Crítica: Invasão Secreta é o retorno da Marvel a boa forma?

Depois de uma fase 4 indigesta e um começo bem “chocho” da fase 5 com Homem Formiga, Invasão Secreta estreia na esperança de fazer o MCU chacoalhar um pouco (e olha…, está precisando!).

Baseada numa excelente fase das HQs, escrita pelo Brian Michael Bendis, a série tem história para dar muito pano para a manga e fazer significativas mudanças no Universo Compartilhado.

A trama dos Skrull estarem a mais de 30 anos se infiltrando na Terra e assumindo identidades de pessoas importante ao redor do globo abre infinitas possibilidades. Claro, é um recurso narrativo que se usado em demasia ou e forma responsável pode ser prejudicial ao enredo.

Afinal, é fácil está sempre justificando que pessoa A ou B, na verdade, era um Alien disfarçado. Ainda assim, eu considero ser menos problemático do que toda a trama de variantes de mudanças temporais (sim, Kang, estamos falando de você).

Invasão Secreta tem boa estreia

Esse primeiro episódio é bem-sucedido em apresentar a sua trama e os seus principais personagens. Basicamente, cansados de procurar um lar, os Skrulls decidem que vai ser aqui na Terra mesmo que eles vão ficar, mas, para isso, tem a gente, né?

E eles decidem tentar forçar uma guerra entre os EUA e a Rússia, na esperança que a humanidade destrua a si mesma (genérico? Sim! Mas…). Com isso, um cansado Nick Fury desce do espaço e retorna à cena a pedido do seu amigo Skrull Talos e da agente Maria Hill.

Nesse interim, ainda temos a personagem da Emilia Clarke, a G’iah, que é filha do Talos e está ao lado dos vilões e também a personagem da Olivia Colman, Sonya, que ainda é uma incógnita. 

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É um inicio bem promissor de fato. A crise existencial que o Nick Fury enfrenta, e que justifica o seu desaparecimento, não é muito bem desenvolvida, pelo menos ainda. Fora isso, a ameaça e o que está em jogo é muito bem colocado e dá para se ter uma ideia do tamanho da trama que está sendo proposta aqui.

Como mencionado, é algo com potencial para reverberar bastante dentro do Universo, e é curioso a escolha de constar essa história no formato de série e também na escolha dos personagens envolvidos.

Personagens cumprem suas funções

No elenco de Invasão Secreta, todos estão bem. Samuel L. Jackson convence na pele desse mais velho e cansado Fury. Talvez seja um cansaço genuíno, afinal, são anos e anos no papel. Bem, Mendelsohn e Cobbie Smulders idem.

A personagem da Emilia ainda não exigiu muito dela, exceto numa rápida cena. Mas, inevitavelmente, a personagem vai crescer dentro da drama e já sabemos do potencial da ex-Mãe dos Dragões.

Porém, e como esperado, o grande destaque até agora foi a Olivia Colman. Ela tem um par de cenas, somente, mas é o bastante para engolir todo mundo. A sua Sonya é engraçada, mas tem aquela áurea de mistério e poder que a gente tanto gosta. 

E a atriz, claramente, está se divertindo muito no papel. Além disso, a química dela com o Jackson é bem evidente também. Apesar de lenta e sem muitas lutas e batalhas, Invasão Secreta possui o começo mais promissor do que muita produção que a Marvel tem apresentado por aí.

É uma série com um ar mais maduro e que me agradou bastante. Existe uma morte no final do episódio que, apesar de previsível, a gente sente, ainda assim. E, claro, vai ser um importante acontecimento para alavancar a história.

Invasão Secreta está mais do que recomendada!

Nota: 4/5

Marcelo Henrique

Nerd, fã de Batman e DC. Adora séries como um todo, mas tem um tombo por produções de Ryan Murphy. No Mix escreve de tudo um pouco, mas atualmente falo de The Walking Dead semanalmente.

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