Invencível: 3ª temporada tem estreia épica
A estreia de Invencível 3ª temporada foi insana e provou que segue como um dos melhores produtores do Prime Vídeo.
Após duas temporadas excelentes, Invencível retorna para seu terceiro ano e, mais uma vez, prova que ainda tem muita história para contar no Prime Video.
A animação, que já estreou seus três primeiros episódios no Prime Video, demonstra que a jornada do jovem herói Mark está apenas começando.
Em apenas três episódios, Mark enfrentou grandes desafios: lidou com um vilão até então subestimado, que se tornou uma ameaça global, entrou em conflito com seus colegas de trabalho e, ainda por cima, teve que enfrentar um embate pessoal com seu irmão – tudo isso enquanto lidava com seus próprios dilemas internos.
Embora a trama pareça complexa, a animação conduz a narrativa de forma brilhante, mantendo o ritmo da história com maestria. Além disso, apesar de abordar questões grandiosas, a série, neste início, foca nos dilemas pessoais dos personagens, o que é, sem dúvida, um grande acerto.
3ª temporada de Invencível tem grandes acertos
Um dos maiores destaques deste retorno está, sem dúvida, no conflito entre Mark e Cecil. Embora fosse previsível que, em algum momento, eles entrariam em choque — afinal, Cecil sempre foi uma figura desconfiável e enigmática —, a animação desenvolveu muito bem os dois personagens, e o embate entre eles aconteceu de maneira fenomenal.
A série ousa ao pintar ambos como figuras “cinzas”, fazendo com que o público, em certos momentos, compreenda e até simpatize com as motivações de Cecil, assim como as de Mark. Esse tipo de abordagem, cada vez mais raro nas obras atuais, é um grande mérito da animação.
Outro ponto relevante foi o rompimento dos Guardiões Globais. Após presenciar o confronto entre Mark e Cecil, seria impossível os personagens não questionarem se deveriam ou não continuar ao lado de Cecil. Embora esperado, esse momento foi muito bem explorado.
Por outro lado, a animação tem se saído muito bem no desenvolvimento das tramas pessoais dos personagens secundários. Um grande exemplo disso é Debbie, que se destaca mesmo sem possuir poderes ou estar diretamente envolvida nas batalhas. Sua trajetória de superação é realmente cativante e merece reconhecimento.
No entanto, nem todos os personagens se mostram tão interessantes. Oliver, por exemplo, tem sido o mais irritante até o momento. O garoto consegue ser insuportável com sua rebeldia e birra.
Embora seja compreensível que ele ainda seja uma criança, incomoda a tendência das animações de retratarem personagens infantis apenas como figuras de rebeldia sem causa.
Por fim, apesar do início promissor, a animação ainda tem questões a serem resolvidas. A constante insistência em fazer Mark apanhar em todas as lutas e sua necessidade frequente de ajuda — mesmo sendo o herói mais poderoso da humanidade — acaba se tornando cansativa.
O Invencível que não vence, de fato, é um recurso um tanto exagerado e, por vezes, repetitivo.