Além de Yellowstone: 11 séries que perderam o protagonista

Kevin Costner está de partida da franquia Yellowstone – e, neste momento, até o seu retorno para os episódios restantes da quinta temporada é incerto. E a saída do grande protagonista da série não será a primeira perda que os fãs de TV terão de lidar.

Costner é uma das maiores estrelas da televisão e, sem dúvida, tem sido a principal atração de Yellowstone desde sua estreia em 2018. No entanto, a série já obteve sucesso sem Costner em seus spin-offs, incluindo 1923, liderado por uma estrela indiscutivelmente maior, Harrison Ford.

E já existe uma sequência em andamento, que terá ninguém menos que Matthew McConaughey. Embora a parte 2 da 5ª temporada de Yellowstone possa sofrer um pouco com sua ausência, a série principal provavelmente ainda sobreviverá aos episódios finais sem Costner.

Quando uma série de TV perde uma de suas principais estrelas, por qualquer motivo, há vários resultados e soluções possíveis para o problema. Algumas séries de TV reformulam o papel, enquanto outras reorientam a premissa e podem até apresentar novos protagonistas.

Em muitos casos, o personagem que partiu pelo menos retorna para algumas participações especiais e/ou aparece no final da série. Mas muitas delas conseguiram manter o interesse do público sem seu grande protagonista. E, agora, relembramos 10 outras séries, além de Yellowstone, em que isso aconteceu.

The Office

Os fãs continuam a debater se The Office estava certa em continuar após a saída de Michael Scott (Steve Carell). Enquanto ele fazia parte de um grupo e não era considerado o protagonista da sitcom, Michael era o rosto de The Office e poderia ser considerado seu personagem principal.

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Carell deixou a série após a 7ª temporada, quando seu contrato expirou. Embora seu emprego na Dunder Mifflin tivesse de ser reposto, Michael era um personagem insubstituível – um fato reconhecido pela porta giratória de gerentes substitutos e novos chefes introduzidos em seu rastro.

Mesmo com sua saída, no entanto, The Office permaneceu popular por mais duas temporadas.

The Vampire Diaries

Quando The Vampire Diaries estreou na CW em 2006, o drama adolescente sobrenatural foi o programa mais assistido do canal em todos os tempos. Baseada nos livros de L.J. Smith, a série foi popular o suficiente para gerar programas nos bastidores, não muito diferente de Yellowstone – no entanto, a franquia como um todo continuou até 2022.

The Vampire Diaries foi inicialmente centrada na protagonista de Nina Dobrev, Elena Gilbert, quando ela acabou em um triângulo amoroso com um par de irmãos mortos-vivos. Mas Dobrev decidiu deixar The Vampire Diaries no final da 6ª temporada, e a série conseguiu continuar sem sua personagem por duas temporadas. Aliás, a audiência chegou até a aumentar depois disso. Curioso, não?

Spin City

Depois que sua carreira no cinema sofreu uma queda durante a década de 1990, Michael J. Fox voltou a TV para estrelar a sitcom Spin City. Ao longo de quatro temporadas, ele foi o protagonista da série de comédia política vivendo Mike Flaherty, o vice-prefeito da cidade de Nova York.

Durante a 3ª temporada, no entanto, Fox revelou que tinha a doença de Parkinson e acabou deixando a série devido ao diagnóstico e seus sintomas que estavam aumentando.

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Logo depois, no entanto, ele ganhou um Emmy como personagem principal durante seu último ano na série. Mas Spin City posteriormente escalou Charlie Sheen como seu novo protagonista, com o ator vivendo o substituto de Flaherty no cargo de vice-prefeito. A série, dessa forma, sobreviveu mais duas temporadas antes de ser cancelada.

Two and a Half Men

Logo após o fim de Spin City, Charlie Sheen se tornou a estrela de outra sitcom, Two and a Half Men. Ele interpretou o papel do personagem principal, Charlie Harper, um escritor de jingles, que recebe seu irmão, Alan, e seu sobrinho, Jake, em sua casa após o divórcio de Alan.

No meio da 8ª temporada, Sheen foi demitido por dizer algumas coisas ofensivas sobre o criador do programa, Chuck Lorre. Então, personagem foi morto e Ashton Kutcher se juntou ao elenco como amigo de Alan, Walden, a fim de continuar a dinâmica titular. As avaliações aumentaram por um tempo, e Two and a Half Men durou mais quatro temporadas após a perda de Charlie.

As Panteras

No início de 1976, Farrah Fawcett era uma atriz relativamente desconhecida. Ela tinha uma certa fama por ser a esposa do astro da TV, Lee Majors, mas seu próprio trabalho não era reconhecido. Então, graças a série Charlie’s Angels (As Panteras), ela se tornou um ícone da noite para o dia.

Mas depois de apenas uma temporada interpretando a popular personagem principal Jill Munroe na série de detetives e recebendo uma indicação ao Globo de Ouro, Fawcett saiu devido a diferenças criativas. Ela foi substituída por Cheryl Ladd no papel da irmã de Jill, Kris, que os espectadores rapidamente abraçaram.

As Panteras, entretanto, sobreviveu por mais quatro temporadas – vale ressaltar que Fawcett, depois, apareceu como convidada nas temporadas 3 e 4.

