Yellowstone | os 5 maiores erros do final da série

Yellowstone chegou ao fim, mas não sem alguns percalços. Confira as 5 piores coisas que aconteceram no desfecho.

Yellowstone

Depois de várias temporadas intensas e repletas de drama, Yellowstone chegou ao fim com o episódio intitulado Life is a Promise.

Apesar de a série ter conquistado uma legião de fãs e críticas positivas ao longo de sua exibição, o desfecho deixou um gosto amargo para muitos.

O criador Taylor Sheridan entregou um final que dividiu opiniões e levantou uma série de reclamações, desde decisões previsíveis até um excesso de foco em si mesmo. Vamos explorar as cinco piores falhas do episódio final.

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1. Taylor Sheridan em Excesso

Taylor Sheridan, além de criador da série, interpreta o personagem Travis Wheatley. No episódio final, Travis ocupa um tempo considerável em cena, com momentos que muitos interpretaram como autopromoção.

Ele aparece na casa dos cowboys contando histórias de sua vida no campo, além de oferecer um emprego para Teeter (Jennifer Landon) de forma pouco respeitosa.

Esse destaque, no entanto, parece mais uma forma de Sheridan exaltar sua própria presença na série do que contribuir para o enredo. Isso não apenas enfraqueceu a narrativa, mas também irritou os fãs, que esperavam mais desenvolvimento para os personagens principais.

2. Cena Excessiva do Show de Abby

Com tantos arcos para encerrar, o episódio final desperdiçou preciosos minutos em uma performance musical completa de Abby (Lainey Wilson), na tentativa de reconciliar Ryan (Ian Bohen) com a personagem. Embora Lainey Wilson seja uma talentosa cantora, dedicar mais de seis minutos a uma apresentação musical pareceu desnecessário.

Essa escolha acabou desviando o foco de questões mais relevantes, como os impactos emocionais da morte de John Dutton (Kevin Costner) ou o destino de personagens esquecidos. O tempo poderia ter sido usado para resolver lacunas no roteiro ou aprofundar conflitos centrais.

3. A Previsibilidade do Roteiro

Uma das maiores críticas ao final foi sua previsibilidade. O destino de Jamie Dutton (Wes Bentley) já era óbvio desde os primeiros momentos do episódio.

A decisão de Kayce Dutton (Luke Grimes) de vender o rancho da família para Thomas Rainwater (Gil Birmingham) também não foi uma surpresa. Apesar de significativa, a escolha careceu de impacto emocional e se perdeu no mar de acontecimentos previsíveis.

Outro ponto problemático foi a falta de consequências para os Duttons. Apesar de todos os crimes e atrocidades cometidos pela família ao longo da série, nenhum deles enfrentou uma verdadeira punição, o que enfraqueceu o senso de justiça e coerência da história.

4. Beth e Rip Saem Impunes

Beth (Kelly Reilly) e Rip (Cole Hauser) sempre foram personagens complexos e controversos. No entanto, o final os tratou com um favoritismo evidente. Enquanto outros personagens enfrentaram consequências severas, Beth e Rip tiveram um desfecho confortável, sem grandes mudanças ou aprendizado.

O episódio final simplesmente reforçou o comportamento destrutivo de ambos, sem que eles pagassem por seus erros ou mostrassem qualquer evolução significativa.

Essa escolha deixou muitos espectadores frustrados, especialmente porque a dupla foi favorecida em detrimento de outros personagens que mereciam mais atenção.

5. O Triste Fim de Jamie Dutton em Yellowstone

Jamie Dutton sempre foi uma figura trágica em Yellowstone, e seu desfecho não fez jus ao personagem. Após anos de tensão com sua irmã Beth, ele é eliminado de forma rápida e sem a profundidade que seu arco merecia. A luta final entre os dois foi chocante, mas não proporcionou a catarse que os fãs esperavam.

Além disso, a explicação para seu desaparecimento — uma suposta fuga devido a acusações de violência doméstica — foi completamente implausível, considerando sua posição como procurador-geral de Montana. A falta de coerência na resolução de seu arco apenas ampliou as críticas ao final da série.

Sobre o autor

Matheus Pereira

Coordenação editorial

Matheus Pereira é Jornalista e mora em Pelotas, no Rio Grande do Sul. Depois de quase seguir carreira na Arquitetura, enveredou para o campo da Comunicação, pelo qual sempre nutriu grande paixão. Escritor assíduo na época dos blogs, Matheus desenvolveu seus textos e conhecimentos em Cinema e TV numa experiência que já soma quase 15 anos. Destes, quase dez são dedicados ao Mix de Séries. No Mix, onde é redator desde 2014, já escreveu inúmeras resenhas, notícias, criou e desenvolveu colunas e aperfeiçoou seus conhecimentos televisivos. Sempre versando pelo senso crítico e pela riqueza da informação, já cobriu eventos, acompanha premiações, as notícias mais quentes e joga luz em nomes e produções que muitas vezes estão fora dos grandes holofotes. Além disso, trabalha há mais de dez anos no campo da comunicação e marketing educacional, sendo assessor de imprensa e publicidade em grandes escolas e instituições de ensino. Assim, se divide entre dois pilares que representam a sua carreira: de um lado, a educação; de outro, as séries de TV e o Cinema.