séries da Marvel/Netflix gostam de fazer. Todo mundo sabe que Demolidor, Jessica Jones e Cia se passam no mesmo universo dos Vingadores. Contudo, a série nunca fala o nome dos heróis, é sempre “Grandão Verde” ou invés de Hulk.

De todo modo, ainda que já saibamos, ver o passado do Dick é interessante. Personagens icônicos como Alfred e Bruce serem mencionados aquecem o coração. Além disso, também vimos que toda a “rebeldia” do Dick no presente não é nova. No passado o personagem já era assim. Apesar da perda dos pais ser desculpa mais que suficiente para justificar esse tipo de comportamento, ver o pequeno roubar um carro e sair dirigindo foi bem divertido.

O bendito convento

Essa foi a parte mais desinteressante do episódio. Essas escolhas narrativas de fazerem mistério apenas para confundir a cabeça do espectador é a maior furada. A entrada das freiras é mais uma do mundo de informações que a série joga na nossa cara. Só que ao contrário de outras coisas, essa “novidade” não nos convenceu, nem nos instigou a embarcar nessa jornada.

Pelo contrário, toda a parte do convento foi desinteressante, e aquele final, com as freiras prendendo a Rachel, não teve nada de surpreendente. Na minha opinião, foi até previsível.

O que esperar do próximo episódio?

O próximo episódio será uma espécie de crossover com uma futura série do DC Universe: Patrulha do Destino. Esse é o grupo em que o Mutano fez parte antes de entrar para os Titans. É uma das equipes mais bizarras de toda a DC Comics, que inclusive já foi publicada pelo selo Vertigo, um selo mais “adulto” da editora.

Sobre o autor
Marcelo Henrique

Marcelo Henrique

Nerd, fã de Batman e DC. Adora séries como um todo, mas tem um tombo por produções de Ryan Murphy. No Mix escreve de tudo um pouco, mas atualmente falo de The Walking Dead semanalmente.

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