Crítica: Westworld explora o início da jornada dos anfitriões e visitantes no episódio 2×02

Review do segundo episódio da segunda temporada de Westworld, da HBO, intitulado "Reunion".

Imagem: Divulgação/HBO
Imagem: Divulgação/HBO

Bem-vindo à Westworld, Logan!

Como era de se esperar, tivemos um novo capítulo sem tanta descentralização. Em “Reunion“, segundo episódio desta segunda temporada, o foco foi dado (como sempre em diversas linhas do tempo diferentes) ao pontapé inicial para entendermos como Westworld foi criado.

Aqui é um momento oportuno dado ao espectador de vermos mais de William e Logan Delos em suas jogadas para conseguirem fazer do empreendimento um sucesso. Tudo funcionou bem, em uma harmonia que acompanha a trilha sonora perfeita e os diálogos curtos e profundos. E logo de cara conseguimos sentir o impacto dessa realidade, vivendo isso através da primeira experiência do Logan com os robôs (confesso que arrepiou todos os pelos do corpo nessa parte). Deu pra ficar tentando adivinhar quem era robô e quem era humano, e mesmo já sabendo que no final Angela era a anfitriã, foi muito surpreendente ver que todos ali eram robôs. Bem vindo à Westworld!

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Ainda não sabemos nada muito especial sobre o modo como o parque foi feito, porém temos um aperitivo das negociações iniciais. O pai do Logan, ao invés de ser convencido pelo seu filho, é levado a pensar no negócio pelo William. Aí já podemos fazer duas ligações: A primeira é que o negócio deles, na Iniciativa Argo, não tinha nada a ver com o interesse no entretenimento das pessoas. O que eles realmente queriam era ver o que dava para extrair ao analisar o comportamento dos convidados. Em segundo lugar, como vimos no episódio anterior, os visitantes têm seu DNA extraído. De certo uma coisa está ligada à outra. Então já pode pegar o caderninho de teorias e começar a desenhar algumas a partir dessas informações!

Os anfitriões já estiveram do lado de fora. Qual o perigo que isso pode representar?

Arnold tem uma daquelas conversas com Dolores, só que dessa vez no “mundo real”. Essa, que foi a primeira cena do episódio, talvez tenha sido uma das mais impactantes da série. Por essa, acredito que muitos de vocês não esperavam (e nós também não).

Como se precisasse, fica claro que ela era a favorita do Arnold. Segundo ele, a anfitriã não estava pronta para ser apresentada. Aliás, bom ver que o Ford, mesmo que seja o dos Flashbacks, esteja de volta à história. Bons momentos para comparamos o comportamento dela dentro e fora do parque.

Algo que me intriga é o fato da Dolores se lembrar de todos acontecimentos vividos antes da sua programação, ao mesmo tempo em que ela se rebela. Há uma grande probabilidade de ela estar vivendo apenas o que Ford a mandou fazer, dentro de uma narrativa, já pensaram nisso? Afinal, as últimas palavras dele, ouvidas no encerramento da primeira temporada, não podem ser apenas promessas vazias. Quero aquela história contada com sua total participação. Quero mais clones dele pelo parque. Fica também aqui o registro de uma teoria de que Ford pode estar “presente” dentro de todos os anfitriões.

As reuniões, título dado para esse capítulo, realmente foram bem pontuais e fazem cair por terra algumas teorias…

Todas foram fundamentais e importantes, mas certamente o encontro de Dolores com a Maeve tenha sido a maior. Confesso que tinha criado uma expectativa muito grande para este momento, mas ao refletir com calma constatamos o seguinte fato: a revolução das duas (como vimos na season première) e o novo jogo do Homem de Preto deram início no mesmo momento. Assim, eles estão na mesma linha do tempo. Cada um ao seu modo, está expondo o pior lado do parque e de seus habitantes. Dolores teria convidado Maeve para se juntar à ela, mas Maeve nos alerta: estaria mesmo Dolores, no controle de tudo? Isso dá mais indícios de que Dolores esteja vivendo uma narrativa, e não iniciando uma revolta. Será?

Menção honrosa para a participação de Giancarlo Esposito (o Gus, de Breaking Bad) na pele da nova versão de El Lazo. Que cena, meus amigos! Não esperava por todo aquele tiroteio e muito menos ver o Homem de Preto perdido novamente. O jogo dele parece ser mais difícil de ser vencido do que ele poderia imaginar. Talvez vejamos mais diálogos dele com o Ford, ou do William com ele, o que faz muita falta. O que importa é que sua história ainda não está clara, e isso dá mais emoção ao assistirmos o episódio.

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Agora que tivemos o gostinho de ver um pouco da construção de Westworld, quem sabe até o meio da temporada também possamos ver mais de como os doutores Arnold e Ford desenvolveram suas máquinas? Em que momento ficaram de lado?

Nossa, são tantas perguntas! Que venham as respostas e, lógico, as novas teorias.

DOLORES REFLEXIVA: “Uma nova luz às vezes assusta tanto quanto à escuridão.”
DOLORES REFLEXIVA 2: “Eu costumava ver a beleza nesse mundo. Agora eu vejo a verdade.”

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