American Horror Stories: 3ª temporada mantém a mediocridade

American Horror Stories está de volta para a sua terceira temporada. Desta vez, a série spin-off de American Horror Story será dividida em duas partes, sendo que a data de lançamento da segunda parte ainda não foi definida. Todavia a trama continua seguindo o formato antológico, com cada episódio contando uma história independente.

A primeira parte da temporada é composta por quatro episódios que foram lançados em conjunto como parte das comemorações de Halloween. Contudo esses episódios também prestaram homenagem a Manny Coto (10 de junho de 1961 – 9 de julho de 2023), um dos produtores e roteiristas da série.

Neste novo ano, a série optou por abrir mão das conexões com American Horror Story, e nenhum dos episódios está ligado à série de terror principal. No entanto, a qualidade dos episódios continua mantendo um padrão mediano e, de certa forma, não muito memorável.

Bestie

A terceira temporada de American Horror Stories começa com o episódio “Bestie“. Neste episódio, acompanhamos a história de Shelby (Emma Halleen), uma jovem deprimida que acaba fazendo amizade com uma garota deficiente pela internet, conhecida como Bestie (abreviação para “Best Friend” melhor amiga em português). Sob a influência de Bestie (Jessica Barden), Shelby começa a cometer diversos delitos e agressões.

Infelizmente, o início da temporada deixa a desejar, pois é a primeira vez que American Horror Stories começa com uma história que não se conecta à série principal. A trama é divertida e intrigante em alguns momentos, mas não consegue empolgar a longo prazo. Pois ela abusa do plot do protagonista burro, além do episódio se estender mais do que devia. A maior qualidade deste episódio está na maquiagem que caracteriza Bestie, deixando a atriz Jessica Barden irreconhecível.

Nota: 2/5

Daphne

O segundo episódio, intitulado “Daphne“, se passa no futuro, em um cenário onde as pessoas estão em isolamento devido a uma pandemia causada por um vírus que provoca cegueira. Contudo nesse período de isolamento, Will Caswell (Reid Scott), um curador de arte, recebe a assistência de Daphne (com a voz de Gwyneth Paltrow), uma inteligência artificial semelhante à Alexa. Conforme a interação entre os dois se desenvolve, testemunhamos como a relação deles se torna cada vez mais assustadora.

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Este episódio poderia facilmente se encaixar em Black Mirror e se destaca como um dos pontos altos da temporada. Pois explora temas relacionados ao abuso em relacionamentos, inovações tecnológicas e sanidade mental. Além disso, apresenta um plot twist impactante que fecha a trama de forma satisfatória, deixando-a em aberto para reflexão.

Nota: 3/5

Tapeworm

O terceiro episódio, “Tapeworm“, segue a jornada de Vivian (Laura Kariuki), uma jovem aspirante a modelo disposta a fazer qualquer coisa para alcançar magreza, beleza e sucesso. A busca desenfreada por fama e sucesso é um tema recorrente nas obras de Ryan Murphy, e este episódio não fica atrás. “Tapeworm” se destaca como o episódio mais bizarro da temporada, deixando o espectador intrigado e chocado com os desdobramentos da trama.

Nota: 3/5

Organ

O último episódio, intitulado “Organ“, nos apresenta a história de um mulherengo interpretado por Raúl Castillo Junior, que tem um de seus órgãos roubados após um encontro e parte em busca de justiça. Este episódio, dirigido por Petra Collins, se destaca pela direção visual mais interessante da temporada, com planos sequências bem executadas e cenas esteticamente atraentes. No entanto, a trama em si acaba sendo a mais fraca da temporada, já que não aborda uma investigação particularmente envolvente, e o protagonista carece de carisma. O episódio possui um plot twist no final, mas, no geral, é esquecível.

Nota: 2/5

American Horror Stories 3ª temporada

No geral, a terceira temporada mantém o padrão da segunda temporada de American Horror Stories, mas ainda peca por sua mediocridade.

Todavia a série ainda cativa aos fãs de obras de terror e horror. Contudo a segunda parte de American Horror Stories ainda está sem previsão para data de estreia.

As duas primeiras temporadas de American Horror Stories estão disponíveis no Star Plus.

Avaliação geral: 3/5.

Italo Marciel

Redação

Jornalista por formação e publicitário por aproximação. Desde a graduação, circulo entre as duas áreas e isso me preparou para atuar com mais segurança e amplitude na Assessoria de Comunicação Política, área na qual trabalho desde 2013. Ao todo, já são são oito anos gerenciando a comunicação de parlamentares do legislativo municipal. Entre as minhas principais atribuições estão: criação e gerenciamento de conteúdo textual e visual (artes, fotos e vídeos) para redes sociais; planejamento de pronunciamentos; preparação de pauta para reuniões e entrevistas; relacionamento com a imprensa. Além disso, tanto tempo no meio me trouxe conhecimentos intermediários de assessoria parlamentar, onde auxilio na construção e revisão de projetos e no relacionamento com pastas do poder público de direto interesse dos mandatos. No Mix de Séries atua como jornalista e redator de notícias gerais, desde 2017. Também produz críticas e conteúdos especiais voltado para a área de streaming.

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