10×13 de Chicago PD mostrou que Voight não é vilão

O episódio 13 da 10ª temporada de Chicago PD traz uma veia reflexiva para os fãs da série, ao explorarem através de uma outra personagem, o quão alguém pode fazer algo errado e não ser necessariamente ruim.

Através dessa reflexão, o texto tenta mostrar o mesmo para Voight que, embora tenha perdido pessoas ao longo dessa batalha e dessa caminhada como Sargento, precisou fazer coisas ruins. Apesar dele não ser o vilão da história.

Neste episódio, vemos a APA Nina Chapman como foco. E, em uma investigação que cai na Inteligência a pedido dela mesma, Voight acaba farejando que algo está errado. Até ele entender que de “certinha” Chapman passa longe.

Seria hipócrita pensar que Voight não conduziria a investigação. Afinal, Chicago PD passou dez temporadas fingindo que Voight nunca fez nada de errado. Então, talvez, a série vem tentando corrigir esse erro, sem saber se vai mesmo conseguir.

Hank Voight não é o vilão da história… só que poderia

Muitos fãs de Chicago PD nunca entenderam a necessidade de Voight em cruzar a linha. Halstead, por exemplo, sempre esteve ali para mostrar que era possível manter a linha e ainda prender o bandido no fim do dia.

Então, agora, dez temporadas depois, os roteiristas entenderam que é necessário vender ao espectador que Voight não é o vilão, que ele não faz mais coisas erradas. Mesmo que isso vá contra a natureza do personagem. Novos tempos, mudanças, é o que temos…

Aliás, Chicago PD utiliza de Olinsky para lembrar o tanto que Voight perdeu ao longo do caminho. O amigo que sempre esteve presente, que sempre esteve ao lado dele. Foi uma perda irreparável, que talvez tenha despertado um gatilho em Voight de que as coisas precisavam mudar em sua vida.

Vale ressaltar também que Ana foi um fator decisivo na última temporada. Voight definitivamente não é mais o mesmo, e isso pode ser bom. (Ou ruim, dependendo da ótica de interpretação).

Chicago PD mostra que alguns erros merecem segunda chance

Na história do episódio, Chapman acaba revelando que se envolveu com um informante e que comprometeu investigações que poderiam vir à tona. A história é bem interessante, que culmina com Chapman tendo uma perda tão relevante quanto as que Voight já teve na corrida de Chicago PD.

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Mas essa história vem para mostrar que alguns erros merecem segunda chance. Voight dá a Chapman a “misericórdia” que ele tanto buscou ao longo dos anos. Seja de alguns dos personagens, seja do espectador da série.

Eles nunca colocaram Voight como o herói, mas há anos eles estão tentando bater na tecla de que ele não é o vilão de Chicago PD.

A série sempre fingiu que talvez existisse uma realidade paralela, em que Voight existisse, para ser o policial sujo que precisava se, e que estaria disposto a fazer tudo e qualquer coisa para vencer o caso. Não por justiça, mas sim por algo pessoal. Voight não é mais o mesmo e nem vai ser!

Talvez seja disso que Chicago PD precise para sobreviver. Mas também para mostrar que é necessário evoluir. O problema é que, no meio dessa caminhada, a série pode perder muitos espectadores que ainda esperam a volta do antigo Voight. Aqui vai um alerta: infelizmente, ele não vai voltar!

Nota: 4/5

Anderson Narciso

Criador do Mix de Séries, atua hoje como redator e editor chefe do portal que está no ar desde 2014.Autor na internet desde 2011, passou pelos portais TeleSéries e Box de Séries.Fã de carteirinha de Friends, ER e One Tree Hill, é aficionado pelo mundo dos seriados. Também é fã de procedurais, sabendo tudo sobre o universo das séries Chicago, Grey's Anatomy, entre outras.

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