Critica: Tandy e Tyrone se aproximam e a trama se desenvolve em Cloak and Dagger

Review do quarto e quinto episódio da primeira temporada de Cloak and Dagger, da Freeform, intitulados "Call/Response / Princeton Offense".

Imagem: FreeForm/Divulgação
Imagem: FreeForm/Divulgação

“O universo continua nos aproximando.” “O universo continua nos separando.” – Tyrone Johnson e Tandy Bowen.

Se no episódio 1×04 a dupla se conectou e se conheceu um pouco mais, no episódio 1×05 eles continuaram seguindo sua jornada. Tandy investigando a Roxxon e apresentando certo controle sobre seus poderes, e Tyrone ainda aprendendo mais sobre suas habilidades.

A série já provou que tem personalidade e segue um padrão não linear de contar sua história. O episódio Call/Response mostrou o encontro de Tandy e Tyrone da igreja e, ao mesmo tempo, mostrou o que eles fizeram após o encontro com toda informação e conselhos partilhados. Os dois tiveram uma conversa dura sobre suas realidades, suas vidas e esses poderes que não entendem muito bem que insistem em unir os dois.

Tyrone não sabe o que é ser uma mulher que tinha tudo e, após a morte do pai, se viu numa situação de pobreza com uma mãe alcoólatra fazendo rodízio de namorados. Um ambiente caótico, drogas e todo machismo que cerca qualquer mulher.

Tandy não sabe o que é ser um homem negro que, mesmo tendo uma boa família, estudando em uma boa escola não tem liberdade de ir e vir, podendo ser preso a qualquer momento, sem motivo algum. Ali eram dois jovens tendo uma conversa séria sobre o mundo e seus problemas.

Tandy através de seus poderes descobriu que Greg, o namorado da mãe, no final das contas, era um bom homem. Mesmo sendo casado, ele tinha boas intenções e projetava um futuro bom para eles. Uma pena ele não ter sobrevivido para continuar sua investigação sobre a Roxxon. Teria descoberto que Tandy seria uma ótima aliada.

Pela perspectiva de Tyrone, um pouco mais da sua família foi explorado, sobretudo seu pai que não teve a devida atenção. A revelação que seu pai era um índio do Mardi Gras (índio do carnaval de Nova Orleans) foi interessante e conseguiu manter a questão mística/sobrenatural no enredo. Mas a intenção de toda interação com seu pai e o passado dele era estabelecer a conexão de pai e filho que, desde a morte do filho mais velho, havia se perdido.

Decisão arriscada ao incluir um tema delicado.

Sobre mostrar a tentativa de suicídio de Tandy, achei precoce e arriscada. Numa era 13RW, falar sobre esse assunto em uma série para jovens é algo que deve ser feito com cuidado.

É plausível a atitude da personagem, que se vê imersa num mundo de violência, abuso de drogas, alcoolismo e depressão. Mas já apresentar o tema nos primeiros episódios, me pareceu algo apressado. Felizmente, ficou apenas na tentativa e utilizaram o ato como uma espécie de renascimento. É como se Tandy, naquele momento, lavasse a alma e saísse daquela situação ainda mais forte.

Ver Tyrone encontrando o manto que será usado no futuro anima qualquer um. Sabemos que o manto o escolheu e não está finalizado. Então, será interessante ver Tyrone terminando o manto que seu irmão havia começado e usá-lo com seus poderes.

Tandy e Tyrone continuam sua jorna em busca de justiça.

Já no episódio Princeton Offense, nossa dupla continua seguindo caminhos separados. Tandy está focada em investigar Roxxon e tudo que envolveu a morte de seu pai. Enquanto Tyrone procura a detetive O’Reilly para falar sobre o policial Connors.

Imagem: FreeForm/Divulgação

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Tandy, neste episódio, surge mais confiante, fazendo bom uso de seus poderes para tirar vantagem e descobrir algo sobre os funcionários da Roxxon. Tyrone aparentemente, quer manter a normalidade de sua vida. Tandy utilizou muito seus poderes e, como eles estão conectados, ela perde o controle dos seus e acaba se transportando para a festa de gala que Tandy estava.

Vimos que a detetive O’Reilly tem tempo para um sexo casual com outro policial nas horas livres. Ela é procurada por Tyrone. Ele quer justiça pela morte do irmão, mas com isso não será possível prendê-lo. Então, ele entrega a informação que Connors está envolvido com tráfico local, assim a detetive começa sua própria investigação.

Ser flagrada usando drogas foi uma jogada de mestre para se aproximar de Connors e conquistar um pouco de sua confiança. Ela é uma personagem misteriosa e espero que seu passado seja explorado em breve!

A festa de gala foi o cenário perfeito para Tandy ter acesso às pessoas influentes da Roxxon e estabelecer conexões com seu pai. Mina Hess também perdeu seu pai no acidente da plataforma e, ao que parece, terá um grande papel na jornada de Tandy. Mina pode se provar uma aliada, ou um grande problema.

Já Tyrone descobriu que o amigo de seu irmão segue uma vida aparentemente tranquila, mas na verdade está trabalhando com Connors no trafico de drogas. Apesar de tentar se desconectar, Tandy e Tyrone descobriram que se um utiliza seu poder acaba atraindo e afetando o outro. Essa conexão fica cada vez mais intrigante e espero ver mais disso.

Essa primeira parte da temporada se mostrou coesa e interessante. Acredito que todos os elementos foram apresentados e agora tudo será explorado. Mesmo em busca de justiça, seria bom ver Tandy e Tyrone investigando tudo juntos, principalmente sobre seus poderes!

Um fato curioso é que há uma conexão com Luke Cage nesse episódio. O’Reilly cita que seu último trabalho foi no departamento de Narcóticos no Harlem e, na segunda temporada de Luke Cage, Misty comenta sobre uma detetive O’Reilley que trabalhou com ela e se mudou para Nova Orleans!

Sobre o autor
Yuri Moraes

Yuri Moraes

Bacharel em Direito, estudante de Marketing Digital. É fascinado pelo universo dos heróis e apaixonado por séries e filmes. Livros de suspense policial são seus favoritos. Boa música e reality shows nao podem faltar. A série favorita, The OC. No Mix, colabora com algumas críticas de séries como, Blindspot, Ozark, La Casa de Papel entre outras.

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