11×19 de The Walking Dead: De um lado ação, do outro chatice!
Review do décimo nono episódio da décima primeira temporada The Walking Dead, que mostra os dois lados da história: ação e chatice.
Mais uma semana, mais um episódio de The Walking Dead, e este daqui foi bem dividido. Havia partes extremamente difíceis de assistir, dado a toda chatice envolvida, e havia outras partes que você até prendia o fôlego.
Engraçado como direção e roteiro, principalmente este último, conseguiram fazer um episódio tão bom em umas partes e tão ruim em outras.
Chatos primeiro
Eu já havia falado isso na semana passada na review de The Walking Dead, mas a capacidade desse personagem de fazer besteira me deixa impressionado. Eu acho que os roteiristas não gostam dele, porque não é possível, isso daqui não é desenvolvimento de personagem.
E sim, caro leitor, você sabe de quem eu estou falando: Eugene Porter. Depois te toda aquela baboseira no episódio passado, dele e da Max aprontando aquela lá (e eu nem julgo a ação, julgo o timing mesmo, ele não sabia que iria colocar os amigos em perigo?!), essa semana teve mais.
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Enfim, como se não bastasse tudo isso, essa semana foi aquela lenga lenga. “Não posso sair daqui sem a minha amada… Que tipo de homem eu seria…”
Ora, tenha a santa paciência! Os dois realmente acharam que não iria ter nenhum tipo de consequência? Ou que, se tivesse, eles iriam conseguir escapar, tranquilamente? Difícil! No fim, ele acabou se entregando para a “polícia” da Commonwealth. Mas poderia ter feito isso logo e não “enchido o saco” o episódio inteiro.
O que realmente empolgou?
Teve dois seguimentos nesse episódio de The Walking Dead que eu achei BEEM legais.
O primeiro, e um pouco menos importante, é toda a repercussão junto à Governadora a respeito da morte do seu filho Sebastian. A Laila Robins é aquela atriz que você tem a impressão de ver em todo lugar. Só de cabeça eu me lembro dela em: The Blacklist, The Handmaid’s Tale, The Boys, Homeland... Ela é sempre toda “classuda” e com cara de quem tem dinheiro!
Ainda assim, a atriz é extremamente competente e aqui não foi diferente. A decisão de dar um ar mais resignado e menos emotivo à Governadora Pamela nesse momento foi bem acertada.
Ela diz: eu sei quem ele era. Falando do filho e do seu caráter (ou a falta dele). E essa é uma passagem bem interessante para o que vem depois.
Infelizmente, nem tudo são flores e a série continua sem coragem para matar Hornsby, o que eu fico sem entender. Seria uma passagem interessante e mostraria bem o lado sombrio da Pamela que, após o seu filho “zumbificar”, deixou ele como Walker somente para aterrorizar o cara.
Aparentemente, ela vai deixar o filho naquele estado e qualquer semelhança com a sua contraparte masculina, o Governador, vilão da já tão distante terceira temporada (saudades, inclusive) NÃO é mera coincidência.
Variantes em The Walking Dead
O outro seguimento importante é o mesmo que dá nome ao episódio e resgata do fundo do poço a questão dos zumbis “evoluídos”. É estranho a série ter chegado na última temporada para abordar esse tipo de coisa (mesmo sabendo que todo o universo vai continuar).
Ainda assim é uma discussão interessante, considerando que eles não vão mais deixar isso de lado. Zumbi capaz de abrir porta e escalar parede já seria assustador, agora imagine os que pegam pedras para jogar na sua cabeça? Eu tive que gritar e dar risada!
A parte grotesca (e bem legal também) é quando o Aaron, achando que tratava dos Sussurradores, literalmente arranca a cara de um zumbi fora. Eu bati palminhas nessa parte também.
Outra coisa legal é o grupo escolhido para essa trama. São personagens que estavam meio jogados na história, sabemos. Mas a ideia de inseri-los bem num desenvolvimento importante para a série (pelo menos é o que achamos) mostra a boa vontade dos roteiristas com eles.
Só lamento, mais uma vez, a covardia dos envolvidos. Um deles poderia empacotar tranquilamente, não precisava ficar todo mundo vivo não.
Mas é isso. Até que demorou, mas tivemos o primeiro filler dessa temporada. Aquele episódio mais lenga lenga que tem sempre. Andamos com algumas coisas? Andamos. Contudo, não foi na velocidade que precisamos. Vamos torcer para tudo não se atropelar no final, como sempre.