Chicago PD 12×11 Parte 3 do crossover: final apressado
Episódio 11 da 12ª temporada de Chicago PD fechou o crossover de três partes com Chicago Fire e Chicago Med. Texto com spoilers.
![Chicago PD 12x11 review](https://mixdeseries.com.br/wp-content/uploads/2025/02/Chicago-PD-12x11-review.jpg)
O episódio 11 da 12ª temporada de Chicago PD, intitulado In the Trenches, Part 3, encerra o aguardado crossover da franquia One Chicago com uma mistura de ação, tensão e aquele jeitão clássico dos eventos especiais da série.
Mas, apesar de entregar o básico que os fãs esperam — resgates heroicos, vilões capturados e reviravoltas dramáticas —, a conclusão chega com uma sensação de que tudo foi amarrado às pressas, sacrificando momentos que poderiam ter sido melhor trabalhados.
Fechando as pontas soltas… no modo turbo
Se você já assistiu a algum crossover de One Chicago, sabe que o desfecho raramente foge do esperado.
Aqui não é diferente: Ruzek, Stella Kidd e os reféns presos no metrô são resgatados, os criminosos são identificados e a cidade de Chicago pode respirar aliviada — pelo menos até a próxima crise.
Mesmo quando Stella se vê com uma arma apontada para sua cabeça, o público já sabe que os bombeiros de Chicago Fire vão chegar no último segundo para salvar o dia.
O único personagem cujo destino parece realmente incerto é Trudy Platt, já que sua participação na série é menor. Mas sejamos honestos: matar a personagem logo depois do episódio do seu aniversário? Isso nunca ia acontecer.
Além disso, o episódio traz a tradicional dose de ação que todo fã de Chicago PD espera, incluindo perseguições a pé, um tiroteio rápido e a clássica cena de interrogatório tenso.
E, claro, Voight tem seu momento para brilhar, enfrentando a principal vilã do episódio. Tudo está no lugar, mas falta impacto.
Um ritmo que atropela momentos importantes
O maior problema do episódio é que ele precisa correr para encaixar todas as respostas que ficaram pendentes. Nos dois episódios anteriores do crossover (Chicago Fire e Chicago Med), a trama foi se desenrolando devagar, construindo mistérios sobre os criminosos e seus motivos. Agora, Chicago PD precisa resolver tudo isso em apenas 40 minutos — e a pressa fica evidente.
A identidade dos vilões e suas motivações são reveladas rapidamente, sem grandes surpresas. Um dos criminosos morre de forma ridícula, caindo do telhado de um prédio como se tivesse esquecido como funciona a gravidade.
E, convenientemente, toda a prova necessária para resolver o caso surge magicamente no quarto de hotel dele, incluindo anotações e plantas do crime.
Outro momento que merecia mais atenção em Chicago PD é a interação entre Atwater e Burgess. Quando ele checa se a amiga está bem, já que Ruzek estava em perigo, a cena passa rápido demais.
Essa amizade, que já foi um dos pontos altos da série, tem sido cada vez mais ignorada. Teria sido uma ótima oportunidade para explorar esse vínculo novamente, mas Chicago PD preferiu seguir para a próxima cena sem dar espaço para essa conexão emocional.
O final em Chicago PD que não convence
Se o episódio de Chicago PD já vinha acelerado, o final não ajuda a melhorar a situação. A cena em que Voight confronta Bates, uma das responsáveis pelo ataque, tenta ser intensa, mas acaba soando reciclada.
A vilã revela que está doente devido à exposição a produtos tóxicos no prédio e pede um minuto sozinha com sua arma — uma forma sutil de pedir que Voight a deixe morrer em vez de ser presa.
A resposta de Voight? Ele nega completamente, em um discurso que soa mais como uma lição de moral para o público do que uma conversa entre dois personagens.
O problema é que esse momento lembra demais um episódio da 7ª temporada, em que Voight permitiu que outra criminosa, Katherine Brennan, tivesse um tempo sozinha após matar um ex-prefeito corrupto.
Mas agora, ele se recusa a fazer o mesmo, dando a entender que só aceita “jogar o jogo” quando concorda com as razões da pessoa.
O resultado? Um desfecho que parece repetitivo e sem a força dramática que a série poderia ter entregado.
Veredito: um final competente, mas sem impacto
Chicago PD fecha o crossover de maneira previsível e com a intensidade esperada, mas sem entregar momentos realmente memoráveis. Os fãs da franquia vão se divertir, mas ao final do episódio, fica a sensação de que tudo poderia ter sido melhor desenvolvido.
Com um ritmo apressado, algumas soluções convenientes e um final que não impacta tanto quanto poderia, In the Trenches, Part 3 faz o necessário para encerrar o evento — mas não muito além disso.