A Grande Descoberta: quem matou Adnan e Gunilla? Final Explicado

A minissérie A Grande Descoberta chegou ao fim revelando o mistério que assombrou a cidade de Linkoping, na Suécia, por 16 anos: quem matou Adnan Abbas e Gunilla Pairson?

Baseada em um caso real, a produção da Netflix retratou a investigação exaustiva liderada pelo detetive John Sundin e o papel crucial da genealogia forense para solucionar o duplo homicídio.

Mas, afinal, quem foi o responsável por esse crime brutal e por que o fez? Aqui está tudo o que o desfecho da série revelou.

David Nilsson é Preso Pelo Duplo Homicídio

Depois de anos sem avanços significativos, a investigação ganha um novo fôlego com a entrada do genealogista Per Skogkvist. Utilizando amostras de DNA coletadas de milhares de homens na região, Per conseguiu traçar conexões genéticas até dois irmãos, David e Stefan Nilsson. A polícia focou em David por seu perfil isolado e comportamentos que condiziam com o suspeito descrito.

Com base nas evidências e no trabalho de genealogia, a equipe de John recebeu um mandado para prender David. Durante a prisão, David não resistiu, mas as revelações posteriores chocaram a todos. Em um interrogatório, ele confessou os assassinatos e revelou que vozes em sua cabeça ordenaram que matasse duas pessoas para encontrar “paz”. As vítimas, Adnan e Gunilla, foram escolhidas aleatoriamente, estando no lugar errado na hora errada.

Por Que Adnan e Gunilla Foram Mortos?

Adnan Abbas, um menino de 8 anos, e Gunilla Pairson, uma professora aposentada, eram completamente desconhecidos para David. No entanto, a paranoia e os delírios que ele enfrentava o levaram a cometer o crime. Adnan foi atacado enquanto ia para a escola, e Gunilla, ao tentar ajudar o menino, também foi brutalmente assassinada. A frieza e a aleatoriedade dos crimes os tornaram ainda mais angustiantes para a comunidade local.

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O Papel da Genealogia Forense em A Grande Descoberta

A solução do caso só foi possível graças ao uso pioneiro da genealogia forense na Europa. Per Skogkvist utilizou dados de bancos genéticos comerciais e criou árvores genealógicas detalhadas, cruzando informações para identificar suspeitos. Essa técnica, já usada nos Estados Unidos para casos como o do “Golden State Killer”, mostrou-se crucial em Linkoping. Foi através de uma conexão genética que Per identificou David Nilsson, um dos primeiros casos resolvidos dessa forma na Europa.

O Impacto do Caso Nas Famílias e No Próprio Detetive

O encerramento do caso trouxe alívio e dor às famílias das vítimas. O pai de Adnan, Saad, expressou gratidão, mas o vazio deixado pela perda de seu filho permaneceu evidente. Em uma cena emocionante, ele presenteia John com o relógio de Adnan como um gesto de gratidão.

Para John Sundin, a resolução do caso também representou um momento de reflexão. Após 16 anos dedicados ao trabalho, ele percebeu o impacto que sua obsessão teve em sua vida pessoal, incluindo o distanciamento de seu filho, Henry. O reencontro dos dois no final da série simboliza um novo começo, tanto para John quanto para sua relação familiar.

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Por Que O Final de A Grande Descoberta Foi Tão Abrupto?

Apesar de responder ao mistério central, o final de A Grande Descoberta deixou alguns espectadores insatisfeitos. Muitos esperavam mais detalhes sobre o destino de David Nilsson, que pegou condenação a cuidados psiquiátricos indefinidos devido ao seu estado mental. Além disso, a relação entre a jornalista Stina Eriksson e o assassino — ambos ligados por parentesco genético — foi apenas sugerida, sem grandes consequências narrativas.

A série optou por terminar com Stina decidindo escrever um livro sobre o caso, conectando a trama com o material original que inspirou a produção. No entanto, esse desfecho, que foca na publicação do livro, surgiu por alguns como desconexo em relação à intensidade emocional do caso.

Sobre o final

A Grande Descoberta trouxe à tona a complexidade das investigações criminais, mostrando como a ciência e a determinação podem romper barreiras aparentemente intransponíveis.

Apesar de algumas críticas ao final, a série conseguiu retratar com sensibilidade e realismo um caso que marcou a história da Suécia, destacando o impacto duradouro da tragédia sobre todos os envolvidos. Se por um lado o desfecho deixa lacunas, por outro, reafirma a importância de nunca desistir na busca por justiça.

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Matheus Pereira

Coordenação editorial

Matheus Pereira é Jornalista e mora em Pelotas, no Rio Grande do Sul. Depois de quase seguir carreira na Arquitetura, enveredou para o campo da Comunicação, pelo qual sempre nutriu grande paixão. Escritor assíduo na época dos blogs, Matheus desenvolveu seus textos e conhecimentos em Cinema e TV numa experiência que já soma quase 15 anos. Destes, quase dez são dedicados ao Mix de Séries. No Mix, onde é redator desde 2014, já escreveu inúmeras resenhas, notícias, criou e desenvolveu colunas e aperfeiçoou seus conhecimentos televisivos. Sempre versando pelo senso crítico e pela riqueza da informação, já cobriu eventos, acompanha premiações, as notícias mais quentes e joga luz em nomes e produções que muitas vezes estão fora dos grandes holofotes. Além disso, trabalha há mais de dez anos no campo da comunicação e marketing educacional, sendo assessor de imprensa e publicidade em grandes escolas e instituições de ensino. Assim, se divide entre dois pilares que representam a sua carreira: de um lado, a educação; de outro, as séries de TV e o Cinema.

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