Crítica: 1×02 de Falcão e o Soldado Invernal reúne os heróis
Segundo episódio de Falcão e o Soldado Invernal capricha na ação e reúne os personagens em roteiro bem amarrado e sequências bem dirigidas.
Segundo episódio começa subvertendo expectativas
A melhor decisão do segundo episódio de Falcão e o Soldado Invernal é humanizar o novo Capitão América logo nos primeiros segundos. Aproveitando-se do fato de que sabemos quem é aquele personagem, a série subverte as expectativas. Ao invés de mostrar o sujeito como o vilão que aguardamos, o roteiro revela um homem com certas sensibilidades e histórias. Indo por esse caminho, os primeiros momentos do segundo capítulos já estabelece um novo tipo de interação no elenco.
Com isso, começamos a entender um pouco porque Sam não assumiu o escudo do Capitão. Aparentemente ele recusou o trabalho, mas as angústias do Falcão demonstram que algo pode ter entrado no caminho e impedido sua ascensão como o novo Capitão. Entra em cena Walker, o condecorado herói de guerra, loiro, branco e reverente aos comandos do governo.
Série torna o universo mais complexo e interessante
Nesta perspectiva, a Marvel toma um posicionamento social e político que, até então, não aparecera de forma muito clara nos filmes. Vemos aqui uma imposição muito maior por parte do governo sobre as ações do Capitão América. Os longas-metragens experimentavam certas abordagens, mas nunca mergulharam no aspecto político da situação. Steve Rogers era um produto governamental, mas seu caráter e personalidade o tornavam independente, rebelde, herói.
Walker é um Capitão sob encomenda. Ele não é herói seguindo seus princípios. Ele é um soldado seguindo as ordens de superiores. É interessante, portanto, que seu papel como o novo herói desperte certos conflitos internos. Minutos antes de fazer uma apresentação como Capitão, Walker está nervoso, inseguro e não parece ser o imbecil pomposo que muitos esperavam. Sua vontade em se aproximar de Falcão e Bucky parece genuína e isso ajuda no desenvolvimento a na conexão entre o público e o personagem.
Ação e parceria são pontos altos do 2º episódio de Falcão e o Soldado Invernal
Os pontos altos do segundo episódio, porém, são a dinâmica entre Sam e Bucky. E, além disso, ação filmada com segurança por Kari Skogland. A sequência dos caminhões, por exemplo, é de tirar o fôlego. Os jogos de câmera, aliados à edição precisa, entregam uma das cenas de luta e perseguição mais empolgantes da Marvel. A diretora prova, mais uma vez, a vontade de manter os pés no chão o máximo possível, bebendo na fonte de Soldado Invernal, segundo filme do Capitão América.
Mas nenhuma tecnologia ou pirotecnia funcionaria sem a química entre Sam e Bucky. O humor da amizade surge naturalmente e não rouba atenção para si, o que é um problema em alguns projetos do estúdio. Com isso, a parceria da dupla nunca deixa de convencer, o que garante a complexidade da relação.
Falcão e o Soldado Invernal segue um ótimo caminho no segundo episódio de sua temporada de estreia. Assim como The Mandalorian, a série expande um universo preconcebido, revelando detalhes que enriquecem o processo. A revelação de um super soldado negro, por exemplo, acrescenta discussões muito bem-vindas ao contexto ainda muito seguro da Marvel.
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