Chicago Fire | 13×08 foi mediano e irritou fãs com gancho
Review com spoilers do episódio 08 da décima terceira temporada de Chicago Fire. Episódio foi bom mas não agradou tanto.
O episódio 13×08 de Chicago Fire, intitulado “Quicksand”, chega como o final de meia temporada, mas não entrega o impacto esperado para um momento tão crucial da série. Apesar de trazer referências emocionantes ao passado de Joe Cruz e pincelar subtramas intrigantes, como o mistério envolvendo Lizzie Novak, o episódio carece da intensidade e do drama que os fãs esperam de um fall finale.
A história de Joe Cruz em Chicago Fire: uma conexão com o passado
O ponto alto de “Quicksand” é o retorno à história de Joe Cruz (Joe Minoso), com uma trama que remonta à primeira temporada da série. A descoberta de pingentes em formato de bala no armário de Cruz serve como um sinistro lembrete de sua conexão com a gangue Insane Kings, introduzida na 1ª temporada. Esse arco traz de volta Leon Cruz (Jeff Lima), irmão de Joe, para revelar que Junior, primo do ex-líder da gangue, Flaco, foi libertado da prisão e está em busca de vingança.
Embora o suspense se construa lentamente, o confronto entre Cruz e Junior só ocorre no final do episódio. E a intensidade da cena não chega ao nível esperado para um final de meia temporada. A ideia de retomar um elemento da 1ª temporada é interessante, mas o desenrolar morno e a falta de ação mais significativa deixam a sensação de que essa trama foi apenas um preparativo para eventos futuros.
A ausência de Severide
Uma das maiores decepções de “Quicksand” é a ausência de Kelly Severide (Taylor Kinney). Embora sua ausência seja explicada de forma funcional — ele está investigando incêndios em Michigan —, o motivo soa repetitivo, já utilizado na 11ª temporada. Severide, como um dos pilares da série desde o início, é uma figura central nos episódios mais memoráveis de Chicago Fire. Sua ausência reduz o impacto emocional e a ação explosiva que geralmente caracterizam os finais de temporada, deixando um vazio difícil de ignorar.
Além disso, Stella Kidd (Miranda Rae Mayo), outra personagem de destaque, recebe pouco material relevante, contribuindo para a sensação de que o episódio carece de personagens que impulsionem grandes momentos de ação ou emoção.
Lizzie Novak e o potencial não realizado
O arco de Lizzie Novak (Jocelyn Hudon) adiciona uma camada de mistério ao episódio, sugerindo uma tragédia não revelada em seu passado. Sua relutância em se abrir para os colegas do Firehouse 51 oferece um contraste interessante com o habitual tema de “família encontrada” da série. No entanto, o roteiro opta por manter as revelações vagas, dificultando a conexão emocional com o público.
A interação de Novak com Monica Pascal (uma das poucas cenas de destaque para esta última) mostra um vislumbre de vulnerabilidade, mas o episódio parece guardar as maiores revelações para momentos futuros, sacrificando o impacto imediato.
Subtramas e um cão adorável
As subtramas de “Quicksand” incluem momentos de alívio cômico e pequenos desenvolvimentos, mas nenhum deles adiciona muito ao episódio. Mouch e Herrmann finalmente fazem seus exames de promoção, enquanto Darren Ritter enfrenta dilemas sobre morar com seu namorado, mas essas histórias são deixadas em segundo plano.
Um dos momentos mais agradáveis vem com Sam Carver, que assume a guarda de um cachorro leal, Fridge, após um resgate emocionante. Embora adorável, o foco no cão não é suficiente para compensar a falta de grandes momentos dramáticos.
Conclusão
“Quicksand” é um episódio competente, mas falta o peso emocional e as surpresas de cair o queixo que os fãs esperam de um fall finale de Chicago Fire. Ele funciona como uma introdução a eventos futuros, mas não como o ápice da primeira metade da temporada. A ausência de Kelly Severide e o desenvolvimento superficial de algumas tramas prejudicam o impacto geral, deixando os espectadores ansiosos por algo mais grandioso no próximo episódio.