Senna | Briga de Adriane Galisteu com a família impacta série na Netflix
A polêmica entre Adriane Galisteu e a família de Ayrton Senna e o impacto na série da Netflix. Saiba tudo.
Uma das grandes estreias de fim de ano na Netflix, a série Senna já chegou resgatando polêmicas. Embora seja uma das produções mais aguardadas do ano, a série da Netflix soube trabalhar bem a trajetória do famoso piloto de F1, embora, na parte da vida pessoal, tenha gerado controvérsias. A maior delas, a participação de Adriane Galisteu, a última namorada do piloto antes de sua morte.
Galisteu teve uma relação conturbada com a família do piloto e isso impactou sua presença na narrativa da série. E, ao mesmo tempo, reacendeu debates sobre a memória de Ayrton Senna e quem controla sua memória.
Galisteu na série: presença reduzida e controversa
Na produção, Adriane Galisteu, interpretada por uma atriz que aparece em poucos minutos, é retratada como uma figura passageira na vida de Ayrton Senna. Sua introdução ocorre no penúltimo episódio, em uma festa após a vitória do piloto no GP de Interlagos, em 1993.
A cena mostra os dois se conhecendo, trocando algumas palavras e um beijo, seguido por Galisteu deixando seu número de telefone para o piloto. Essa breve aparição contrasta fortemente com o tempo dedicado a outros relacionamentos de Senna. Entre eles, o com Xuxa Meneghel, que ganha destaque em um episódio inteiro.
Essa diferença de abordagem gerou críticas e especulações. Fontes apontam que a família Senna teria pedido à Netflix para reduzir ou até eliminar a presença de Galisteu na narrativa.
A plataforma, por sua vez, teria considerado inviável descartar completamente o relacionamento, optando por uma representação reduzida para evitar um cancelamento do projeto.
Conflitos históricos entre Galisteu e a família Senna
A relação entre Adriane Galisteu e a família de Ayrton Senna sempre foi marcada por tensões. Desde o namoro dos dois, iniciado em 1993, os parentes de Ayrton expressaram desconforto com a presença de Galisteu. Eles alegavam que a modelo estaria se beneficiando da fama do piloto. Essa, aliás, foi uma narrativa que continuou após sua morte, especialmente com o lançamento do livro Caminho das Borboletas, escrito por Galisteu em 1994.
Um dos episódios mais marcantes dessas tensões aconteceu no velório de Senna, quando Galisteu foi posicionada no final do cortejo fúnebre, enquanto Xuxa, mais próxima da família, estava nos primeiros carros.
A apresentadora Viviane Senna, irmã do piloto, chegou a acusar Galisteu de “explorar a imagem de Ayrton” para ganhos pessoais, negando que ele tivesse intenções sérias de se casar com a modelo.
Impacto na série Senna da Netflix e na percepção pública
A decisão de minimizar a presença de Galisteu em Senna parece ser resultado de um equilíbrio delicado entre a narrativa artística e o controle que a família do piloto exerce sobre sua memória. A ausência de uma abordagem mais aprofundada sobre o relacionamento, que muitos apontam como um período de transformação pessoal e profissional para Ayrton, deixa um vazio na história.
Enquanto fãs e críticos debatem se a escolha foi artística ou influenciada pelos conflitos familiares, Senna reforça como a vida pessoal do piloto segue sendo um terreno sensível e cheio de nuances. A série, que celebra os 30 anos da morte do ídolo, portanto, acaba sendo mais sobre a imagem pública de Ayrton do que sobre o homem por trás do volante.
Conclusão
A disputa entre Adriane Galisteu e a família de Ayrton Senna transcende o tempo, impactando como contam e lembram da sua história. Em Senna, a Netflix opta por navegar cuidadosamente esse território. Dessa forma, entregando uma narrativa que, ao mesmo tempo em que emociona, levanta questões sobre quem controla a memória de um ícone.