Happy Days

Embora não seja o personagem mais famoso de Happy Days, Richie Cunningham foi o protagonista central da série. Em 1980, depois de sete temporadas no papel, Ron Howard deixou a série de sucesso para se concentrar em sua carreira de cineasta, época em que Richie foi descartado ao ingressar no exército e ir para o exterior.

Felizmente para a série, o personagem coadjuvante inicialmente recorrente de Henry Winker, Arthur Fonzarelli, também conhecido como “Fonzie”/”The Fonz” ultrapassou Richie em popularidade e já era colíder nessa época. Happy Days foi capaz de continuar por mais quatro temporadas tendo uma alta audiência.

Charmed

Outra série com vários personagens principais, Charmed é sobre três irmãs, todas bruxas. Prue Halliwell, interpretada por Shannen Doherty, era a mais velha e poderosa entre elas, mas todas funcionavam melhor como um trio, usando seu “Poder das Três” combinado.

Então, quando Doherty deixou Charmed após a terceira temporada por causa de um problema com a coestrela Alyssa Milano, a série parecia condenada.

Em vez de encerrar a ideia, os produtores mataram Prue e apresentaram uma meia-irmã há tempo perdida, Paige, interpretada por Rose McGowan. A nova personagem completou o trio e o “Poder das Três” novamente, e Charmed sobreviveu por mais cinco temporadas.

One Tree Hill

Por seis temporadas, Chad Michael Murray e Hilarie Burton compunham o casal protagonista de One Tree Hill. Embora a série adolescente tivesse cinco protagonistas principais, Lucas (Murray) e Peyton (Burton) eram a alma da série. Depois de seis temporadas, a dupla deixou o programa – com Burto alegadamente tendo pedido demissão.

Anos depois, esclareceu-se que a atriz deixou a atração devido a conflitos com o criador, onde todas as atrizes o acusaram de abuso. De qualquer forma, e como não era conhecimento na época, o drama continuou por mais três temporadas, tendo Hailey (Bethany Joy Lenz), Brooke (Sophia Bush) e Nathan (James Lafferty) como protagonistas.

Cheers

O personagem principal de Cheers sempre foi Sam Malone, mas, nas primeiras cinco temporadas, a série não foi nada sem Diane Chambers como seu interesse romântico. Os nomes Sam e Diane tornaram-se sinônimos de vão-ou-não-vão.

Embora Cheers já tivesse perdido um personagem principal com a morte do ator Nicholas Colasanto e sobrevivido com Woody Harrelson escalado para um papel substituto, em teoria, a série não funcionaria sem Diane.

Felizmente, a teoria foi provada errada quando a atriz Shelley Long saiu de Cheers e levou Diane com ela. Rebecca Howe, de Kirstie Alley, se encaixou na temporada seguinte e, dessa forma, ajudou a conduzir a série por mais cinco.

Nova Iorque Contra o Crime

Hoje em dia, a televisão está no nível do cinema, atraindo nomes como Kevin Costner, de Yellowstone, para papéis de longa duração. Mas, por décadas, o trabalho na TV foi visto como um trampolim para atores que realmente queriam estar no cinema. No entanto, houve muitas decisões ruins tomadas por atores que esperavam ser estrelas de cinema.

Semelhante a Farrah Fawcett, David Caruso rapidamente desistiu de sua série de sucesso. Ele interpretou o papel principal do detetive John Kelly em NYPD Blue (Nova Iorque Contra o Crime no Brasil) por pouco mais de uma temporada e, embora sua carreira no cinema não tenha decolado como ele esperava, a série policial durou 10 temporadas inteiras depois que ele saiu.

Roseanne

Como uma série sobrevive à perda de sua personagem-título? Na década de 1980, os telespectadores viram o resultado quando Valerie se tornou Valerie’s Family, depois a Família Hogan. Três décadas depois, algo semelhante aconteceu quando Roseanne foi brevemente revivida para uma décima temporada, 22 anos após seu final original.

Quando a líder da série, Roseanne Barr, foi demitida por seus tweets racistas, a ABC acabou cancelando a série de novo. No entanto, ela sobreviveu através de The Conners, um spin-off que matou a personagem de Roseanne e seguiu com o resto de sua família sem ela. Como a franquia Yellowstone, The Conners ainda está forte, apesar da perda de sua personagem principal original.

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Matheus Pereira

Coordenação editorial

Matheus Pereira é Jornalista e mora em Pelotas, no Rio Grande do Sul. Depois de quase seguir carreira na Arquitetura, enveredou para o campo da Comunicação, pelo qual sempre nutriu grande paixão. Escritor assíduo na época dos blogs, Matheus desenvolveu seus textos e conhecimentos em Cinema e TV numa experiência que já soma quase 15 anos. Destes, quase dez são dedicados ao Mix de Séries. No Mix, onde é redator desde 2014, já escreveu inúmeras resenhas, notícias, criou e desenvolveu colunas e aperfeiçoou seus conhecimentos televisivos. Sempre versando pelo senso crítico e pela riqueza da informação, já cobriu eventos, acompanha premiações, as notícias mais quentes e joga luz em nomes e produções que muitas vezes estão fora dos grandes holofotes. Além disso, trabalha há mais de dez anos no campo da comunicação e marketing educacional, sendo assessor de imprensa e publicidade em grandes escolas e instituições de ensino. Assim, se divide entre dois pilares que representam a sua carreira: de um lado, a educação; de outro, as séries de TV e o Cinema.

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