9×01 de Chicago Med resgata o melhor da série em anos
Review com spoilers do episódio 01 da nona temporada de Chicago Med, que trouxe uma boa trama para a estreia.
“Chicago Med” entra em sua nona temporada enfrentando o desafio de se reinventar. Após a saída de personagens chave como o Dr. Will Halstead de Nick Gehlfuss e o Dr. Ethan Choi de Brian Tee, a série da NBC tinha uma lacuna a preencher.
No entanto, a estreia da nova temporada, intitulada “Row Row Row Your Boat on a Rocky Sea“, traz um sopro de ar fresco para o Gaffney Chicago Medical Center. Tudo isso, graças à adição de um forte novo personagem e casos médicos que retomam a relevância do discurso sobre a medicina moderna.
Aliás, pode-se dizer que esse foi um dos melhores episódios da série em anos, revigorando o que há de melhor na sua trama.
Seis meses após os eventos da oitava temporada, o hospital de “Chicago Med” passa por nova mudança de gestão e apresenta o Dr. Mitch Ripley, interpretado por Luke Mitchell de “Blindspot”. Ripley chega com uma trama oportuna, e as atuações sólidas de Steven Weber, Jessy Schram e Dominic Rains indicam que “Chicago Med” pode ter reencontrado seu ritmo.
Nova temporada, novas dinâmicas
Assim como na estreia de “Chicago Fire“, “Row Row Row Your Boat on a Rocky Sea” busca amarrar pontas soltas da temporada anterior, além de dar uma ideia do que esperar no futuro. O foco está no elenco principal e em alguns personagens recorrentes. O Dr. Crockett Marcel, envolvido na controversa trama de OR 2.0, se vê obrigado a recorrer novamente à tecnologia duvidosa para salvar a vida de um garoto.
Dominic Rains continua a desenvolver Crockett, ultrapassando a imagem inicial do personagem e mostrando que ainda há muito potencial a ser explorado.
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O grande destaque, no entanto, é a introdução do Dr. Mitch Ripley. Com um estilo de atuação que remete ao seu trabalho em “Blindspot”, Luke Mitchell traz ao personagem uma força interior, usando seu passado turbulento como fonte de determinação, não de angústia.
Desde a saída de Colin Donnell, o elenco sentia falta de uma presença tão marcante, e Mitchell se encaixa perfeitamente nesse papel. O roteiro acerta ao abordar a questão da super medicação, um problema real no sistema de saúde, embora a revelação de que Ripley foi medicado excessivamente pelo Dr. Charles no passado tenha dado um tom pessoal ao seu argumento.
Por outro lado, Steven Weber e Jessy Schram se tornaram o núcleo da série, com a dinâmica entre Archer e a Dra. Hannah Asher se mostrando a mais complexa e bem desenvolvida. A cena em que Asher confronta Archer sobre seu transplante de rim é emocionante, destacando Schram como uma das melhores personagens femininas de “One Chicago”.
Entretanto, nem tudo é perfeito. A personagem Maggie Lockwood tem uma trama forçada, com uma revelação sobre seu casamento que parece desconexa do restante do episódio. Além disso, a sensação de urgência em algumas cenas poderia ser maior, especialmente em comparação com eventos de alto risco retratados em temporadas anteriores.
A nona temporada de “Chicago Med” tem a oportunidade de se reinventar. Com as mudanças no elenco principal e novos talentos emergindo, a série tem tudo para contar grandes histórias no futuro, apesar de ainda ter espaço para melhorias.
Nota: 4.0/5