Uma das caracterÃsticas das séries criadas por Alan Ball é o tamanho de suas aberturas: elas sempre são grandes. Algumas como a do clássico Six Feet Under são profundas e evocam vários sentimentos em diferentes partes de sua execução. Outras como True Blood são mais… intensas.
A série é situada na Louisiana, estado americano sulista que além do sotaque pesado, trás todo mistério de magia vodoo, igrejas cristãs, pântanos e cultura de passado extremamente racista. É um interiorzão nos EUA.
A canção “Bad Things” de Jace Everett é uma música bem regional que culmina em solos de guitarra e embala a abertura, que já começa com um peixe esquisito nadando num pântano imundo, uma jacaré com cara de poucos amigos e os pântanos e suas habitações tÃpicas: esse realmente não é um lugar legal para se viver.
Em meio a ambientação que é dada ao lugar, começam a aparecer cenas entrecortadas de sexo. Sexo sujo, profano, batendo de frente com as imagens que são mostradas. A primeira delas, que aparece com o nome do ator Alexander Skarsgard dura bem menos que um segundo, mas elas vão ficando maiores e mais frequentes.
Como toda série da HBO, aqui o sexo é mostrado de maneira bem liberal. Já tivemos desde o que a bÃblia nos ensina sobre o tema, com pinto, bundinhas e peitinhos aparecendo, até threesomes, gays (homens e mulheres), necrofilia (os vampiros estão tecnicamente mortos, né?), animalismo e até alguém girando em 180 graus o pescoço de sua parceira durante o ato! Tem para todos os gostos nesse programa safadinho!
Partindo desse paralelo com o que é real, porém perturbador, a abertura mostra crianças se lambuzando ao comer uma fruta. Nada mais inofensivo, certo?
Passa também a brincar com paralelos e com a realidade. Um dos slogans contra homossexuais de algumas igrejas norte americanas é “God Hate Fags” (Deus odeia viados, numa tradução grosseira). Por se tratar de vampiros, temos aqui a versão atualizada para o mundo de True Blood.
A partir daà apenas imagens polêmicas (#Mamilos) como cruzes em chamas, brigas e prostituição em bares, pessoas orando fervorosas em igrejas e animais peçonhentos e asquerosos… o campeão em nojeira é essa pobre raposa sendo decomposta por milhares de larvas….
… e a mais “inspirada” é a imagem dessa virginal donzela dançando de maneira casta e cheia de pudor sob a luz vermelha. #PreferidaDoAutor
Depois de bastante provocação a canção termina num solo de guitarra que antecipa um batismo bizarro num rio à noite, com a batizada se debatendo desastrada e perturbada ao final. A cena dessa cerimônia também é toda entrecortada por cenas de sexo e nudez que duram poucos milésimos de segundo e apenas os mais atentos perceberão.
Tentem contar quantas cenas de sexo completamente escondidas existem na abertura abaixo:
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=O-1LDEFZnds[/youtube]
O universo de True Blood é exatamente como sua abertura. Mesmo nas cenas mais puras, existe maldade inserida entre cada detalhe e como canta o final da canção de Jace Everett “… eu quero fazer coisas realmente más com você”.