11×20 de The Walking Dead foi para assustar ou dormir?
A quatro episódios do fim, The Walking Dead entrega episódio morno e sem qualquer relevância para a série. Review com spoilers.
Não, meus horrores (afinal, estamos no mês do Halloween), se eu tinha dito na review da semana passada que o episódio anterior de The Walking Dead era um filler, aquele em que nada de muito importante acontece, esse daqui eu não sei como nomear.
Foi difícil, foi beeeem difícil. Nos 48 do segundo tempo, teve até algo lá meio empolgante, mas já era tarde demais. Enfim, falaremos disso no momento oportuno.
Boa ambientação em The Walking Dead, péssima execução
Desde que Angela Kang assumiu como showrunner da série na 9ª temporada, The Walking Dead voltou a apostar mais em momentos e elementos de terror/horror. Temos vários exemplos disso ao longo desses últimos anos.
Ainda assim, existem episódios em que possuem grandes seguimentos focados nesse gênero e este é um deles. Toda a parte com o Daryl e a Carol foca nesse seguimento mais horripilante, principalmente a partir do momento que eles tiram o Hornsby da prisão.
Leia também: The Walking Dead engana fãs e não vai acabar?
A ambientação, como costuma ser, está impecável. Os filtros utilizados estão perfeitos, o que deixa a fotografia muito bonita. A iluminação invoca todo o clima pesado que a série vez ou outra pratica, e os zumbis estão sem comentários, né.
Uma das minhas (poucas) partes favoritas desse episódio é quando a Carol mata um dos Sussurradores que estão zumbificados. Ela tira fora a “cara” do zumbi (que é a máscara que os Sussurradores usam para parecer um deles) e por baixo existe outra “cara”. Foi engraçado, mas também bem medonho no momento que ocorreu.
E eu comecei falando das flores, porque elas são tão poucas que dá até desânimo. Na sua parte visual e técnica, o episódio, nessa passagem específica do Daryl e da Carol, foi bem feliz. O restante… nem tanto!
Mais voltas que um peru
3 partes de 8 episódios cada, totalizando 24(!) episódios em sua temporada final. Já dava para pressentir que ia ter bastante enrolação em alguns deles. E isso ocorreu, consideravelmente, nas partes 1 e 2 dessa temporada. Mas, caramba, na parte final? É complicado! Se não existissem histórias a serem contadas, que não houvesse tantos episódios.
Olhando em retrospecto para esse vigésimo episódio, o que aconteceu? No que ele contribuiu para o andamento da narrativa? Onde ele pegou e onde ele deixou a série? Demos apenas uma volta!
E vocês vão falar: “ah, mas teve a morte do vilão”. Sim, de fato! Morte essa que poderia acontecer no episódio passado, não é? Seria muito mais efetivo, assustador e até empolgante, se o Lance morresse pelas mãos da Pamela através do filho zumbificado dela.
Não apenas coroaria ela como uma personagem fria e a grande vilã dessa parte final, como teria sido um final mais vergonhoso para o personagem (no bom sentido).
Não acho necessariamente ruim ele ter morrido pelas mãos da Carol. Eu topo qualquer oportunidade de ver essa mulher atirando uma flecha, afinal, adoro ela. Mas, ficou forçadinho.
De bom? Temos o entrosamento e a química entre ela e Daryl, que realmente funciona, e é bonito de ver o quanto a amizade dos dois evoluiu. Raramente temos um casal de amigos nessas séries com tanta química. Geralmente, os roteiristas colocam eles para se tornarem um casal de namorados e estragam tudo!
No fim?
Foi isso! Esse episódio de The Walking Dead andou em círculos e o acontecimento mais importante dele ocorreu em seus quatro minutos finais. Faltam 4 episódios apenas e, apesar da previsibilidade da história (já que temos personagens com as suas próprias séries já confirmadas), eu torço para que seja empolgante ou satisfatório, no mínimo. Caminhemos…