A Queda da Casa de Usher marca adeus triunfal de Mike Flanagan na Netflix

Cinco anos após o aclamado diretor Mike Flanagan introduzir ao mundo sua primeira série de horror na Netflix, “A Maldição da Residência Hill”, ele encerra seu capítulo com a gigante do streaming.

A Queda da Casa de Usher é a última obra-prima de Flanagan na Netflix antes de sua transição para a Amazon. Essa despedida carrega uma significância que instiga o público a prestar atenção em cada detalhe da conclusão da jornada do diretor.

Uma obra baseada na literatura clássica

À semelhança de “A Maldição da Residência Hill”, A Queda da Casa de Usher é uma peça expansiva que se origina das obras de um grande nome da literatura de horror, Edgar Allan Poe. É uma produção luxuosa, cheia de detalhes e floreios narrativos que se tornaram a marca registrada de Flanagan, graças à sua paixão incessante pela simetria estrutural e ressonância temática.

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A série começa com a rica família Usher em queda livre. Roderick Usher e sua irmã gêmea Madeline, interpretados por Bruce Greenwood e Mary McDonnell respectivamente, construíram um império farmacêutico, mas agora enfrentam a ruína iminente, ameaçados por um caso criminal impulsionado pelo implacável promotor C. Auguste Dupin.

A Queda da Casa de Usher

Enfrentando a própria mortalidade, Roderick se depara com um horrores ainda mais perturbadores: os destinos de seus filhos. Acidentes estranhos e brutais assombram cada membro da família Usher, enquanto eles lutam para preservar seu legado. No entanto, Roderick percebe que uma força kármica, o preço de tudo que construiu, está prestes a ser cobrado.

A Queda da Casa de Usher está impregnada de referências às histórias e poemas de Poe. Citações diretas e plot twists inspirados entrelaçam meticulosamente cada parte da série, criando uma atmosfera distintamente Poe. A trama é escura, cômica e extravagante, levando Flanagan a explorar territórios mais sombrios e impertinentes.

Um Elenco Hipnotizante

A Queda da Casa Usher série Netflix — Imagem: Divulgação.

A derrocada do legado da família Usher é apresentada com uma alegria diabólica. O elenco, liderado pelo imponente Bruce Greenwood e a enérgica Kate Siegel, delicia-se em suas performances. Carla Gugino, como Verna, brilha intensamente, oferecendo uma atuação hipnotizante que se destaca mesmo entre um elenco repleto de talentos.

Embora A Queda da Casa de Usher possa não capturar a mesma intensidade emocional que as obras anteriores de Flanagan na Netflix, a ambição e a audácia exibidas na série são contagiante. É um lembrete potente do talento de Flanagan e uma despedida marcante da sua era na Netflix. Certifique-se de não perder esta obra-prima na temporada de Halloween.

A série estreia no dia 12 de outubro na Netflix. Dessa forma, marcando não apenas um adendo impressionante ao catálogo de Flanagan, mas também um triunfo narrativo que ressoará por anos. Portanto, A Queda da Casa de Usher não é apenas uma série; é uma experiência imersiva. A qual redefine as expectativas do que o horror pode alcançar na era do streaming.

Sobre o autor

Matheus Pereira

Coordenação editorial

Matheus Pereira é Jornalista e mora em Pelotas, no Rio Grande do Sul. Depois de quase seguir carreira na Arquitetura, enveredou para o campo da Comunicação, pelo qual sempre nutriu grande paixão. Escritor assíduo na época dos blogs, Matheus desenvolveu seus textos e conhecimentos em Cinema e TV numa experiência que já soma quase 15 anos. Destes, quase dez são dedicados ao Mix de Séries. No Mix, onde é redator desde 2014, já escreveu inúmeras resenhas, notícias, criou e desenvolveu colunas e aperfeiçoou seus conhecimentos televisivos. Sempre versando pelo senso crítico e pela riqueza da informação, já cobriu eventos, acompanha premiações, as notícias mais quentes e joga luz em nomes e produções que muitas vezes estão fora dos grandes holofotes. Além disso, trabalha há mais de dez anos no campo da comunicação e marketing educacional, sendo assessor de imprensa e publicidade em grandes escolas e instituições de ensino. Assim, se divide entre dois pilares que representam a sua carreira: de um lado, a educação; de outro, as séries de TV e o Cinema.

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