3×02 de CSI Vegas explorou cicatrizes do passado
Review com spoilers do segundo episódio da terceira temporada de CSI: Vegas que explorou Catherine em história intrigante.
“CSI: Vegas” chegou ao seu segundo episódio da 3ª temporada com “Scar Tissue”, trazendo a perspectiva de Catherine Willows sobre o caso do barão das drogas Raphael Tarquenio. Apesar de fornecer respostas esperadas pelo público, o episódio carece da intensidade característica da estreia da temporada, deixando a desejar na construção do suspense.
“Scar Tissue” retoma a narrativa logo após os eventos do episódio “The Reaper”, com Catherine assumindo a responsabilidade de garantir a condenação de Tarquenio. Tudo isso, enquanto Folsom lida com as consequências de suas ações. A expectativa de um confronto clássico entre heróis e o grande vilão se estabelece, mas a trama não alcança o clímax esperado, mesmo com a introdução de uma reviravolta.
A abordagem de contar o lado de Catherine na história de Tarquenio em um episódio separado é intrigante e faz sentido dentro da temporada. Com Folsom afastado, Catherine assume o protagonismo, e Marg Helgenberger entrega uma atuação sólida, justificando sua permanência na série.
No entanto, a captura de Tarquenio por Catherine no interrogatório não traz o impacto desejado, e o momento mais marcante ocorre fora da sala de interrogatório, quando ela e Folsom compartilham um abraço, reforçando o vínculo entre os personagens.
Paralelamente, o enredo secundário envolvendo Folsom e a investigação interna sobre sua conduta introduz elementos de realismo na série, que sempre se destacou por abordar as consequências das ações dos personagens. No entanto, a execução desse arco se assemelha mais a um plot típico de série policial, sem a profundidade habitual de “CSI: Vegas“.
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A revelação de que Serena Chavez era uma informante interna na equipe de CSI não causa o impacto que a série desejava. Apesar de fazer sentido haver um escrutínio maior após os eventos da 1ª temporada. A decisão de manter isso em segredo e a rápida resolução do romance entre Folsom e Serena parecem forçadas, desviando da complexidade que “CSI: Vegas” costuma apresentar em suas narrativas.
A subutilização de Allie Rajan neste episódio e os desentendimentos com Max sobre o novo papel de Allie como supervisora do turno diurno evidenciam uma necessidade de equilibrar as responsabilidades de liderança de Allie com sua participação ativa na resolução de crimes, algo que a série ainda precisa ajustar.
“Scar Tissue”, portanto, se apresenta como um dos raros deslizes de “CSI: Vegas“. Evidenciando uma direção clara para onde a história deseja ir, mas enfrentando dificuldades em alcançar seus objetivos ou questionando se alguns destes eram realmente necessários. O episódio deixa a desejar tanto na construção do suspense quanto na fidelidade aos personagens, aspectos que a série normalmente maneja com maestria.