Cobra Kai | 6ª temporada Parte 2 mais erra do que acerta – Crítica
A sexta temporada Parte 2 de Cobra Kai estreou mas infelizmente ela mais deixou a desejar do que tudo. Confira crítica.
Depois de seis temporadas repletas de rivalidades acirradas e lutas intensas, Cobra Kai se aproxima de sua conclusão, mas a Parte 2 da 6ª temporada deixa a desejar em meio a um excesso de histórias e uma dose extra de drama.
Enquanto a série continua a explorar os dilemas do passado e a transição para o futuro, esta leva de episódios peca por ser excessivamente carregada e por não permitir que seus melhores momentos brilhem.
Muitas Subtramas no Tatame
Um dos maiores atrativos de Cobra Kai sempre foi seu elenco diverso, combinando personagens clássicos como Johnny Lawrence (William Zabka) e Daniel LaRusso (Ralph Macchio) com a nova geração de lutadores liderada por Miguel Diaz (Xolo Maridueña). No entanto, com o foco dividido entre Miyagi-Do, Cobra Kai, e o novo dojo rival Iron Dragons, a temporada tenta abraçar mais do que consegue segurar.
O grande evento desta parte é o torneio Sekai Taikai, que leva os personagens até Barcelona, na Espanha. Enquanto as lutas entregam a grandiosidade prometida, o excesso de conflitos internos entre os personagens rouba o brilho das batalhas. Subtramas como a rivalidade entre Miguel e Robby, o dilema de Tory ao se juntar a Cobra Kai, e as questões pessoais de Dimitri e Hawk são interessantes individualmente, mas, juntas, tornam os episódios sobrecarregados.
O Legado de Mr. Miyagi
O arco mais forte desta parte é, sem dúvida, a busca de Daniel por entender mais sobre o legado de Mr. Miyagi. Finalmente, a série desafia a visão quase divina que Daniel tem de seu mentor, forçando-o a confrontar suas obsessões e a deixar o passado para trás. É um desenvolvimento que espelha a evolução de Johnny ao longo da série, mostrando que ambos os personagens precisam encontrar equilíbrio — em suas vidas e no karatê.
Por outro lado, o foco em vilões como John Kreese (Martin Kove) e a introdução de Sensei Kim (Alicia Hannah-Kim) trazem pouco de novo. Embora o vilão Kwon funcione bem como antagonista para Miguel e Robby, a equipe do Iron Dragons, liderada por Sensei Wolf (Lewis Tan), é subutilizada, servindo mais para criar conflitos rasos do que aprofundar a narrativa.
Grandes Momentos Ofuscados
Apesar dos problemas, ainda há muitos momentos que lembram o porquê de Cobra Kai ser tão querido. As cenas emocionantes entre os personagens e as famílias, as batalhas intensas no torneio, e um cliffhanger final de tirar o fôlego garantem que a temporada prenda a atenção. No entanto, esses destaques frequentemente perdem força devido ao ritmo acelerado e à falta de resolução satisfatória para muitas subtramas.
Conclusão
A Parte 2 da 6ª temporada de Cobra Kai entrega o que os fãs esperam em termos de lutas e nostalgia, mas tropeça ao tentar equilibrar tantas histórias ao mesmo tempo.
Com a promessa de uma Parte 3 para encerrar a série, há esperança de que os fios soltos se amarrem. Ainda assim, este novo lote de episódios deixa a sensação de que, às vezes, menos é mais.