A Idade Dourada é melhor que Downton Abbey após 2ª temporada
Depois do final da 2ª temporada de A Idade Dourada, é possível afirmar que série já está melhor que Downton Abbey.
A segunda temporada de “A Idade Dourada” chegou ao fim, e o que se pode afirmar é que a série já se posiciona um degrau acima de “Downton Abbey”. Ambas partilham o mesmo criador, Julian Fellowes, mas “A Idade Dourada” se destaca ao abraçar integralmente o título de “drama histórico”.
Esta temporada foi marcada por um mergulho profundo em temas como o crescente poder dos trabalhadores sindicalizados, a discriminação de gênero na engenharia, as diferenças no tratamento de pessoas negras entre o Sul e Nova York, e as mudanças no sistema educacional.
Esses elementos foram tecidos de maneira magistral na narrativa. O que ampliou a visão para além das tramas focadas em famílias abastadas, um ponto frequentemente criticado em séries do gênero.
A série também se distinguiu por sua representação detalhada das vidas e lutas do pessoal de serviço, que trabalha tanto literal quanto figurativamente sob as famílias van Rhijns e Russells. Isso criou uma dicotomia interessante na narrativa, com a segunda temporada levando isso a um nível ainda mais profundo.
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Um dos pontos altos da temporada foi a greve dos trabalhadores de George Russell (Morgan Spector). Greve que culminou com a decisão dele de conceder um aumento salarial temporário.
Este enredo, juntamente com a viagem de Peggy Scott (Denée Benton) e T. Thomas Fortune (Sullivan Jones) ao Instituto Tuskegee no Alabama, destacou questões raciais e sociais de forma crua e realista.
Outro aspecto notável foi a introdução da discriminação contra mulheres em campos dominados por homens, como a engenharia, ilustrado pela história de Emily Warren Roebling na construção da Ponte do Brooklyn. A inclusão de fatos históricos reais nesses enredos enriqueceu ainda mais a série.
Com o fim da segunda temporada e o sucesso da série no HBO Max, é provável que “A Idade Dourada” continue a explorar questões sociais complexas. Com personagens como Marian Brook (Louisa Jacobson) se preparando para ensinar em uma escola para negros, e a continuação da Revolução Industrial, “A Idade Dourada” promete trazer ainda mais profundidade e complexidade às suas narrativas.
Em resumo, “A Idade Dourada” não apenas entretém. É uma série que também educa e provoca reflexões, estabelecendo-se como um drama histórico superior, repleto de nuances e relevância social.