10×16 de Chicago PD trouxe o velho Voight de volta
Review do episódio 16 da décima temporada de Chicago PD, que deu destaque para Voight e a sua antiga versão.
O décimo sexto episódio de Chicago PD trouxe algo que muitos fãs queriam há tempos: o velho Voight de volta. Mas ele retornou mais como uma reflexão da bússola moral que move a Inteligência, mostrando que seria mesmo necessário fazer tudo, sem ponderar o que é certo ou errado, para que no final do dia o mocinho vença? Fazer o errado, nesses casos, não seria equiparar ao vilão?
Acredito que Chicago PD sempre tentou inserir essa reflexão. Afinal, Voight era um personagem duvidoso, que sempre lutou pelo bem por meios questionáveis. Só que, com o tempo, ele veio mudando e mostrando que ele estava repensando seus atos. No entanto, este episódio resgatou parte do que Voight era – e o gosto foi um tanto amargo.
Voight participa de um julgamento, e sequestro envolvendo júri movimentou as coisas
A história deste episódio trouxe Chapman, mais uma vez, como uma personagem importante para Voight, mas ao mesmo tempo que fica fora do radar das coisas erradas que ele precisou fazer.
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Quando a esposa de um membro do júri foi sequestrada, tudo isso para que o rapaz inocentasse o réu, Voight e a Inteligência entrou em ação. Mas claro que ele precisou cruzar as linhas algumas vezes durante essa investigação.
A história, aliás, foi de longe uma das melhores de se acompanhar nesta temporada. Seja talvez pela direção de Jesse Lee Soffer (o ator que faz o Jay), que esteve à frente deste episódio, ou simplesmente pelo resgate do velho Voight. De qualquer forma, foi uma trama interessante de se acompanhar.
Chapman queria ficar por dentro de tudo, só que Voight preferiu mantê-la fora do caminho, com a justificativa de que seria melhor para ela. Só que com isso vem o preço. Fazer as coisas erradas para os fins certos traz um questionamento moral, do qual Voight sempre serviu em Chicago PD. E, aqui, Chapman descobre tudo, depois que toda a história ganhou resolução.
Chapman, na verdade, serve como um canalizador do pensamento do espectador, quando ela questiona os métodos de Voight, e se não seria necessário repensar nos seus atos. Embora muitos fãs de Chicago PD sintam falta do “velho Voight”, acredito que ficou claro que Voight precisa agir certo para alcançar o certo.
Até quando Voight vai conseguir liderar a Inteligência de Chicago PD?
Assistindo este episódio, me veio a sensação de que Voight teria um prazo de validade dentro da Inteligência. E, consequentemente, não vejo muito espaço para ele em Chicago PD, sem que ele aja da forma como agiu neste episódio.
O personagem, aliás, veio ficando de escanteio, dando espaço para que todos os outros membros do grupo brilhassem. Só que os fãs estavam sentindo falta de uma história coesa e interessante para Voight. Justamente para que o personagem não pise tanto fora da lei.
Acredito que os roteiristas estejam deixando-o apenas na liderança, mostrando que ele está fazendo o necessário e dentro da lei. Só que isso limita o personagem e, por mais que as coisas que ele faça sejam erradas, é isso que torna Voight um personagem interessante.
Portanto, caso ele continue a retroceder, quanto ao fato de se tornar um policial “bonzinho” ou dentro das regras, moralmente seria ótimo. Mas, para os meios do entretenimento e da atenção que Chicago PD chama dos fãs, isso pode não ser bom.
Resta ver o que a temporada separou para os fãs, e para Voight, diante dessas incertezas.
Nota: 4.5/5