Chicago Med | 10×06 trouxe confronto entre Lenox e Archer
Review com spoilers do episódio seis da décima temporada de Chicago Med trouxe embate entre Lenox e Archer.
O episódio 6 da décima temporada de Chicago Med, intitulado “Forget Me Not”, é essencialmente um episódio de transição, preparando o terreno para futuras tramas.
Embora não entregue muitas revelações de impacto, o episódio se destaca por trazer desenvolvimentos importantes, especialmente para os personagens Sharon Goodwin, Dr. Dean Archer e Dr. Caitlin Lenox, que enfrentam dilemas pessoais e éticos.
O Confronto de Lenox e Archer
A rivalidade entre Dr. Caitlin Lenox e Dr. Dean Archer atinge o ponto de ebulição neste episódio. Quando Lenox decide operar Jordan, um paciente com uma lesão cerebral, sem a permissão dos pais — mas com o consentimento do responsável do acampamento disciplinar onde ele estava — a decisão se mostra fatal, e Jordan não sobrevive à cirurgia. A frieza com que Lenox lida com o desfecho choca tanto o público quanto Archer, que vê na atitude da colega uma ausência de empatia preocupante. O contraste entre os dois é nítido: enquanto Archer demonstra mais compaixão e determinação em proteger seus pacientes, Lenox trata a perda de Jordan como algo corriqueiro.
Este episódio consolida o papel de Ramos e Steven Weber em retratar a complexidade de seus personagens. Weber, especialmente, demonstra uma intensidade impressionante ao representar o desgaste emocional de Archer, que confronta Lenox em uma batalha ética que levanta questões sobre os limites e responsabilidades de médicos que lidam com vida e morte todos os dias. A tensão entre os dois promete ser uma das histórias mais intrigantes da temporada, deixando claro que o setor de emergência pode não ser grande o suficiente para ambos.
A Ameaça Contra Sharon Goodwin em Chicago Med
Após vários episódios, finalmente é revelado quem está por trás das ameaças a Sharon Goodwin: Patrick Dunn, um ex-funcionário insatisfeito. No entanto, a resolução é um tanto anticlimática, já que Dunn é um personagem praticamente esquecido e sua motivação não traz o peso emocional que a trama parecia construir. A decisão da série de colocá-lo como o vilão da situação carece de impacto, especialmente considerando o suspense dos episódios anteriores.
Além disso, o episódio força a barra ao decidir que Dunn, após tentar suicídio ao ser confrontado pela polícia, seja levado justamente ao hospital onde Goodwin trabalha. Embora cenas assim façam parte do entretenimento de séries como Chicago Med, essa situação específica ultrapassa a linha da plausibilidade e quase coloca o drama em um território inverossímil.
As Histórias Paralelas
O episódio também avança na nova fase de Maggie Lockwood e Dr. Hannah Asher, que lançam oficialmente a clínica móvel. Maggie auxilia uma jovem estudante a dar à luz, em uma trama previsível, mas com uma carga emocional que remete à própria história de Maggie com sua filha, Vanessa. Embora Marlyne Barrett entregue uma atuação sólida, a subtrama se perde um pouco e é improvável que seja lembrada no futuro.
Em paralelo, Dr. Daniel Charles e Dr. John Frost lidam com Cody, um amigo de Jordan que sofre de amnésia dissociativa. Descobre-se que Cody presenciou a morte de seu pai abusivo e alcoólatra e optou por não pedir ajuda para salvá-lo, um trauma que impacta seu comportamento e revela uma história pesada de abuso familiar. Embora seja uma história com certo apelo, a previsibilidade de seu desenvolvimento acaba tirando parte da intensidade que poderia ter.
Conclusão
“Forget Me Not” não é um episódio marcante, mas traz importantes avanços para algumas das tramas principais. Apesar das limitações, as performances de Weber, Ramos e Barrett fazem o episódio valer a pena. Com conflitos éticos intensos e questões emocionais profundas, o episódio entrega material para os próximos capítulos, especialmente em relação ao futuro de Lenox e Archer e ao impacto das ameaças sobre Goodwin.