One Piece: série da Netflix exclui importante personagem

Os trailers da adaptação live-action de One Piece para a Netflix deixaram claro que um personagem-chave não vai aparecer nesta primeira temporada. E, mesmo que essa persona seja um favorito dos fãs, essa decisão não é uma má notícia no fim das contas.

Na verdade, isso indica que a equipe por trás de One Piece está apostando na renovação para a segunda temporada – sendo este personagem um ponto importante para os episódios futuros.

One Piece está chegando na Netflix

One Piece criador responde — Imagem: Divulgação.

Com base na longa série de mangá de mesmo nome de Eiichiro Oda, One Piece é amplamente considerado um dos melhores mangás de todos os tempos. É também o mangá e a série de quadrinhos mais vendidos da história, o que significa que uma adaptação live-action tem muito o que explorar.

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Apesar do sucesso incomparável da franquia de mídia em outros formatos, ainda é um grande risco para os showrunners apostar que a série da Netflix vai ter uma segunda temporada.

No que diz respeito às adaptações live-action de mangá e anime, a Netflix tem um histórico menos do que estelar. Suas versões de outros títulos ultrapopulares, como Cowboy Bebop e Death Note, foram fracassos retumbantes.

Porém, ao não colocar um personagem favorito dos fãs na primeira temporada, os produtores da série da Netflix está provando sua fidelidade ao material de origem. Por outro lado, também está desperdiçando a oportunidade de capitalizar totalmente a base de fãs da série.

Ace ficará de fora – e isso destaca a fidelidade de One Piece na Netflix

One Piece série exclui personagem — Imagem: Divulgação.

Trazer o aspirante a Rei dos Piratas, Monkey D. Luffy, e os outros Piratas do Chapéu de Palha em live action já é uma tarefa difícil. Seria fácil entender por que a série da Netflix estaria inclinada a apostar no fan service para se manter à tona.

No entanto, a série parece estar deixando Ace de fora da primeira temporada – uma jogada surpreendente, dada a popularidade permanente do personagem.

O irmão mais velho de Luffy, Portgas D. Ace (também conhecido como “Fire Fist” Ace), é o capitão dos Piratas Spade e um dos comandantes dos Piratas do Barba Branca. Como seu apelido indica, ele também é capaz de manipular o fogo.

Dado que a série Netflix provavelmente não terá a mesma trajetória sinuosa da série de mangá (ou anime subsequente), a Netflix poderia facilmente ter introduzido Ace nos primeiros episódios da série de TV.

No entanto, os showrunners estão trocando o fan service pela fidelidade ao material de origem. Cortar Ace vem com muitos riscos, assim como se a série o fosse colocar na primeira temporada. No entanto, ao deixar de fora esse personagem favorito dos fãs, a série da Netflix ilustra sua consideração pela história original que provavelmente vai gerar um ponto positivo entre os fãs devotos.

Ausência de Ace na 1ª temporada torna a 2ª temporada de One Piece mais provável (e mais emocionante)

Há muitas razões pelas quais One Piece da Netflix pode dar terrivelmente errado. No entanto, ao deixar Ace intencionalmente fora da primeira temporada, a série mostra que sua abordagem narrativa depende de não se afastar muito do material original da história.

Essa não é a única vantagem de manter Ace fora da primeira temporada. A decisão também aumenta a empolgação para uma possível segunda temporada. Dado o status de favorito dos fãs de Ace, os espectadores estão ansiosos para vê-lo em forma de ação ao vivo. A narrativa promissora de Ace na segunda temporada de One Piece fornece ao público um motivo não apenas para retornar à série Netflix, mas para ansiar por ela.

O enredo de Ace cria um drama incrivelmente suculento – um forte contraste com algumas das travessuras e desventuras mais cômicas de Luffy.

O filho biológico do falecido Rei dos Piratas, o Ace empunhando fogo, tem uma personalidade espirituosa. Como o comandante da 2ª divisão dos Piratas do Barba Branca, Ace é incrivelmente leal aos seus companheiros de tripulação.

Quando um deles é assassinado por Barba Negra, outro membro da divisão de Ace, o comandante atravessa os mares para caçar Barba Negra. Este tópico culmina em guerra total, sacrifícios nobres e momentos decisivos para os personagens de One Piece, tornando Ace uma adição emocionante à futura segunda temporada da produção.

O que pode dar errado com One Piece ignorando Ace?

Deixar Ace de fora da primeira temporada de One Piece mostra a confiança silenciosa da série em conseguir uma renovação para a segunda temporada. É claro que esta abordagem pode sair pela culatra.

Arquivar um personagem amado até uma segunda temporada que não está garantida pode significar problemas, especialmente devido à chance do programa de tornar o vínculo de Luffy e Ace ainda melhor.

Claramente, a série da Netflix espera que o atraso na aparição de Ace aumente a expectativa para uma segunda parte. Mas cortá-lo da primeira parte do programa significa que há uma chance de os espectadores nunca verem um Ace em live-action – caso a Netflix cancele a atração.

Além disso, uma aparição surpresa do irmão mais velho de Luffy certamente chamaria mais atenção. Com uma base de fãs dedicada e integrada, a adaptação tem o poder de alienar ou emocionar os devotos de longa data. Não há realmente um meio termo.

Dito isso, a abordagem mais equilibrada para apresentar Ace pode ser uma provocação do final da primeira temporada. One Piece, dessa forma, pode dar aos espectadores um vislumbre de Ace. Ao mesmo tempo em que deixa um suspense para os fãs ansiarem uma segunda temporada.

One Piece estreia na Netflix em 31 de agosto.

Sobre o autor

Matheus Pereira

Coordenação editorial

Matheus Pereira é Jornalista e mora em Pelotas, no Rio Grande do Sul. Depois de quase seguir carreira na Arquitetura, enveredou para o campo da Comunicação, pelo qual sempre nutriu grande paixão. Escritor assíduo na época dos blogs, Matheus desenvolveu seus textos e conhecimentos em Cinema e TV numa experiência que já soma quase 15 anos. Destes, quase dez são dedicados ao Mix de Séries. No Mix, onde é redator desde 2014, já escreveu inúmeras resenhas, notícias, criou e desenvolveu colunas e aperfeiçoou seus conhecimentos televisivos. Sempre versando pelo senso crítico e pela riqueza da informação, já cobriu eventos, acompanha premiações, as notícias mais quentes e joga luz em nomes e produções que muitas vezes estão fora dos grandes holofotes. Além disso, trabalha há mais de dez anos no campo da comunicação e marketing educacional, sendo assessor de imprensa e publicidade em grandes escolas e instituições de ensino. Assim, se divide entre dois pilares que representam a sua carreira: de um lado, a educação; de outro, as séries de TV e o Cinema.

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