25ª temporada de Law & Order: SVU começa com força
Na estreia da 25ª temporada, Law & Order: SVU mostra que ainda tem muito gás e boas histórias. Velhos problemas, contudo, persistem.
Depois de um longo hiato, “Law & Order: SVU” está de volta com ainda mais responsabilidade. Afinal, são incríveis vinte e cinco anos de história, uma marca que poucos alcançam, ainda mais no cenário de fragmentação que vivemos. Sendo assim, as expectativas são altas.
Em “Tunnel Blind”, temos a série começando com o que parece ser algo pouco novo: uma jovem sequestrada em Manhattan. Contudo, o caso revela-se maior, mais extraordinário e bizarro com o decorrer das investigações.
O mundo como ele é
Um dos grandes méritos na busca de Law & Order: SVU pela manutenção da relevância é estar atenta aos tempos. Introduzir temas como redes sociais, plataformas de conteúdo e até mesmo crimes no metaverso foram grandes sacadas. E esse episódio mantém essa linha.
No decorrer da investigação, a unidade de vítimas especiais se depara com algo estranho. A vítima, que é menor de idade, foi duplamente violentada. Além de sequestrada, ela teve suas características colocadas numa boneca para que ped*filos possam se deleitar. Uma nojeira e um absurdo, mas são os tempos que vivemos.
Continuidade bem vinda
Embora pareça frustrante termos que esperar uma semana para sabermos a conclusão da busca, acredito que é a decisão certa do ponto de vista criativo. Quem acompanha minhas análises sabe como que gosto de narrativas alongadas e que dão possibilidades ao roteiro de explorar. Tunnel Blind faz isso com maestria.
Temos o crime (sequestro de menor), assim como a questão absurda da boneca. Contudo, com mais tempo e espaço, temos um desenvolvimento maior dos personagens. Vemos o tormento da nossa protagonista por não se antecipar ao crime, tal qual a relação estridente com o chefe de polícia e a necessidade de ser uma mãe presente.
Essa é a personagem da vida da Mariska Hargitay. Então é um alento quando temos a possibilidade de vê-la com mais espaço para explorar, desenvolver e crescer em cena.
A volta dos que não foram
Confesso que me incomoda profundamente essa falta de decisão em torno do destino da Amanda Rollins (Kelli Giddish). Ela saiu ou não saiu? É membro do elenco regular ou fará participações especiais? Esse vai não vai mostra um showrunner sem comando e uma série que ainda não sabe como construir um bom elenco de coadjuvantes.
Em suma, o roteiro mostra-se capaz de manter a série relevante e interessante. É um quarto de século no ar com muito gás. Além disso, Mariska segue com vontade e entendendo sua vocação e sua missão. Contudo, é preciso entender que o elenco de coadjuvantes carece de atenção e investimento. Talvez novos atores ou novas oportunidades.
Até a próxima!