Shonda Rhimes conta como que lutou por cena em Grey’s Anatomy
No último episódio de Grey’s Anatomy exibido nos Estados Unidos, uma história poderosa envolvendo o estupro de uma paciente foi apresentada. Entretanto, uma cena importante do capítulo quase não foi ar, e precisou ser defendida por Shonda Rhimes.
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De acordo com a showrunner Krista Vernoff, a ABC tentou impedir que uma cena fosse exibida. Sendo assim, enviou para as autoras algumas notas e pedidos de corte para o episódio em questão.
“Eles emitem essas notas padrão: ‘não seja muito sangrento’, ‘não seja muito explícito’, entre outras. Mas recebemos uma nota em questão sobre esse episódio. Eles disseram, ‘Por favor, não mostre qualquer fluido durante o exame’. Além disso, ‘Por favor, não mostre nenhum fluido corporal sob as luz negra’”, disse Vernoff ao Hollywood Reporter.
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Shonda Rhimes precisou intervir
Mas Rhimes, que criou o programa em 2005, reagiu e defendeu o roteiro da maneira como foi escrito. De acordo com Vernoff, ela precisou intervir na situação.
“Shonda escreveu uma resposta bem apaixonante, mostrando que a violência era real, e o que estávamos fazendo aqui era o processo médico que acontece em um caso de violência. Sendo assim, eles estavam tentando nos dizer que não poderíamos mostrar isso”, disse Vernoff.
Em contato com o Hollywood Reporter, a emissora ABC recusou-se a comentar o caso em questão.
Episódio poderoso
Nos dias de hoje, Jo acaba tratando de uma paciente chamada Abby (Khalilah Joi), a quem a médica acredita ser uma vítima de violência doméstica. Além disso, os médicos descobrem que ela também foi agredida sexualmente. Jo finalmente convence Abby a se submeter a um kit de estupro para coletar evidências, e pede o consentimento do paciente a cada passo do caminho.
Em uma parte particularmente comovente do episódio, as mulheres lotam os corredores do Grey Sloan Memorial Hospital quando Abby inicia a cirurgia, porque ela disse aos médicos que todos os homens que ela viu lembravam seu estuprador. Vernoff disse que todas as mulheres vestidas de médicos, enfermeiras e outros funcionários do hospital que apoiavam a paciente nessa cena eram todas mulheres que trabalham no programa na vida real.