Crítica: Renascer estreia e aparenta marcar a história da TV, de novo
"Renascer" na Globo: a estreia mostra um remake promissor que ressurge com força e promete elevar o horário nobre.
A estreia da novela “Renascer” na TV Globo marcou um momento importante na televisão brasileira, trazendo um remake da icônica obra dos anos 90. O primeiro capítulo, repleto de expectativas, não decepcionou, indicando que a trama ainda tem muito a oferecer ao longo de seus episódios. A história, que se desenrola em cenários rurais e urbanos, promete uma jornada emocionante de redescobertas e conflitos humanos.
Os atores, uma peça-chave para o sucesso de qualquer novela, apresentaram-se à altura do desafio. As caracterizações estão impecáveis, contribuindo para a construção de um universo autêntico e cativante.
Os cenários são um espetáculo à parte, retratando com fidelidade e beleza o sertão brasileiro, enquanto a trilha sonora se encaixa perfeitamente, evocando a atmosfera da trama. A direção de Gustavo Fernandez, apesar de em alguns momentos pecar pelo uso excessivo de filtros escuros, conduz a narrativa com habilidade.
No entanto, a abertura da novela, apesar de melhor que a de “Pantanal”, deixou a desejar. Embora esteja longe de ser ruim, não atinge o tipo de impacto e criatividade que se espera de uma produção desse calibre. Algumas cenas, que parecem evocar a campanha “agro é pop”, são bem gravadas, mas podem passar uma sensação de artificialidade. Por outro lado, a música escolhida é um ponto alto, embelezando ainda mais a produção.
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A atuação de Humberto Carrão, interpretando José Inocêncio, merece um destaque especial. Carrão entrega uma versão própria do personagem, distanciando-se da interpretação original de Leonardo Vieira sem perder a essência. Sua performance é marcada por uma dor latente no olhar, combinada com uma garra e coragem que cativam o espectador.
Carrão deixa uma impressão profunda, criando uma expectativa de saudade por parte do público quando a novela avançar para a próxima fase, com Marcos Palmeira assumindo o papel.
A primeira fase da novela original “Renascer” foi um marco na televisão brasileira, e o remake parece estar à altura desse legado. Se mantiver o padrão de qualidade demonstrado no primeiro capítulo, essa nova versão de “Renascer” promete ser memorável.
Um dos destaques é, sem dúvida, Juliana Paes no papel de Jacutinga, originalmente interpretado pela renomada Fernanda Montenegro. Havia uma certa apreensão sobre como Paes abordaria o personagem, mas ela superou todas as expectativas. Juliana, no entanto, conseguiu imprimir sua marca pessoal na personagem sem perder a essência que Fernanda Montenegro lhe conferiu, criando uma Jacutinga renovada, mas ainda fiel às suas raízes.
Em resumo, o remake de “Renascer” é um acerto da Globo. Com um elenco forte, uma história envolvente e uma produção de alto nível, a novela tem tudo para conquistar o público e se firmar como um sucesso na dramaturgia nacional.
Nota: 5.0/5