Com Carinho, Kitty: série tem grande problema na Netflix

Com Carinho, Kitty parece ser o novo sucesso da Netflix. Isso porque a série, que é um spin-off da franquia “Para Todos os Garotos“, conquistou rapidamente o Top 1 das séries na Netflix.

E, embora tenha – até o momento – conquistado 70% das críticas no Rotten Tomatoes, alguns críticos internacionais estão detonando a série.

É o caso do renomado portal Collider, que chamou a série de “desapontadora e sem charme”. Mas a série, entretanto, teria um grande problema de acordo com algumas reviews – e ele diz respeito a forma como a protagonista trata a cultura coreana.

Com Carinho, Kitty vem de uma popular franquia de filmes

Para os desinformados, Para todos os garotos que já amei segue a adolescente Lara Jean Song Covey, que deseja tanto encontrar o amor verdadeiro que escreve cartas para todos os garotos por quem já teve uma queda.

Ela mantém as cartas seguras em uma caixa, sabendo que os caras por quem ela anseia nunca as lerão – até Kitty encontrar as cartas e enviá-las como uma forma de ajudar sua irmã a encontrar o amor verdadeiro.

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Um dos meninos, Peter (Noah Centineo), é o garoto popular da escola de Lara Jean. E, quando ele recebe a carta dela, ela de forma alguma ainda sente por ele o que costumava sentir. Quando ele lê a carta, porém, ele propõe que ele e Lara Jean entrem em um relacionamento falso. Tudo como uma forma de ele eventualmente reconquistar sua ex-namorada.

Só que, claro, eles acabam se apaixonando. Dois filmes e livros subsequentes continuam a história de Peter e Lara Jean até o final do ensino médio, enquanto eles navegam em direção à faculdade e à vida além. Kitty, dessa forma, desempenha um papel fundamental no relacionamento deles. Em certo sentido, foi ela quem os uniu, então ela se imagina uma casamenteira.

O grande problema de Com Carinho, Kitty

Então, em uma franquia tão popular, o que teria dado errado em Com Carinho, Kitty? Detalhes da cultura coreana e a forma como a protagonista lidou com ela vem sendo alvo de críticos, tornando-se um grande problema para a série.

Kitty parece completamente ignorante da cultura, sem falar na já mencionada barreira do idioma. A certa altura, ela serve seu famoso purê de batatas em uma festa de fim de ano, felizmente sem saber que a maioria dos coreanos é intolerante à lactose.

Uma das discrepâncias mais gritantes na cultura é que Kitty acaba dividindo o quarto com Dae, Q e Min Ho (o cara do aeroporto), porque ela não entendeu as atribuições do dormitório. É difícil suspender a descrença de que uma escola supostamente conservadora cometeria tal descuido – e nem mesmo perceber o fato de que há uma garota no dormitório masculino após o fato.

A confusão do quarto é apenas uma das muitas situações totalmente inacreditáveis em que Kitty se mete.

Também é um pouco difícil ver tantos personagens falando inglês na série Com Carinho, Kitty, em vez de coreano. Dado o cenário, faria sentido que a série incluísse mais cenas em que professores, funcionários e alunos estivessem usando o idioma nativo.

Parte do problema é que vários atores da série se sentem muito mais empertigados quando precisam falar em inglês. Provavelmente só teria beneficiado suas performances se tivessem a capacidade de usar sua língua nativa, como seus personagens provavelmente fariam em seu país natal.

De qualquer forma, os fãs podem conferir Com Carinho, Kitty na Netflix e, assim, tirarem suas próprias conclusões.

Anderson Narciso

Criador do Mix de Séries, atua hoje como redator e editor chefe do portal que está no ar desde 2014.Autor na internet desde 2011, passou pelos portais TeleSéries e Box de Séries.Fã de carteirinha de Friends, ER e One Tree Hill, é aficionado pelo mundo dos seriados. Também é fã de procedurais, sabendo tudo sobre o universo das séries Chicago, Grey's Anatomy, entre outras.

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