Territory | Nova série na Netflix é uma Yellowstone com gostinho de novela
Série que estreou na Netflix, Territory tem um gostinho de novela, misturando elementos de Succession, Yellowstone e outros sucesso.
Se você gosta de dramas familiares cheios de brigas por poder e intrigas dignas de novela, Territory, a nova série australiana da Netflix, é o seu prato cheio.
Criada por Ben Davies e Timothy Lee, a produção foi descrita como uma espécie de Succession ambientada no outback australiano. Isso porque ela disputas familiares e o poder de uma das maiores fazendas de gado do mundo fictício. E, para quem curte uma pegada à la Yellowstone, com direito a cowboys e paisagens épicas, essa trama promete entregar tudo isso – e mais um pouco.
O que dá o pontapé inicial no caos é a morte chocante do herdeiro Daniel (Jake Ryan), que é atacado por um bando de dingos, em uma cena de tirar o fôlego. Com a ausência de Daniel, a família Lawson, liderada pelo patriarca Colin (Robert Taylor), se vê em um impasse: quem será o novo sucessor? Entre as opções estão o filho alcoólatra Graham (Michael Dorman), sua esposa Emily (Anna Torv), que vem de uma família rival. Ou ainda, os filhos Marshall (Sam Corlett) e Susie (Philippa Northeast), que têm suas próprias ambições – ou, no caso de Marshall, a total falta delas.
Intrigas familiares em meio à vastidão australiana
Territory não poupa o espectador das tradicionais disputas familiares, trazendo diálogos afiados e tensões que lembram muito as dinâmicas de Succession. O grande diferencial aqui, porém, é o cenário imponente do outback australiano, que serve como pano de fundo para as reviravoltas da trama. A sensação de que as brigas dos Lawson são apenas pequenas turbulências diante da grandiosidade da natureza é constante, mas isso não tira o peso emocional das disputas internas da família.
Emily (interpretada com maestria por Anna Torv) se destaca com sua postura firme e olhares cheios de tristeza, enquanto Graham (Michael Dorman) luta contra seus demônios pessoais, tornando-o um personagem vulnerável e complexo. Já Marshall, o neto que não quer saber de herança e poder, traz frescor à trama, enquanto Susie é uma incógnita que parece estar sempre jogando o jogo com calma e estratégia.
Ação inesperada no meio do drama de Territory
O que realmente diferencia Territory de outros dramas familiares é a dose de ação inesperada e explosiva que a série entrega. As reviravoltas são imprevisíveis, e cenas como uma briga interrompida por um helicóptero pilotado por Emily dão aquele toque de novela das nove, mas com uma qualidade cinematográfica de alto nível.
O diretor Greg McLean, conhecido por Wolf Creek, sabe como trazer momentos de tensão e adrenalina. E são esses momentos que contrastam com as intrigas familiares, mantendo o público preso do início ao fim.
Um toque de representatividade
Outro ponto forte da série, além disso, é a presença de personagens indígenas, como Nolan Brannock (Clarence Ryan). Tal fato, portanto, traz ainda mais camadas para a história com sua performance cheia de intensidade e fogo.
Em uma produção que mescla intriga familiar com disputas de terra, a presença de personagens indígenas adiciona um contexto político e cultural importante para a trama.
Com um ritmo envolvente, diálogos afiados bem como cenas de ação memoráveis, Territory se destaca como uma mistura irresistível de drama familiar. Mas com aquele toque de novela e uma adrenalina de filme de ação. Se você gosta de brigas por poder com um tempero diferente, essa é a série para maratonar.