Assassino por Acaso | O real e o que é mentira no filme

Assassino por Acaso traz uma impressionante história real com humor, suspense e um toque imperdível de romance.

Assassino por Acaso

“Assassino por Acaso” combina suspense, drama e uma pitada de comédia negra. Dirigido por Richard Linklater, o filme é estrelado por Glen Powell no papel de Gary Johnson, um homem que se disfarça de assassino de aluguel. O enredo, embora pareça fictício demais para ser verdade, é baseado em uma história real intrigante.

A História Real por Trás do Filme

“Assassino por Acaso” é uma adaptação livre de um artigo publicado na Texas Monthly em 2001, escrito por Skip Hollandsworth. A narrativa centra-se em Gary Johnson, que, durante os anos 80 e 90, ajudou a polícia de Houston a prender pessoas que tentavam contratar assassinos.

Johnson se disfarçava de diversos matadores, criando operações de emboscada para capturar os criminosos. A realidade, no entanto, era bem menos glamourosa do que os filmes de máfia, frequentemente envolvendo pessoas desesperadas e confusas.

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No filme, Gary Johnson (interpretado por Glen Powell) se vê em uma situação complexa ao decidir ajudar uma mulher desesperada, Maddy (interpretada por Adria Arjona), que está tentando fugir de um marido abusivo.

Esse desvio de protocolo leva Gary a se apaixonar por ela, adicionando uma camada de complicação emocional à sua já perigosa missão.

Glen Powell brilha no papel de Gary Johnson, trazendo uma mistura de carisma e tensão que mantém o público na beira do assento. Powell capta com precisão a dualidade de Johnson: um homem que, apesar de se disfarçar de assassino, nunca matou ninguém.

O Verdadeiro Gary Johnson

Gary Johnson, descrito no artigo de Hollandsworth como “o Laurence Olivier do campo”, teve uma vida fascinante. Nascido na Louisiana, Johnson teve uma infância comum e serviu como policial militar no Vietnã. Nos anos 70, ele começou a trabalhar como agente disfarçado em operações de combate ao tráfico de drogas em Houston. Sua habilidade em se transformar em diferentes personagens o tornou perfeito para o papel de assassino de aluguel falso.

Johnson nunca matou ninguém. Seu trabalho envolvia montar armadilhas para aqueles que buscavam contratar assassinos, com a polícia chegando para prender os culpados posteriormente. Algumas das operações mais notáveis incluíram indivíduos que, embora quisessem contratar um assassino, muitas vezes se deixavam levar pela frustração e desespero.

O Legado de Gary Johnson

Gary Johnson continuou seu trabalho como falso assassino até o início dos anos 2000, enquanto também lecionava psicologia e sexualidade humana em uma faculdade comunitária local.

Ele faleceu em 2022, deixando para trás um legado único. Descrito como “um grande performer que pode se transformar no que precisar ser em qualquer situação“, Johnson foi capaz de enganar ricos e pobres, bem-sucedidos e não tão bem-sucedidos, fazendo-os acreditar que ele era um verdadeiro assassino.

“Assassino por Acaso” oferece uma visão intrigante e muitas vezes surpreendente da vida de Gary Johnson. A adaptação da Netflix, embora romantizada em alguns aspectos, permanece fiel ao espírito da história real, mostrando o lado humano e complexo de um homem que viveu uma vida extraordinária.

“Assassino por Acaso” está em cartaz nos cinemas do Brasil e na Netflix americana.

Sobre o autor

Matheus Pereira

Coordenação editorial

Matheus Pereira é Jornalista e mora em Pelotas, no Rio Grande do Sul. Depois de quase seguir carreira na Arquitetura, enveredou para o campo da Comunicação, pelo qual sempre nutriu grande paixão. Escritor assíduo na época dos blogs, Matheus desenvolveu seus textos e conhecimentos em Cinema e TV numa experiência que já soma quase 15 anos. Destes, quase dez são dedicados ao Mix de Séries. No Mix, onde é redator desde 2014, já escreveu inúmeras resenhas, notícias, criou e desenvolveu colunas e aperfeiçoou seus conhecimentos televisivos. Sempre versando pelo senso crítico e pela riqueza da informação, já cobriu eventos, acompanha premiações, as notícias mais quentes e joga luz em nomes e produções que muitas vezes estão fora dos grandes holofotes. Além disso, trabalha há mais de dez anos no campo da comunicação e marketing educacional, sendo assessor de imprensa e publicidade em grandes escolas e instituições de ensino. Assim, se divide entre dois pilares que representam a sua carreira: de um lado, a educação; de outro, as séries de TV e o Cinema.