3 mudanças que Silo no Apple TV+ fez em relação aos livros

A série Silo, da Apple TV+, tem base em uma franquia de livros, mas ela acabou fazendo mudanças importantes.-

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Imagem: Divulgação.

A adaptação de Silo pela Apple TV+ conquistou rapidamente fãs, trazendo à tona o universo criado por Hugh Howey em sua trilogia de livros.

Embora a série mantenha a essência da obra original, ela fez alterações significativas na história, algumas das quais foram muito bem-recebidas, enquanto outras dividiram opiniões.

Confira as três principais mudanças que marcaram essa adaptação e por que elas fizeram sentido para a narrativa televisiva.

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1. A ausência do romance entre Juliette e Lukas

Nos livros de Silo, Juliette e Lukas desenvolvem um relacionamento romântico, que se torna parte significativa de suas histórias.

No entanto, a série optou por omitir completamente essa dinâmica até o momento. Apesar de breves interações entre os personagens, o romance não ganha espaço na adaptação.

Essa decisão gerou elogios entre os fãs que sentiram que o relacionamento no livro parecia apressado e pouco fundamentado. Na série, Juliette é mostrada como uma personagem independente e mais focada em sua luta contra as injustiças dentro do silo.

O showrunner Graham Yost afirmou que a ausência do romance foi uma escolha deliberada, mas não descartou a possibilidade de a conexão entre Juliette e Lukas surgir nas próximas temporadas.

2. Tecnologias mais modernas e relevantes em Silo

Uma das inovações mais notáveis da série é a introdução de “o Algoritmo”, um sistema que parece funcionar como uma inteligência artificial para monitorar e influenciar as ações dos habitantes do silo. Essa tecnologia desempenha um papel importante ao garantir que as regras do silo sejam seguidas.

Nos livros, a ideia de um sistema de controle existe, mas de forma mais limitada. “O Algoritmo” no texto original é mais rudimentar e analisa menos fatores para tomar decisões. A atualização na série reflete um esforço para modernizar a narrativa, tornando-a mais alinhada com os avanços tecnológicos e discussões atuais sobre inteligência artificial.

Silo problema 3 temporada
Imagem: Divulgação.

3. O mundo mais digitalizado do silo

Outra mudança significativa é a forma como o conhecimento é armazenado e acessado. Na obra de Howey, Legacy é uma biblioteca tradicional, repleta de enciclopédias físicas que ajudam os moradores do silo a entender o passado. Na série, Legacy aparece como um banco de dados digitalizado, onde livros físicos coexistem com documentos digitais.

Essa alteração faz sentido, considerando que a história de Silo se passa em um futuro distante. A digitalização reflete uma evolução natural do cenário tecnológico e amplia as possibilidades de interação com o conhecimento, tornando a narrativa mais imersiva e atual para os espectadores.

Por que essas mudanças funcionam?

As alterações feitas pela série Silo não apenas modernizam a história, mas também a tornam mais acessível e impactante para uma nova geração de espectadores. Ao ajustar elementos-chave como romances, tecnologias e a forma como o conhecimento ganha transmissão, a adaptação equilibra fidelidade à obra original com a necessidade de manter a audiência engajada em um formato serializado.

Com essas escolhas, a série demonstra que, às vezes, pequenas mudanças são necessárias para criar uma experiência nova e marcante. Os fãs dos livros e os novos espectadores só têm a ganhar com essas adaptações inteligentes.

Sobre o autor

Matheus Pereira

Coordenação editorial

Matheus Pereira é Jornalista e mora em Pelotas, no Rio Grande do Sul. Depois de quase seguir carreira na Arquitetura, enveredou para o campo da Comunicação, pelo qual sempre nutriu grande paixão. Escritor assíduo na época dos blogs, Matheus desenvolveu seus textos e conhecimentos em Cinema e TV numa experiência que já soma quase 15 anos. Destes, quase dez são dedicados ao Mix de Séries. No Mix, onde é redator desde 2014, já escreveu inúmeras resenhas, notícias, criou e desenvolveu colunas e aperfeiçoou seus conhecimentos televisivos. Sempre versando pelo senso crítico e pela riqueza da informação, já cobriu eventos, acompanha premiações, as notícias mais quentes e joga luz em nomes e produções que muitas vezes estão fora dos grandes holofotes. Além disso, trabalha há mais de dez anos no campo da comunicação e marketing educacional, sendo assessor de imprensa e publicidade em grandes escolas e instituições de ensino. Assim, se divide entre dois pilares que representam a sua carreira: de um lado, a educação; de outro, as séries de TV e o Cinema.