A Imperatriz, história real | Como Elisabeth (Sisi) e Franz morrem?

O que a série A Imperatriz da Netflix ainda não mostrou: como Elisabeth e Franz Joseph morreram na vida real.

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A série A Imperatriz da Netflix tem encantado o público ao contar a história de Elisabeth da Áustria, a icônica Sissi, e seu conturbado relacionamento com o imperador Franz Joseph. Misturando romance e intrigas políticas, a produção mergulha no coração do Império Austro-Húngaro no século XIX, mas, como toda adaptação histórica, deixa de fora alguns detalhes reais – incluindo os trágicos finais do casal. Ao menos, até o momento, a série da Netflix não mostrou estes eventos.

Franz Joseph: um reinado longo e marcado por perdas

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No final da segunda temporada, vemos Franz Joseph partindo para a linha de frente da guerra contra Napoleão III, deixando Elisabeth preocupada com sua segurança. Na vida real, ele realmente enfrentou Napoleão na Segunda Guerra de Independência Italiana e liderou tropas na desastrosa Batalha de Solferino, que marcou a derrota da Áustria. No entanto, Franz voltou vivo para Viena e seguiu comandando o império.

Franz Joseph teve um dos reinados mais longos da história, durando 68 anos. Ele enfrentou crises internas, como a unificação italiana, e tragédias pessoais, incluindo a morte de seu irmão Maximiliano, executado no México, e do herdeiro do trono, seu filho Rudolf. Apesar de tantos golpes, Franz manteve sua posição firme até o fim. Ele morreu em 21 de novembro de 1916, aos 86 anos, vítima de pneumonia, em plena Primeira Guerra Mundial, um conflito que já anunciava o colapso do Império Austro-Húngaro.

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Elisabeth: uma vida trágica e um fim brutal

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Se o reinado de Franz Joseph teve muitos desafios, a vida de Elisabeth, ou Sissi, foi uma tragédia quase contínua. Reconhecida por sua beleza e espírito livre, ela se sentia sufocada pelas regras rígidas da corte vienense. A relação com Franz Joseph foi marcada por conflitos e uma crescente distância, agravada pela morte de seu único filho homem, Rudolf, em 1889. Rudolf morreu em circunstâncias trágicas no famoso Incidente de Mayerling, um aparente pacto de suicídio com sua amante, Mary Vetsera.

Devastada, Elisabeth nunca superou a perda. Ela passou os anos seguintes viajando compulsivamente pela Europa, evitando a corte e seus deveres como imperatriz. Em 10 de setembro de 1898, sua vida chegou a um fim abrupto e brutal. Enquanto passeava em Genebra, na Suíça, foi assassinada pelo anarquista Luigi Lucheni, que a esfaqueou no coração com uma lâmina fina. A gravidade do ataque só foi percebida minutos depois, e Elisabeth morreu aos 60 anos. Franz Joseph, ao saber da notícia, teria dito: “Ela nunca saberá o quanto eu a amei.”

O que esperar do futuro de A Imperatriz?

Caso a série retorne para uma terceira temporada, há muito material dramático para que ela explore. A história de Franz e Elisabeth, dessa forma, é repleta de momentos marcantes – desde o afastamento entre eles após a morte de Rudolf até os últimos anos do imperador, tentando manter o império unido enquanto lidava com a devastação pessoal e política.

O legado de Elisabeth e Franz Joseph segue vivo até hoje. Ele é lembrado como o líder de um império em declínio, enquanto Sissi se tornou uma figura trágica e fascinante, admirada por sua beleza, liberdade de espírito e a dor que carregou. A Imperatriz, portanto, captura parte dessa complexidade, mas a história real nos lembra que a glória da realeza muitas vezes esconde um peso humano profundo e doloroso.

Sobre o autor

Matheus Pereira

Coordenação editorial

Matheus Pereira é Jornalista e mora em Pelotas, no Rio Grande do Sul. Depois de quase seguir carreira na Arquitetura, enveredou para o campo da Comunicação, pelo qual sempre nutriu grande paixão. Escritor assíduo na época dos blogs, Matheus desenvolveu seus textos e conhecimentos em Cinema e TV numa experiência que já soma quase 15 anos. Destes, quase dez são dedicados ao Mix de Séries. No Mix, onde é redator desde 2014, já escreveu inúmeras resenhas, notícias, criou e desenvolveu colunas e aperfeiçoou seus conhecimentos televisivos. Sempre versando pelo senso crítico e pela riqueza da informação, já cobriu eventos, acompanha premiações, as notícias mais quentes e joga luz em nomes e produções que muitas vezes estão fora dos grandes holofotes. Além disso, trabalha há mais de dez anos no campo da comunicação e marketing educacional, sendo assessor de imprensa e publicidade em grandes escolas e instituições de ensino. Assim, se divide entre dois pilares que representam a sua carreira: de um lado, a educação; de outro, as séries de TV e o Cinema.