7×10 de The Good Doctor e o adeus da série frustrante

Crítica de The Good Doctor 7x10 "One Final Case": despedidas e desafios marcaram o último episódio da série.

The Good Doctor 7x10

O episódio final de The Good Doctor, intitulado “One Final Case”, trouxe à tona um misto de emoções para os fãs que acompanharam a série ao longo de suas sete temporadas. O encerramento, que deveria ter sido uma celebração e um adeus emocionante, acabou sendo marcado por uma atmosfera deprimente que dominou a maior parte do episódio.

O Último Caso de Glassman

The Good Doctor final da série
Imagem: Divulgação.

Grande parte do episódio foi dedicada à recusa de Dr. Glassman em considerar novos tratamentos para seu câncer no cérebro, enquanto, em outro ponto, a vida de Claire estava por um fio.

Shaun, determinado a salvar Glassman, enfrentou a teimosia do mentor, criando uma sensação de desespero e inevitabilidade. Esse foco excessivo no sofrimento e na morte tornou a experiência de assistir ao episódio mais angustiante do que catártica.

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A decisão de Glassman de não buscar tratamento adicional parecia forçada, considerando que ele não apresentava sintomas e havia passado por exames recentes. A ideia de um câncer terminal repentino não soou realista, especialmente com a série já tendo mostrado Shaun salvando a vida de Glassman anteriormente.

Essa escolha narrativa, infelizmente, soou como um artifício barato para justificar a homenagem de Shaun a Glassman nos minutos finais do episódio.

Claire e a Superação de Limites

The Good Doctor 7x10
Imagem: Divulgação.

A doença de Claire adicionou mais uma camada de tristeza ao episódio. Embora tenha proporcionado um paralelo interessante com Audrey Lim lutando para salvar o braço de Claire, a impressão geral foi de exagero. A série poderia ter utilizado a última aparição de Antonia Thomas de forma mais significativa, talvez mostrando Claire ajudando Shaun a aceitar a morte digna de Glassman.

Charlie e o Desperdício de Potencial em The Good Doctor

A introdução de Charlie Lukatis, outra personagem autista, trouxe inicialmente um conflito interessante com Shaun. No entanto, o episódio final minimizou a presença de Charlie, onde ela apenas assistiu Shaun no tratamento de Claire.

A série negligenciou a relação entre Shaun e Charlie, que poderia ter sido uma bela passagem de mentor para aprendiz, desperdiçando uma oportunidade de fechar o ciclo iniciado por Glassman e Shaun.

Uma Temporada Encurtada e Suas Consequências

Imagem: Divulgação.

A temporada reduzida, resultado das greves anteriores, impactou negativamente o desenvolvimento das tramas. Histórias como o potencial autismo de Steve e a mentoria de Charlie acabaram ficando de lado, prejudicando a profundidade narrativa que a série construiu ao longo dos anos. Se a temporada tivesse mais episódios, talvez houvesse espaço para explorar essas histórias com mais cuidado e menos pressa.

Reflexões Finais

O final de The Good Doctor deixou um sentimento agridoce. Enquanto os últimos cinco minutos trouxeram um final bem emocionante, no nível que os fãs esperavam, o caminho até lá foi teve muita tristeza excessiva. Bem como escolhas narrativas questionáveis. Então, os fãs, que esperavam um desfecho à altura da série, ficaram com a sensação de que faltou algo. O que é uma pena.

  • A insistência de Shaun em salvar Glassman e a recusa deste em aceitar tratamentos criaram um conflito interessante, mas frustrante.
  • A doença de Claire adicionou drama, mas também poderia ter sido explorada de maneira menos mórbida.
  • A relação entre Shaun e Charlie deveria ter sido mais desenvolvida, proporcionando um encerramento mais satisfatório.

“The Good Doctor” se despede deixando saudades e a sensação de que poderia ter oferecido um final mais equilibrado e menos melancólico. Ainda assim, o legado de suas histórias e personagens continuará a ressoar com os fãs por muito tempo.

Sobre o autor

Anderson Narciso

Editor-chefe

Criador do Mix de Séries, atua hoje como redator e editor chefe do portal que está no ar desde 2014. Autor na internet desde 2011, passou pelos portais Tele Séries e Box de Séries, antes de criar o Mix. Formado em História pela UFJF e Mestre em História da Saúde pela Fiocruz/RJ, Anderson Narciso se aventurou no mundo da criação de conteúdo para Internet há 15 anos, onde passou a estudar sobre Google, SEO e outras técnicas de produção para web. É também certificado em Gestão Completa de Redes Sociais pela E-Dialog Comunicação Digital, além de estudar a prática de Growth Hack desde 2018, em que é certificado. Com o crescimento do site, e sua parceria com o portal UOL, passou a atuar na cobertura jornalística, realizando entrevistas nacionais e internacionais, cobertura de eventos para as redes sociais do Mix de Séries, entre outros. Atua como repórter no Rio de Janeiro e São Paulo, e pelo Mix já cobriu eventos como CCXP, Rock in Rio, além de ser convidados para coberturas e entrevistas presenciais nos Estúdios Globo, Netflix, Prime Vídeo, entre outros. No Mix de Séries, com experiência de dez anos, se especializou no nicho de séries e filmes. Hoje, como editor chefe, é o responsável por eleger as pautas diárias do portal, escolhendo os temas mais relevantes que ganham destaque tanto nas notícias quanto nas matérias especiais e críticas. Também atua como mediador entre a equipe, que está espalhada por todo o Brasil. Atuante no portal Mix de Séries diariamente, também atende trabalhos solicitados envolvendo crescimento de redes sociais, produção de textos para internet e web writing voltado para todos os nichos.