Batalha das Solteiras é uma bobeira sem tamanho na Netflix
Mesmo fazendo sucesso na Netflix, a série Batalha das Solteiras não convence, tornando-se uma grande perda de tempo.
“Batalha das Solteiras” (“Ready, Set, Love”) chegou à Netflix prometendo uma reviravolta no universo de séries sobre reality shows. Mas parece ter tropeçado logo na largada.
Com uma premissa que mistura jogos de sobrevivência à busca pelo amor ideal em um cenário distópico, a série tinha tudo para ser um sucesso. No entanto, o resultado final deixa claro que nem toda inovação garante um produto de qualidade.
A série acompanha Day, uma jovem determinada que se inscreve no reality show “Batalha das Solteiras” na esperança de conseguir recursos para o tratamento de sua irmã.
O que poderia ser um enredo emocionante acaba se perdendo em meio a competições que se arrastam sem muita razão e pouco fazem para desenvolver a trama ou os personagens de forma significativa.
As tentativas de abordar temas como gênero e controle social são superficiais e não conseguem sustentar uma crítica mais profunda. Dessa forma, reduzindo a série a uma sucessão de cenas que parecem mais preocupadas em manter a estética visual do que em construir uma narrativa coesa. Na mesma esteira, os jogos, apesar de visualmente atrativos, não compensam a falta de substância na história e nos diálogos. E é isso que deixa a impressão de que “Batalha das Solteiras” não sabe exatamente a que veio.
Saiba mais sobre as séries da Netflix:
- Warrior vai ter 4ª temporada na Netflix? Eis o futuro da série
- Uma das maiores séries policiais da história estoura na Netflix
- Após ser cancelada na Netflix, amada série terá continuação
Embora os protagonistas, interpretados por Belle Kemisara Paladesh e Blue Pongtiwat Tangwancharoen, até apresentem uma química interessante, suas performances não conseguem salvar a série de seu roteiro frágil. Outro ponto é que as tentativas de humor raramente acertam o alvo. E qualquer potencial para momentos genuinamente divertidos é minado por piadas que se perdem na tradução ou pela falta de contexto.
O elenco de apoio, apesar de esforçado, também não tem muito com o que trabalhar. Limitando-se a papéis que pouco fazem além de tentar empurrar os protagonistas um para o outro. A série tenta tocar em assuntos como pressões sociais e familiares, mas o faz de maneira tão rasa que esses momentos mais parecem uma reflexão tardia do que uma parte integral da trama.
“Batalha das Solteiras” encerra seus seis episódios deixando uma sensação de potencial desperdiçado, com jogos que se prolongam desnecessariamente e uma trama que mal avança. As reviravoltas, quando acontecem, são previsíveis e pouco impactantes. E o final aberto mais parece um pedido de desculpas do que uma promessa de algo melhor.
Em resumo, apesar de uma premissa que prometia uma mistura inovadora de romance, reality show e distopia, “Batalha das Solteiras” falha em entregar algo que valha verdadeiramente a pena assistir. O que tinha tudo para ser uma nova febre na Netflix acaba se revelando um passatempo pouco envolvente. E que dificilmente deixará saudades ou motivará uma maratona.