A conexão de Lucifer e Sandman que os fãs da Netflix não sabem
Origem dos quadrinhos de Sandman aponta o real motivo que o Lucifer de Tom Ellis se voltou contra o pai e foi para Los Angeles.
Lucifer é um personagem que dispensa apresentações, e agora, com a nova série Sandman na Netflix, a caricatura voltou a ficar em alta. Muitos, inclusive, estão fazendo conexões com a não muito distante finalizada “Lucifer“, série também da Netflix, inspirada nos mesmos quadrinhos de Neil Gailman.
Partindo desse ponto, teoricamente, quando os espectadores assistem a uma cena de Lucifer em Sandman, é como se eles tivessem assistindo a uma cena do Lucifer de Tom Ellis. Claro, se fossemos partir da base dos quadrinhos.
Embora sejam estrelas diferentes que o interprete na TV – na nova série, cabe a Gwendoline Christie (Game of Thrones) interpretar o personagem, existem muitos reflexos da origem das HQs e das histórias bíblicas, que traçam paralelos entre as duas séries, Lucifer e Sandman. Entenda.
Problema de Deus e Lucifer tem história em Sandman
Lucifer é um dos personagens mais importantes de Sandman, e todos – se não a maioria – dos fãs estão cientes que sua queda aconteceu devido a uma grande guerra que ele travou com seu pai, Deus.
Só que os fãs tanto de Lucifer quanto de Sandman sabem o real motivo que causou essa guerra de Lucifer com Deus? Os quadrinhos que deram origem a Sandman tratam de explicar.
Quem assistiu a série da Netflix de Lucifer, já sabia da “Cidade de Prata”, mas o que os fãs não viram foi a chegada de Raguel, que soube de sua missão através de Lucifer. Ele seria a “Vingança do Senhor”. Mas para que houvesse uma vingança, algo deveria ter acontecido. E é aqui que as coisas se tornam interessantes.
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Entendemos que Lucifer, de fato, era a mais bela criação de Deus, comandando a Cidade de Prata. Só que Raguel chegou para vingar o “primeiro assassinato” que acontecera ali. Porque antes disso, não existiam esses conceitos.
Mas a fim de entender o que de fato aconteceu, Raguel, o “Arcanjo da Justiça”, precisou ir até Fanuel para entender o que tinha acontecido. A morte se tratava de Carasel, que trabalhava em “designs” para a criação do Universo.
Antes do universo ser criado, fora de qualquer tempo ou espaço, já existia uma cidade, a ‘Cidade de Prata’, e em determinado “não momento”, Raguel acordou para a existência, que se deparou com Lucifer informando sua missão: ele era a “Vingança do Senhor”. Ou seja, algo aconteceu para sua existência.
Lucifer, até então, a mais bela criação de Deus, comandava os anjos da Cidade de Prata. Então, Raguel foi criado para vingar um assassinato que acontecera ali, a primeira morte – o primeiro assassinato. Antes disso, não existiam esses conceitos, porque o universo ainda estava sendo criado. Depois de criar o conceito eles passavam tudo para o anjo senior, e a criação chegava nas mãos de Zekiel, uma espécie de gerente de toda criação.
Raguel descobre que última coisa que o morto estava trabalhando era o conceito do amor.
A criação do primeiro amor
Para completar sua função, Raguel ordena que Lucifer conte onde estava antes disso. Então, é quando Lucifer explica que a Cidade de Prata é tudo que existe. E fora dela existe somente escuridão. Dessa forma, a escuridão fala coisas horríveis para ele mas como comandante das hostes angelicais ele se coloca a prova. Pois precisa ser o anjo mais forte.
Depois de alguns questionamentos de Raguel, ele enfim, começa a contar o que ocorreu.
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Carasel se preocupava sempre muito com sua criação e criando o amor decidiu que iria experimentar. Entao Carasel e seu parceiro Saraquel se tornaram amantes. Eles se amaram, criando o primeiro amor.
Mas quando eles começaram a trabalhar na morte, Carasel se jogou de cabeça no conceito. E o amor não mais era importante. Ou seja, Saraquel não era mais importante. Mas Saraquel não sabia como ficar na presença de seu amado e não ser correspondido. Então ele precisava arranjar algum jeito para que isso mudasse, e Saraquel esperava que matando ele, a dor passasse. Assim, Saraquel matou Carasel, criando a primeira morte. E era essa a vingança que Raguel precisava fazer.
Logo, Raguel cumpre sua função e Saraquel é destruído.
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Lucifer vendo tudo aquilo e com lágrimas nos olhos diz que aquilo não era certo ou justo. Saraquael foi o primeiro a amar, mas Lucifer foi o primeiro a derramar lagrimas.
Então Lucifer começa o impensável: ele questiona o design de Deus, afinal tudo aquilo foi amor. Deus sabia de tudo aquilo, sabia que Carasel ia se jogar de cabeça, que Saraquel ia se apaixonar. Então, foi Deus que deu a morte para ele, depois de dar o amor.
E sim, isso não era justo.
É quando Lucifer se retira para pensar, deixando apenas Raguel e Zekiel. Raguel olha para Zekiel e diz: PAI POR QUE VOCE FEZ ISSO? entendendo que ZEKIEL era DEUS e questionando o porque esse drama foi criado na frente de LUCIFER, ele sabia que isso causaria repercussões.
Parte da resposta de Deus é: “pobre doce Lucifer, o caminho dele será o caminho mais difícil de todas minhas crianças. Pois ele tem um papel a representar no drama a seguir. E é um grande papel.”.
Ou seja, Lucifer nunca caiu. Na verdade, Lucifer sempre fez o que foi designado por um DEUS onipotente. Por isso ela abandona o inferno, porque esta cansado de seguir o roteiro de seu pai. E é dali que parte a história que vemos na série de Tom Ellis.
Ambas as séries estão disponíveis na Netflix.
Texto do Mix de Séries com colaboração e informações de Thiago Chareti.