Crítica: Season Finale de Black Lightning encerra um arco abrindo um mundo de possibilidades

Review do décimo terceiro episódio da primeira temporada de Black Lightning, da CW, intitulado "Shadow of Death: The Book of War".

Imagem: CW/Divulgação
Imagem: CW/Divulgação

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Olha, meus sinceros parabéns para os desenvolvedores desta série. Conseguiram adicionar uma receita totalmente diferente do que já vimos no Arrowverse e que deu muito certo. A temática de Black Lightning vai além de do básico “Black People Problem”. Muito já se tentou recriar a realidade de locais como Freeland nas telas e a série trouxe muito bem o essencial. Um lugar que é muito mais do que drogas, violência, gangues. A série consegue filtrar a essência de uma dinâmica compacta. Sem mais delongas, vamos ao incrível episódio.

Não entre no caminho dos Pierce.

Sério, não mexa com essa família. Depois de treze episódios de desentendimentos e revelações, estamos no ponto ideal de sintonia. Anissa já tomou boa parte da série para si e Thunder tem mais fama que o próprio Black Lightning. Jennifer com suas novas descobertas foi uma sacada perfeita para fim de temporada. O momento em que ela abraça e “recarrega” o pai é de arrepiar em matéria de efeitos e beleza.

Nem só de poderes vive uma família e Lynn está presente para afirmar sua soberania. A matriarca está no controle da situação e conseguiu ponderar uma atuação por toda a série. Não ficamos com dó, pena ou então ranço de alguém que está lá para frear os ânimos de nossos personagens. Muito pelo contrário, as atitudes de Lynn só impulsionaram para o tão sonhado retorno familiar.

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Afinal, quem é o vilão?

Tem uma hora do episódio que todos perguntamos contra quem estamos lidando. Lala com suas loucuras pós ressurreição? Tobias em sua fissura por saber a identidade de Jefferson? ASA com toda sua corrupção e influência política no projeto de criar super-heróis em potencial? O melhor de tudo é que, ao mesmo tempo que fica vago, conseguimos linkar tudo e todos.

Exatamente, temos uma batalha ampla na linha de frente. O mais interessante é ver como conseguiram dar um final para a temporada sem matar a chave que é Tobias. Me lembrou um pouco a primeira temporada de Demolidor com a prisão do Rei do Crime. Algo que deixa totalmente aberto para interações futuras. Black Lightning tem seu vilão definido, mas abre um mundo de possibilidades com a gangue One Hundred (100).

Imagem: CW/Divulgação

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O passado, o presente e o futuro… O que esperar??

Neste episódio tivemos a experiência de conhecer um pouco mais sobre o crescimento de Jefferson. Todo seu mantra de “Who life is this?” e “What you gonna do with it?” vem diretamente de sua criação. Foi bonito de ver a jogada de cores para remeter essas lembranças, além de uma cena emocionante se passando na cabeça do protagonista. Paralelo a isso, temos uma guerra acontecendo e não se pode negar. Tobias está começando a montar seu time e ele tem bases pra isso. Me surpreendi e muito com a história de Syonide contada por Gambi. Jurava que iriam deixar ela passar batido na temporada mas aos 45 do segundo tempo uma luz acendeu e parece que ela ganhará um bom destaque no próximo ano.

Já que estamos falando de nosso alfaiate preferido, continuemos assim. Peter Gambi é uma surpresa em todos os sentidos. Quase um Alfred Pennyworth da série. Não digo isso só por ele ser a voz por detrás de nosso herói, mas por sua história. Experiência em combate, visão além do alcance, noção de perigo e, o mais interessante de tudo, sua empatia. O personagem trouxe pra si a família de Jefferson e pode ser considerado um Pierce. Não obstante, ele conseguiu conquistar a todos nós pela sua coragem e determinação. Aqueles tiros ao chefe da ASA no fim foram de arrepiar. Nunca imaginei que terminaria daquele maneira, principalmente pela “bondade” de Jefferson. Mas cada um carrega uma cruz diferente, e a agência com certeza era a de Gambi.

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Hora de desligar um pouco a energia e repousar!

Se pudesse passaria o dia inteiro comentando de possibilidades para um próximo ano. Ou talvez mencionando a semelhança entre Khalil e o Super Choque – o que seria um sonho de vida se acontecesse por aqui. Mas é melhor deixarmos essas teorias para um próximo momento e focarmos neste desfecho. Muito bem orquestrado, com aquele gostinho de quero mais. Black Lightning fecha o episódio como iniciou a série, vendo um belíssimo comercial de margarina da família Pierce. Vai falar que eles não são um sonho de família?

A série encerra seu primeiro ciclo com um retorno garantido para uma segunda temporada. O tema é bem centrado e desenvolvido. Traz a essência dos quadrinhos em uma realidade de, literalmente, qualquer lugar do planeta. Freeland não é mais que uma representação de nossos bairros e nossas cidades. Repaginando o mantra de Jefferson, a série é um incentivo à cultura e educação de forma interativa. Já nos encontramos ansiosos para uma próxima temporada e aguardamos vocês aqui no Mix.

Não deixem de acompanhar as notícias e reviews e até lá!

Sobre o autor
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Lucas Franco

Mineiro, escorpiano, médico. Diretamente do Arkham Asylum para o Mix de Séries. Eterno fã de Friends, E.R. e Chuck. Reviso as séries The Good Doctor, Riverdale, Legends of Tomorrow e o que aparecer por aí... :D

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