
Imagem: FX/Divulgação
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A política do medo, sempre dá certo!
Após um ano e uma sexta temporada que, apesar de ter inovado a forma narrativa da série, foi bastante irregular, American Horror Story volta, como sempre, repaginada para seu sétimo ano que promete muitas surpresas, discussões e, como de praxe, polêmicas.
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Ao contrário do ano anterior dessa vez não fomos deixados no escuro em relação a que história a série iria contar. Subtitulada “Cult”, desde dezembro, Ryan Murphy já tinha informado que essa temporada iria retratar as eleições presidenciais dos EUA do ano passado, onde tivemos a “improvável (ou não tão assim)” vitória de Donald Trump, e seus desdobramentos para os personagens. O showrunner também informou que essa temporada teria uma ligação direta com a quarta, a controversa Freak Show, e que nós começaríamos a perceber como todas as temporadas da série estão interligadas.
No centro da história e mais uma vez retornando para o elenco temos Evan Peters e Sarah Paulson. Sarah, novamente, interpreta a mocinha sofredora da história, mas dessa vez com muito mais camadas e nuances para a atriz demonstrar todo seu estupendo talento. Ally, personagem da atriz, é esposa de Ivy (Alison Pill) e sofre de diversas fobias: Coulrofobia (medo de palhaços), claustrofobia (medo de lugares fechados) e tripofobia (repúdio e pavor de formas geométricas em conjunto). Se existe uma atriz nesse mundo que não precisa de provar é Sarah Paulson, indicada a mais de seis Emmy e vencedora, injustamente que isso fique registrado aqui, de apenas um é até repetitivo ficar elogiando a atriz, mas a capacidade dessa mulher de se reinventar torna isso necessário. Divina, ela torna palpável todo o sofrimento da sua personagem, causando com o público (ou pelo menos com aqueles que possui um coração) empatia imediata. Já é possível carimbar a sua indicação para o Emmy 2018.
Já Evan Peters tem uma grande chance em suas mãos, o ator dá vida a Kai Anderson, o aparente grande antagonista desse ano, algoz da personagem da Sarah e líder o grande Culto que dá titulo a temporada. O ator tem novamente a chance de interpretar um psicopata, depois daquele péssimo James Patrick March, naquela péssima quinta temporada Hotel, e a grande chance também de se mostrar, já que apesar de sempre ter bons personagem e sempre ter entregado boas atuações, ele estava sempre a sombra das grandes atrizes da série (Sarah, Jessica, Kathy, Fences, entre outras). Dessa vez, parece que ele poderá demonstrar todo o seu talento.
Entretanto, além de Sarah e Evan outro membro do elenco que chamou muito a atenção nessa premiere e que promete um desempenho formidável, atende pelo nome de: Billie Lourd, a atriz de apenas 25 anos, filha e neta das saudosas Carrie Fisher e Debbie Reynolds, teve uma performance aterrorizadora na pele de Winter Anderson. Billie ainda é dona de poucos papéis, sendo até agora o mais conhecido deles como a Channel #3 na intragável Scream Queens, ainda assim ela segurou a onda, provando que Ryan raramente erra em suas escalações.
No quesito história, esse primeiro episódio não revelou muito, mas plantou muitas sementes. É notável o interesse no personagem de Evan, de acabar com a vida de Ally, a personagem da Sarah, agora fica a pergunta se isso é apenas pela homofobia do personagem ou se eles possuem um passado juntos. Essa segunda opção é mais difícil, já que no incidente do refrigerante Ally não demonstrou reconhecer Kai. Outro ponto questionável é se as aparições de palhaços para Ally são reais ou fruto de alucinações, sei que os palhaços assassinos na casa de Chang, torna verossímil o ataque a Ally no supermercado, mas com a visão dela no restaurante, se for real, fica difícil como aquele palhaço entrou e saiu dali rapidamente sem ser notado, a menos que seja uma mistura das dois coisas, o que torna tudo mais aceitável.
Com o mundo que a série retrata e com o cenário mundial vigente, chegamos a conclusão de American Horror Story nunca foi tão atual. Vocês tem a noção do quanto isso é enervante? Nunca o título da série serviu tão bem a si mesma, o medo retratado nessa temporada não vem de coisas básicas como espíritos e lugares mal assombrados, o medo dessa temporada bebe de algo muito mais grave: a nossa realidade. Densa, intensa e promissora, American Horror Story: Cult, promete e muito!
Até a próxima semana! 😉
Oh, my god! Trump Wins #01: Michigan, locação da série nesse ano, foi um dos estados em que Trump venceu, se tornando o primeiro republicano a ganhar naquele estado em quase 30 anos.
Oh, my god! Trump Wins #02: Ryan Murphy, afirma que mesmo com a vitória de Hillary Clinton, a história dessa temporada seria a mesma.
Oh, my god! Trump Wins #03: Sarah Paulson e Evan Peters, junto com a Lily Rabe são os únicos atores, até o momento, a participar de todas as temporadas da série.
Oh, my god! Trump Wins #04: Sendo o voto nos EUA facultativo, muitos atribuirão a isso a vitória de Trump. Algo que se presente no Brasil, poderia dá a vitória a um Bolsonaro da vida por exemplo (que Deus nos livre e nos guarde, amém)!
A promo dos próximos episódios monstra um pouco do que podemos esperar dessa temporada, além de rapidamente revelar o retorno da maravilhosa Mare Winningham a série. Veja abaixo:
Disse que Roanoke foi inconstante, que James Patrick March foi um péssimo personagem e chamou Scream Queens de intragável… Miga, assim não tem como te defender
KKKK Oh, miga. Eu que não tenho como te defender né?
Não foi um primeiro episódio excelente, mas também esteve longe de ser ruim. Sei que Kai e Winter são irmãos, mas ainda não entendi muito bem a relação deles. A frieza de Winter me faz ver ela como uma repetição de Chanel #3, mas com um pouco mais de noção (não sei se isso é bom ou ruim hahah).
Fora isso, tenho uma pulga atrás da orelha que me diz que Ivy faz ou irá fazer parte do culto .
E também espero que Twisty tenha algo mais a acrescentar e não esteja ali apenas para se poder dizer que há conexão com Freak Show.