Crítica: 3×02 de Preacher fala sobre o ofício dos L’Angelle

Review do segundo episódio da terceira temporada de Preacher, da AMC, intitulado "Sonsabitches".

Imagem: AMC/Divulgação
Imagem: AMC/Divulgação

Com toques cada vez mais bizarros, Preacher está ganhando ainda mais meu coração de seriador.

Eu não havia percebido, mas bastava olhar para a vinheta para saber quem nós veríamos novamente nessa temporada. Dito isso, não sei dizer se gostei de rever a agente Featherstone. Mas o agente Hoover, certamente, tinha que aparecer.

Achei muito bem bolada a cena em que a agente fala das grandes habilidades operacionais do parceiro só para ouvir o Preacher dizer que o deixou fugir. Por falar nisso, que plano bosta o Jesse bolou, não acham? Eu esperava mais dele nesse sentido, mas acho que aconteceu dessa forma para dar mais história nessa busca por Deus.

Aquele 1% que faz a diferença.

Só agora a falha no poder de Jesse fez sentido para mim. Antes eu não conseguia compreender que era a falta do 1% da sua alma que trazia falhas ao “sistema de voz celestial”. Talvez essa parte da trama tenha ficado meio confusa mesmo, ou talvez eu que tenha demorado para entender o óbvio.

Ver o pastor tentando praticar o uso de Gênesis nos carros foi bem cômico. Mas me deixou com uma dúvida: a voz da entidade é tão potente que as pessoas conseguiriam ouvir, mesmo dentro de um carro? (Imaginem aqui aquele meme do dinossauro que faz perguntas difíceis).

A conversa de Jesse com Herr Starr me fez descobrir duas coisas. A primeira é que o Starr é um agente sensacional! Eu não teria imaginado que ele estava fingindo, por mais óbvio que fosse um plano como esse. Confesso que, na hora que ele abaixou a cabeça em direção ao próprio “membro” para executar o comando de Jesse, eu tive um mini infarto. Pensei com meus botões: “tudo bem que a série é bizarra, mas eles não podem acabar com um personagem tão fabuloso com uma cena tão grotesca”. E foi aí que eu vi que nenhuma admiração por Herr Starr é o suficiente. A segunda coisa que descobri é que a alma é tipo uma jujubinha.

Aceite Humperdoo como seu líder ou morra!

A cena dos Krishna lutando contra os agentes do Graal ao som de Get Toghether, do The Youngbloods, foi sensacional! O que mais me impressionou foi que tudo aquilo era apenas uma forma de evangelização “não convencional”. A música falando sobre sorrisos, amor e união, enquanto todo mundo se mata por religião. Eu diria que essa série não foi feita para moralistas de coração fraco. Mas ainda assim, prevejo que ela vai causar muita polêmica no meio religioso.

Imagem: AMC/Divulgação

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“Deus ainda está sumido e o idiota é que vai assumir.” – Herr Starr, funcionário do alto escalão do Graal.

Como listar os “Sonsabitches”?

Refletindo sobre o nome do episódio, fiquei tentando identificar a quem ele se referia. Cheguei à conclusão de que a lista é muito grande para poder colocar na review. Ainda assim, listei o top 5 dos “descendentes diretos de uma mulher que ganha a vida fazendo favores sexuais remunerados”. Vamos lá:

Top 5 Sonsabitches:

5º – Diretor Hal: A afinidade dele com menores de idade fez com que ele conquistasse essa posição. Pelo que vimos, ele ainda está pagando pelos seus pecados, mas não deixa de merecer ter o nome na lista;

4º – Jesse Custer: Convenhamos que ele foi meio idiota ao não contar seus planos para Tulip e Cass, o que lhe causou um prejuízo enorme. Pelo vacilo, quarto lugar para ele;

3º – Tulip: Ela ganhou a medalha de prata ao atrapalhar o plano de Jesse e fazê-lo perder a chance de recuperar sua alma. Se não fosse seu arrependimento e a lembrança do purgatório, ela teria o segundo lugar da lista;

2º – Cass: Ele ganha o segundo lugar do pódio por talaricar Jesse na caruda e ainda xavecar a Tulip com piadinhas de morte. Totalmente o perfil dele, eu sei, mas ainda assim, não foi nada legal;

1º – Vovó Custer: O feitiço de torcer o pescoço de Jesse com um lenço merece muito o primeiro lugar. Afinal de contas, imagino que ele não deve ter fugido de lá, na adolescência, por pouca coisa.

Expectativas para essa temporada:

Pensando nas tramas que nos foram apresentadas nesses dois episódios, fico pensando no que nos aguarda nessa temporada. Até onde será que vai a tensão entre Jesse e Cass? O que Deus estava tentando dizer para Tulip naquela visão? “Hilter” é tipo um erro de digitação, ou uma camuflagem meia boca arquitetada pelo Adolfinho?

Espero ter a resposta para essas questões ao longo dessa temporada. Enquanto isso, só posso dizer que, até aqui, Preacher tem estado de acordo com as minhas expectativas.

Até a próxima!

Sobre o autor
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Albert Moura

Jornalista e seminarista, além de pai de primeira viagem. Casado com a Ana, mas amante das séries. Atualmente acompanha Outcast, Better Call Saul, American Gods, Lucifer, Gotham, o universo Marvel, Arquivo X e mais algumas, além de também ser um eterno fã de Friends. No Mix, escreve sobre Preacher e Lethal Weapon.

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