A maior mentira que Magnatas do Crime contou na Netflix
Magnatas do Crime menciona, frequentemente, fatos históricos reais. Mas um deles acabou se tornando a maior mentira da série.
Na série “Magnatas do Crime” da Netflix, uma cena peculiar chamou atenção e gerou debates acalorados entre os espectadores. Max, um personagem fascinado por Adolf Hitler ao ponto de tê-lo como um Da Vinci dos tempos modernos, leva a trama para um patamar inusitado ao revelar sua coleção privada dedicada ao ditador.
Entre os itens, destaca-se um frasco de formol que supostamente contém o testículo direito de Hitler, perdido, segundo Max, na Batalha de Somme. Esta alegação é tecida em meio a um emaranhado de lendas urbanas e registros médicos contraditórios a respeito da condição física de Hitler.
Saiba mais sobre Magnatas do Crime:
- Magnatas do Crime: Segredo do final é explicado
- Magnatas do Crime: série já tem a pior notícia da 2ª temporada
- Mais 4 séries com o ator de Magnatas do Crime para assistir
O absurdo da situação é palpável, remetendo à canção militar britânica que satiriza Hitler possuindo apenas um testículo. Contudo, registros históricos indicam que Hitler sofreu de criptorquidia do lado direito. Algo que ganhou diagnóstico em um exame médico em 1923 – o que desmente a perda do órgão.
Além disso, evidências sugerem que Hitler feriu sua coxa esquerda na Batalha de Somme, não havendo registro de lesões que levassem à perda de um testículo.
Este aspecto da trama de “Magnatas do Crime” serve não apenas como elemento de humor bizarro. Mas também como um reflexo da fascinação e mistificação em torno da figura histórica de Hitler, especialmente no que tange aos inúmeros mitos e teorias da conspiração que o cercam. A série brinca com a linha tênue entre fato e ficção, explorando como figuras históricas acabam surgindo em narrativas distorcidas.
No entanto, a verdadeira obra de Hitler como pintor, reconhecida e leiloada por dezenas de milhares de dólares, é um fato incontestável. O que aponta para a complexidade e contradições da figura do ditador. “Magnatas do Crime“, ao entrelaçar ficção com fragmentos de realidade, convida os espectadores a questionarem a veracidade e as origens das histórias sobre figuras históricas. Destacando, dessa forma, a importância do discernimento crítico na interpretação de fatos históricos e lendas urbanas.