American Horror Story: Apocalypse, uma temporada com mais acertos que erros

Review do décimo episódio, season finale, da oitava temporada de American Horror Story, do canal FX, intitulado Apocalypse Then.

Imagem: FX/Divulgação

Então vi subir do mar, uma besta que tinha sete cabeças e dez chifres. E todos que habitam na Terra vão louva-lo.

Analisando as temporadas de American Horror Story, percebemos o quanto o histórico da série é complicado. Tivemos temporadas MUITO boas como Asylum e Coven. Já outras nem tanto como Hotel e Cult. Outras, no entanto, ficaram no limbo como Roanoke e Freak Show.

Independente de como avaliamos a qualidade de cada temporada, é certo que todas tiveram aspectos muito positivos. Muito por conta da força e das manias (sejam elas boas ou ruins) do seu criador: Ryan Murphy. De todo modo, e apesar da repetição excessiva de seu elenco, a série chega em Apocalypse respirando vitalidade e garantida até a sua décima temporada. Mas qual será o futuro do show?

Não sei se por ser uma temporada crossover ou uma temporada reduzida, mas de todas as temporadas de AHS, Apocalypse é a que possui a curva mais acendente de acertos e qualidades. Comparativamente com as outras, demorou sete episódios para que a temporada escorregasse. E isso é de se louvar.

Recomendo a série a muitos amigos e o retorno da maioria deles é muito parecido. É sempre assim: que série louca, não estou entendendo nada. E isso é curioso, mas para você acompanhar, e principalmente, gostar de AHS você precisa entender a sua mitologia e aceitar todas as suas alegorias.

Sabemos do poder criativo que Ryan Murphy tem e, apesar de ser o dono de ótimas série como: Glee, Nip/Tuch, American Crime Story, Feud e Pose, é em American Horror Story que ele mais imprime a sua marca.

Apocalypse

A ideia do crossover sempre me pareceu promissora. Em termos de mitologia e de construção de um universo, Coven sempre foi a melhor temporada de show, e alinha-la à Murder House me pareceu bastante correto. Tudo foi muito bem amarrado e diversas pontas soltas das temporadas anteriores aparadas. Se o crossover sempre esteve nos planos do Ryan, ou foi uma ideia que surgiu de repente… Talvez nunca saberemos.

Contudo, é de se louvar o trabalho realizado aqui. Apocalypse se encaminhava para ser a melhor temporada de toda a série, durante mais da sua metade não houve um único ponto fora da curva… Mas aí apareceu o oitavo episodio. Foram apenas 37 minutos, mas o suficiente para diminuir, drasticamente, a credibilidade que a temporada havia conseguido até então. O nono recuperou um pouco, mas ainda assim teve seus equívocos e as expectativas para essa finale foram muito baixas.

Season Finale

Ainda assim, o saldo foi positivo porque nesse último episódio, tudo foi bastante corretor. Doloroso, sim, mas correto. O Apocalypse nuclear, o Outpost 3, as vindas das bruxas, o feitiço de identidade, tudo foi minuciosamente explicado e conectado. Mallory, em mais uma atuação apagada de Billie Lourd, como a próxima Suprema, foi fator essencial nessa conclusão. Claro que, ver o todo poderoso Anticristo morrer atropelado foi complicado, mas às vezes as melhores soluções são as mais simples.

Cordelia, Myrtle e Madison também foram partes importantes desse processo. Em especial com o sacrifício da Suprema. Cordelia sempre entendeu os riscos e as necessidades do seu Coven, ela foi tudo aquilo que a Fiona não foi e isso me fez gostar ainda mais da personagem.

E como fica o futuro? … E o passado?

Com a viagem no tempo, no melhor estilo X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido, tanto o passado, como o futuro foram drasticamente alterados. Toda a sequência da Murder House não aconteceu e a Madison continua no seu inferno pessoal. Queenie nunca foi no Hotel Cortez e Zoe e Constante continuam vivas.

Mas assim como aconteceu em X-Men (nossa o Ryan pegou muito a referência), você pode até atirar uma pedra ou talvez mudar o curso do rio, mas, no final, ele continua correndo para o mesmo lugar. Timothy e Emily, que finalmente tiveram as suas existência quase explicadas, deram a luz ao novo anticristo. E realmente não sabemos se haverá uma continuação disso tudo (acredito que não), ou foi apenas uma decisão irônica da série.

No fim foi isso. Apesar de alguns equívocos a temporada foi redonda e deixou poucas pontas soltas em comparação as anteriores. Apesar de contrato do Ryan Murphy com a Netflix, AHS segue firme e forte no catálogo do FX, com mais duas temporadas confirmadas.

E você? O que achou de Apocalypse? Deixe nos comentários.

Eu, vocês, Sarah Paulson e Evan Peters nos encontramos em 2019. Até lá! 🙂

The End: As aparições de Marie Laveau e Delphine LaLarie foram bem fan services, né?

The End 2: Apesar da mudança na linha do tempo, Coven, de fato, foi redimida nessa temporada. Prova disso foi a volta de Misty Day.

The End 3: Ver Emma Roberts no inferno e Taissa Farmiga vivíssima, aqueceu muito a minha alma!

Sobre o autor
Marcelo Henrique

Marcelo Henrique

Nerd, fã de Batman e DC. Adora séries como um todo, mas tem um tombo por produções de Ryan Murphy. No Mix escreve de tudo um pouco, mas atualmente falo de The Walking Dead semanalmente.

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